Setor de serviços cai 1,9% em janeiro, maior recuo desde março de 2017

Imprimir    A-    A    A+

16/03/2018

O volume do setor de serviços caiu 1,9% em janeiro na comparação com dezembro, segundo informou nesta sexta-feira (16) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a mais intensa desde março de 2017, quando caiu 2,7%.

A queda vem após subir 1% em novembro e 1,5% em dezembro. Em relação a janeiro do ano passado, o volume de serviços caiu 1,3%. Já a taxa acumulada em 12 meses teve queda de 2,7%.

“A taxa acumulada em 12 meses está numa trajetória ascendente desde abril de 2017, quando estava em -5,1%. Isso significa que as taxas estão cada vez menos negativas”, destacou Rodrigo Lobo, gerente da Coordenação de Comércio e Serviços do IBGE.

Segundo o Lobo, o volume de serviços no Brasil está 12,4% abaixo do pico mais alto do setor, registrado em novembro de 2014, e voltou a se aproximar do ponto mais baixo da série histórica, que foi em março de 2017. “Está apenas 1,1% acima deste ponto mais baixo”, explica.
Por setores
“Em dezembro, a gente percebeu um aumento do número de contratos de serviços sendo fechados e, consequentemente, houve um aumento da receita bruta de serviços”, enfatizou o pesquisador. Segundo ele, esses contratos ficaram espalhados entre os diversos segmentos.

Por atividades, na comparação entre dezembro e janeiro, os principais recuos ocorreram nos segmentos de transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio (-3%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,4%), enquanto outros serviços avançaram 3,8%.

Na comparação com janeiro de 2017, as principais quedas foram nos setores de serviços de informação e comunicação (-5%), serviços profissionais, administrativos e complementares (-3,3%) e e serviços prestados às famílias (-2,9%).

Em contrapartida, houve crescimento em transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4%) e em outros serviços (2,5%).

SP tem principal impacto
Regionalmente, 18 dos 27 estados analisados registraram taxas negativas em janeiro frente a dezembro. Segundo Lobo, o principal impacto negativo no volume de serviços do Brasil veio de São Paulo, onde a taxa recuou 1,4% na comparação com dezembro. “Não foi a taxa mais negativa entre os estados, mas São Paulo responde por 43% do total de volumes de serviços do país”, disse.

Outras quedas vieram do Rio de Janeiro (-2,7), Santa Catarina (-7,6%), Rio Grande do Sul (-2,4%) e Distrito Federal (-2,1%). Em contrapartida, as principais influências positivas vieram do Ceará (19,4%) e da Bahia (4,3%).

Na comparação com janeiro de 2017, Rio de Janeiro (-3,9%), Distrito Federal (-6,1%), Minas Gerais (-2,4%), Pernambuco (-5,7%) e Ceará (-6,0%) apresentaram as quedas mais intensas. São Paulo (0,6%), por outro lado, apresentou a expansão mais relevante (0,6%).

Fonte: G1