Coordenadoria da Mulher

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Em 2012, a Confederação criou a Coordenadoria da Mulher da CNTC, órgão interno, com representação nacional, cuja finalidade é desenvolver estratégias e ações voltadas às mulheres trabalhadoras da categoria.

Dentre os desafios da Coordenadoria estão promover a conscientização das mulheres no meio sindical e das trabalhadoras do comércio e serviços do nosso país, combater e denunciar a discriminação ou a violência contra as mulheres no mercado de trabalho, ampliar a participação da mulher nos cargos decisórios do meio sindical e nos cargos públicos em todas as instâncias.

A partir dos anos 70, a emancipação da mulher deu fôlego a diversas quebras de paradigmas com consequentes garantias legais e conquistas no mundo do trabalho para elas. Para superar os obstáculos culturais de uma sociedade machista as mulheres precisaram lutar muito, demonstrando, na prática, sua capacidade de liderança para que pudessem galgar cargos estratégicos nas organizações e na vida pública.

Mais que reconhecer a capacidade gerencial da mulher, a sociedade passou a respeitar o conjunto de habilidades que ela agrega ao sistema organizacional, típicos da formação e da alma feminina. Ela trabalha naturalmente com a diversidade e processos multifuncionais e sua sensibilidade doa ao trabalho uma visão de diversidade e heterogeneidade. Equipes gerenciadas por mulheres tendem a agir de forma sinérgica e criativa para solucionar problemas e desafios.

No entanto, vale ressaltar que a emancipação da mulher não vem acontecendo facilmente. A defesa da identidade feminina e a superação das desigualdades de gênero são ainda lutas constantes no enfrentamento de séculos de domínio masculino, onde o papel da mulher na sociedade era limitado ao cuidado da casa e da família.

Hoje, cresce exponencialmente o número de mulheres em postos diretivos nas empresas, mas elas, embora representem 42% dos 47 milhões de trabalhadores formais do Brasil, ganham em média 18% menos do que os homens (Relação Anual de Informações Sociais 2012 – RAIS). Estes dados mostram que ainda existe desigualdade latente de gênero a ser superada.

Também resiste na sociedade a discriminação, o assédio moral e sexual, a violência e descaso com as peculiaridades da mulher no mercado de trabalho. A maioria das leis não considera a tripla jornada da mulher, como trabalhadora, mãe e dona de casa. A extensa pauta de projetos e reivindicações das trabalhadoras brasileiras comprova isso.

Agenda da Mulher 2015