Críticas a implantação de bombas de autosserviço em postos marcam abertura do seminário dos frentistas

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29/09/2014

A categoria vai lutar contra qualquer ideia, intenção ou fantasia de implantar bombas de autosserviço em postos de combustíveis de todo país. A decisão foi tomada na noite desta quarta-feira(24) durante abertura do VI Seminário Nacional dos Frentistas, no Hotel Othon Palace, na Zona Sul do Rio. Ao abrir o evento, o Presidente da Federação Nacional dos Frentistas(FENEPOSPETRO), Francisco Soares, disse que não vai permitir que a cultura de automatização coloque em risco o emprego de mais de 500 mil trabalhadores.

O movimento sindical é o grande guardião do país e promove o crescimento econômico da nação. A classe operária enfrentou várias batalhas para que hoje os direitos dos trabalhadores sejam respeitados, disse Francisco Soares ao se dirigir a uma plateia de dirigentes sindicais. Ele considera absurdo o movimento retrógrado das multinacionais que querem impor no Brasil um modelo ultrapassado de revenda de combustível no varejo. Segundo ele, países como França, Estados Unidos e Alemanha, que adotam o sistema de bombas self service estão revendo os seus conceitos.

O presidente da Federação dos Frentistas de São Paulo (FEPOSPETRO), Luiz Arraes, também atacou as grandes empresas que se unem para retirar direitos conquistados pelos trabalhadores. Ele frisou que independente do resultado das eleições de outubro, o cenário econômico que se apresenta para os próximos dois anos não é favorável para os trabalhadores. Arraes pediu aos trabalhadores que se unam e se empenhem para acabar com a exploração da mão de obra e o abuso do poder econômico do patrão. Ele denunciou ainda a manobra que está sendo feita pelas grandes empresas de petróleo para acabar com a mão de obra nos postos de combustíveis.

Sindicalistas repudiam o autosserviço

O secretário de Relações Sindicais da Força Sindical Nacional, Geraldinho dos Santos, declarou que o movimento sindical não vai admitir que trabalhadores de postos sejam demitidos por causa das bombas self service. Ele destacou que a categoria está organizada e preparada para enfrentar essa batalha. Para Geraldinho, o grande desafio da classe é vencer o autoritarismo do patrão que trata o trabalhador como capacho. Geraldino disse que as Centrais Sindicais vão se unir para enterrar de uma vez por todas  qualquer projeto que prevê a extinção da categoria dos frentistas.

Para o presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio, Levi Fernandes Pinto, é absurda a ameaça de projetos de leis que visam fechar postos de trabalho. Ele destacou ainda os problemas enfrentados pela categoria como: o aumento da violência e a falta de segurança e saúde nos postos de combustíveis.

O presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, e também secretário-geral da FENEPOSPETRO, disse que o Seminário Nacional dos Frentistas vai servir para nortear a luta e o futuro da categoria. Ele afirmou que na década de 90 o projeto de implantação das bombas de autosserviço não conquistou o apoio da população, que ficou ao lado dos frentistas.

Homenagens

Durante o evento, o presidente do SINPOSPETRO-RJ, representando a categoria, entregou ao ex-ministro do trabalho e Emprego, Carlos Lupi, uma placa em agradecimento pelo trabalho desenvolvido em favor dos trabalhadores de todo país.

Eusébio Neto também foi homenageado com o título de cidadão honorário da cidade do Rio de Janeiro pelo ex-vereador Roberto Monteiro.

Os trabalhos prosseguem nesta quinta-feira com as mesas de debates. O encerramento será amanhã(26) com a presença dos sindicalistas de todo o país.

Fonte: Assessoria de Imprensa Sinpospetro-RJ.