Prévia da inflação é a menor para os meses de outubro desde 2009

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21/10/2016

A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,19% em outubro, após subir 0,23% em setembro. O resultado, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), ficou dentro das estimativas dos analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam inflação entre 0,14% e 0,28%, com mediana de 0,21%. Considerando a série mês a mês, foi a menor variação desde agosto de 2014, quando o IPCA-15 teve alta de 0,14%.

Com o resultado anunciado nesta sexta-feira, 21, o IPCA-15 acumula aumento de 6,11% no ano. A taxa acumulada em 12 meses até outubro foi de 8,27%, ante os 8,78% acumulados em 12 meses até setembro.

A deflação de 0,25% no grupo Alimentação e Bebidas no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de outubro fez o indicador ter a menor variação para o mês desde outubro de 2009.

Com a deflação, o grupo Alimentação e Bebidas tirou 0,06 ponto porcentual (p.p.) no IPCA-15, maior impacto negativo no mês. Segundo o IBGE, os preços no agrupamento dos alimentos para consumo em casa recuaram 0,57%. “A principal contribuição para baixo foi a do leite longa vida (-0,11 p.p.), que ficou 8,49% mais barato”, diz nota divulgada pelo IBGE.

Também ficaram mais baratos até meados de outubro a batata-inglesa (-13,03%), as hortaliças (-6,18%) e o feijão-carioca (-6,17%). A exceção ficou por conta das carnes, cujos preços subiram 2,45% e deram a contribuição mais elevada ao IPCA-15 de outubro, com +0,07 p.p., segundo o IBGE.

Outros dois grupos também puxaram o índice para baixo: Artigos de Residência (-0,31% de variação e -0,01 p.p. de impacto) e Despesas Pessoais (-0,12% e -0,01 p.p. de impacto).

Se os alimentos puxaram o alívio na inflação neste mês, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) de outubro, os destaques de alta foram os grupos Habitação (+0,60%) e Transportes (+0,67%).

Segundo o IBGE, nas despesas com habitação, o destaque de alta ficou com o preço do botijão de gás, que subiu 3,55%. Já nos gastos relacionados aos transportes, as passagens aéreas se destacaram, com alta de 10,36%. O avanço de 3,38% no preço do etanol também ajudou a elevar o grupo Transportes. A alta no etanol puxou o preço da gasolina, que registrou alta de 0,80% no IPCA-15 de outubro, pois, conforme o IBGE, a gasolina “contém 27% de etanol em sua composição”.

Fonte: O Estadão.