Campanha Vidas Negras da ONU Brasil tem ampla repercussão nas redes sociais

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12/12/2017

 

Desde o lançamento no início de novembro, mês da Consciência Negra, a campanha Vidas Negras passou a ser um dos motes do debate sobre desigualdades raciais nas redes sociais. Os quatro vídeos produzidos pela iniciativa da ONU Brasil provocaram uma série de conversas sobre o tema.

As peças abordam diferentes impactos do racismo na experiência da juventude negra no Brasil, com a participação de Taís Araújo, Érico Brás, Kênia Maria, Elisa Lucinda e o grupo Dream Team do Passinho. Todo o material audiovisual da campanha fala da necessidade de superar o racismo para garantir igualdade, inclusive no direito à vida.
Desde o lançamento no início de novembro, mês da Consciência Negra, a campanha Vidas Negras passou a ser um dos motes do debate sobre desigualdades raciais nas redes sociais. Os quatro vídeos produzidos pela iniciativa da ONU Brasil provocaram uma série de conversas sobre o tema.

As peças abordam diferentes impactos do racismo na experiência da juventude negra no Brasil, com a participação de Taís Araújo, Érico Brás, Kênia Maria, Elisa Lucinda e o grupo Dream Team do Passinho. Todo o material audiovisual da campanha fala da necessidade de superar o racismo para garantir igualdade, inclusive no direito à vida.

Logo depois de postado em uma das redes sociais da ONU Brasil, o vídeo com a atriz Taís Araújo foi compartilhado pelo perfil no Facebook do músico Edy Rock, dos Racionais MC’s. O grupo se tornou o principal expoente do rap nacional no fim dos anos 1990, com letras que criticavam frontalmente a ideia de um Brasil pacífico e pouco hierárquico, denunciando a violência contra a juventude negra nas periferias do país e a sua principal causa: o racismo.

No vídeo, Taís explica o que é filtragem racial – quando pessoas negras são escolhidas como suspeitas ou passam a ser investigadas ou julgadas com mais rigor por causa da cor.

Com mais de 22 mil visualizações, o vídeo compartilhado pelo rapper foi objeto de discussão entre simpatizantes da causa anti-racista e aqueles que insistem que as desigualdades raciais têm pouca importância no quadro geral de desigualdades, ou mesmo na situação de letalidade que tem sido há alguns anos registrada em pesquisas e relatórios nacionais e internacionais.

Quem também entrou na discussão depois de compartilhar o mesmo vídeo em sua conta no Instagram foi Alexandre Carlo, vocalista da banda Natiruts. Na publicação, o cantor repudiou o comentário de um de seus seguidores que minimizava o peso do racismo no Brasil, dando como exemplo uma história de superação individual que testemunhou.

“Independente do posicionamento de cada um, gostaria que refletissem que uma campanha sobre algum assunto não deve ser compreendida pelo aspecto individual”, escreveu. A banda de Alexandre é conhecida por canções sobre liberdade e mensagens contra o preconceito.

Mobilização e engajamento
No Instagram oficial da cantora Lelezinha, do Dream Team do Passinho, que apoiou diretamente a campanha, o flyer de Vidas Negras rendeu mais de 14 mil curtidas. Já no Facebook do grupo, o vídeo onde eles falam sobre o direito de ir e vir da juventude negra foi visualizado por mais de 7 mil pessoas.

As repercussões mostraram que o debate sobre relações e desigualdades raciais continua tão urgente quanto bem-vindo no Brasil. Promovê-lo é importante para que mais pessoas reconheçam como a discriminação tem sido um limitador para a cidadania plena de pessoas negras, tendo consequências ainda mais graves para a juventude – com uma vida perdida a cada 23 minutos.

Fonte: ONU Brasil