Site de empregos registra retomada gradual de vagas a partir de junho

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06/10/2020

Apesar de a pandemia não ter cessado, a retomada gradual das atividades já surte efeito na abertura de vagas de emprego. O InfoJobs, um dos principais sites de emprego do país, registrou queda de 35,9% no total de vagas anunciadas entre janeiro e agosto deste ano em comparação com o meso período de 2019 – mas, a partir de junho, o site destaca a retomada na abertura de oportunidades.

Em junho, o crescimento foi de 36% em relação a maio, saindo de 13.484 vagas para 18.292. Em julho, a plataforma de emprego registrou o anúncio de 24 mil oportunidades (aumento de 32%), e em agosto foram 29.497 vagas (avanço de 23%). O crescimento entre maio – mês com menor número de vagas registradas – e agosto foi de 118,7%.

No ano, o total de vagas até agosto está em 197 mil, quase 36% menor que o registrado no mesmo período de 2019, de 307,4 mil. Isso mostra uma queda significativa em relação ao ano anterior. Para se ter uma ideia, em abril e maio houve queda de 64% e 66,9% nas vagas, respectivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior. Já em junho e julho, a queda girou em torno de 40%, e passou a 28,4% em agosto.

De acordo com o levantamento, em janeiro foram publicadas 40.521 novas vagas no site, um aumento de 0,7% comparado com o ano anterior.

Já em março, mês em que a pandemia começou, o número de vagas caiu para 28.865. Apesar de estável em relação a fevereiro, houve queda de 17,1% em relação a 2019. Veja na tabela abaixo:

Segundo o Infojobs, a quantidade de vagas divulgadas em março ainda reflete a busca por profissionais na área da saúde e a campanha de anúncios gratuitos de vagas no setor liberada pelo site de empregos.

O InfoJobs tem uma média de 400 mil novos candidatos por mês, 20 milhões de visitas mensais, mais de 37 milhões de candidatos e mais de 18 mil empresas cadastrados.

De acordo com os últimos números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), foram gerados 249.388 empregos com carteira assinada em agosto. Segundo o governo, o resultado foi “puxado pelo aumento das contratações que seguem em tendência de crescimento desde maio”.

Foi o segundo mês consecutivo de geração de empregos formais e, também, o melhor resultado para meses de agosto desde 2010.

No acumulado do ano, no entanto, o país registra o fechamento de 849.387 vagas de emprego formais. As demissões refletem o impacto da pandemia do novo coronavírus no mercado de trabalho brasileiro, que empurrou a economia mundial para uma forte recessão.

Taxa de desemprego bate recorde

Já a taxa de desemprego no Brasil subiu para o recorde de 13,8% no trimestre encerrado em julho, atingindo 13,13 milhões de pessoas, com um fechamento de 7,2 milhões de postos de trabalho em apenas 3 meses, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da maior taxa de desemprego da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

A população ocupada encolheu 8,1% em 3 meses, recuando para 82 milhões, o menor contingente da série. O número representa uma redução de 7,2 milhões pessoas em relação ao último trimestre pré-pandemia (o encerrado em fevereiro) e de 11,6 milhões na comparação anual.

Na comparação com janeiro, quando o país atingiu o recorde de pessoas ocupadas no mercado de trabalho, houve uma perda de 12,1 milhões de postos de trabalho.

Fonte: G1