Dona da Claro compra Nextel no Brasil por US$ 905 milhões

Imprimir    A-    A    A+

20/03/2019

A América Móvil, controladora da operadora de telecom Claro, anunciou acordo para comprar a operação da Nextel no Brasil, por US$ 905 milhões. A conclusão da aquisição, que envolve a NII Holdings e afiliadas e AI Brazil Holdings, está sujeita a condições como a aprovação pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), bem, como deliberação em assembleia dos acionistas da NII.

“Com essa operação, a Claro S.A. (“Claro”), subsidiária brasileira da AMX, consolidará sua posição como uma das principais prestadoras de serviços de telecomunicações no Brasil, fortalecendo sua capacidade de rede móvel, portfólio de espectro, base de assinantes, cobertura e qualidade, particularmente nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro, os principais mercados do Brasil”, diz a Claro Telecom Participações em comunicado ao mercado.

O anúncio confirma notícias do Estadão/Broadcast de que a Claro seria uma das principais candidatas a arrematar a Nextel. O caminho para a compra da tele por outras companhias ficou pavimentado após a Anatel ter aprovado, em novembro, uma mudança regulatória que diminuiu as restrições sobre a quantidade de frequência que pode ser detida por cada uma das operadoras. A restrição fazia com que uma grande operadora que viesse a comprar a Nextel ultrapassasse o limite legal e tivesse que devolver frequência para a Anatel.

Na metade do ano passado, a norte-americana NII Holdings, dona da Nextel, contratou o banco Rotschild para vender seu controle na empresa brasileira. Esta é a última operação da Nextel no portfólio da NII Holdings, que entrou em recuperação judicial em 2014 e se desfez da marca na Argentina, Peru, Chile e México nos últimos anos na tentativa de reduzir a dívida e acalmar credores.

A Nextel Brasil tem 3 milhões de clientes, o equivalente a 1,5% do mercado de telefonia móvel. Além disso, conta com as frequências de 2.100 Mhz e 1.800 Mhz para 3G e 4G em São Paulo e Rio.

Fonte: Estadão