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O que houve?

A Comissão de Direitos Humanos e de Legislação Participativa (CDH) do Senado Federal debateu nesta sexta-feira (29/06/2018), em audiência pública, o tema “Justiça social, representatividade e as eleições 2018”.

Foram convidados para participar do evento, representantes de vários seguimentos sociais, no qual destacamos, as seguintes falas:

Hélio Santos, professor, relatou que questão racial é o fator principal de desigualdades sociais e a não solução das desigualdades sociais pelas instituições se torna também um racismo institucional e pela dialética da exclusão não somos capazes de enfrentar essas desigualdades. No Brasil houve uma escolha política pela desigualdade na história recente do Brasil e os mais pobres pagam os seus próprios programas de igualdade social e que estão precarizando aquilo que vinha dando certo como projeto de igualdade social, ferindo de morte os mais pobres, citando a Emenda Constitucional 95.

Afirmou que somos parte da solução para resolver as desigualdades sociais, que somos talentos valiosos nesta solução.

Informou que o parlamento brasileiro possui a menor representação feminina do mundo, sendo menor que a do Paquistão, conta disso é que elegemos nossos inimigos para nos representar.

Mariana Rosa, Presidente da Associação Humanizando Presídios, relatou que os mais desiguais são os espúrios da sociedade, o rejeito da sociedade, os presidiários e que nos últimos anos vem aumentando o número de mulheres presas, e a diferença delas para os homens é que são abandonadas pelos familiares, pois os presidiários pelo menos recebem visitas de suas mulheres e as presidiárias nem isso.

Informou que 74% (setenta e quatro por cento) do sistema carcerário são de negros e que estes têm uma diferenciação na abordagem por policiais, negros da periferia são abordados com mais rigor, até mesmo com violência, já os negros de áreas nobres são abordados de forma branda e educada.

Informou ainda que na Câmara Legislativa do Distrito Federal não existiu até hoje mulher negra como deputada.

Hellen Frida, representante da Casa Frida, afirmou que no Brasil se faz a cultura da contra educação, fascista e machista, que o governo acabou com o programa Juventude Viva, que trazia jovens, principalmente negros, para a inclusão social.

Afirmou que somos seres políticos, que todas nossas decisões são políticas, daí a importância da participação de mulheres na política, no Congresso Nacional, no executivo e legislativo dos estados e municípios.

A Comissão passou para os presentes o vídeo “Ninguém nasce racista”, que emocionou a todos.

Veja aqui a íntegra da audiência pública.

Relações Institucionais da CNTC.

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