Brasil precisa crescer 3,2% ao ano para se tornar ‘medianamente desenvolvido’ até 2035, aponta BNDES

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21/03/2018

Para que o Brasil alcance um desenvolvimento sustentável até 2035, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) estima a necessidade de um crescimento da economia de, ao menos, 3,2% ao ano. A estimativa foi apontada nesta terça-feira (20) durante conferência realizada pelo banco em sua sede, no Rio de Janeiro.

Na abertura da conferência foi apresentada uma síntese de agendas setoriais que, segundo o banco, precisam ser trabalhadas pelo país. O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, afirmou que o estudo aponta para a possibilidade de desenvolvimento econômico do país no prazo sugerido.

“Em 18 anos, o objetivo é tornar o Brasil medianamente desenvolvido e erradicar a pobreza extrema”, afirmou Rabello.
Investimento em infraestrutura e TI
Sem pautas objetivas, o estudo reuniu os resultados de um workshop técnico realizado pelo banco no começo de março. De modo geral, aponta para a necessidade de investir em infraestrutura e em tecnologias da informação e comunicação e combater as desigualdades regionais do país.

Ao falar do estudo, o economista do BNDES Fernando Puga apontou para três cenários de desenvolvimento da economia do país.

  1. Destravar: projeta um PIB de 2,8% ao ano para “destravar” a economia.
  2. Potencializar: sugere um crescimento de 3,9% ao ano para “potencializar” o desenvolvimento.
  3. Transformar: sugere que o Brasil precisa crescer 4% ao ano para “transformar” sua realidade econômica.

Puga destacou, no entanto, que o banco trabalha com uma projeção do PIB de 3,2% ao ano para alcançar a meta mediana de desenvolvimento do país nos próximos 18 anos.

Segundo ele, a agenda setorial tem como objetivo “Estar em 2035 num nível de renda e desenvolvimento como a Grécia e Portugal”.

O diretor de Planejamento do BNDES, Carlos da Costa, enfatizou a necessidade de manter planejamento constante das ações econômicas, mas ponderou a impossibilidade de fazer projeções concretas.

“Vivemos num mundo volátil, complexo e ambíguo. A gente não tem a menor pretensão de projetar o que vai acontecer até 2035”, afirmou.

Fonte: G1