Acontece no Congresso

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Informe Legislativo – 16 a 19 de junho de 2015

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 16 a 19 de junho de 2015

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira

Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa

Analistas de Relações Institucionais: Cláudia Fernanda Silva Almeida

Renan Bonilha Klein

Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo

Estagiárias: Letícia Tegoni Goedert

Tamiris Clóvis de Almeida

Temas abordados nesta edição:

  • Encerrado primeiro turno da Reforma Política
  • Reajuste do IRPF segue para o Senado
  • CLP discute relação de Ministério Público com entidades sindicais
  • CSSF debateu trabalho infantil
  • Realizado o Simpósio Nacional de Saúde – “Saúde: Direito de Todos, Dever do Estado”
  • CTASP debaterá jornada de turno ininterrupta a terceirizados
  • TCU deverá auditar fundos de previdência
  • CFT aprova projeto sobre Imposto de Renda às pessoas com deficiência
  • Comissão debaterá educação técnica e profissional
  • Frente Parlamentar em Defesa do Ensino Profissionalizante
  • Descumprimento das obrigações trabalhistas
  • Ausência do empregado
  • Projeto aumenta idade para aposentadoria compulsória de servidores
  • Projeto sobre cálculo de IRPF é aprovado pela CE
  • MP do salário mínimo segue para a Câmara
  • Pareceres apresentados – Câmara dos Deputados
  • Saque do FGTS para fim educacional
  • Redefinição de prazo para restabelecimento de serviços
  • Relatores designados – Câmara dos Deputados
  • Medidas de compensação para contratação de trabalhadores com necessidades especiais
  • Reajuste do salário mínimo
  • Alta programada
  • Relatores designados – Senado Federal
  • Incentivo a projetos de educação e aperfeiçoamento profissional

Câmara dos Deputados

Plenário


Encerrado primeiro turno da Reforma Política

Encerrada a votação da PEC da Reforma Política em primeiro turno. Agora será preparada a redação para o segundo turno, que também exigirá a aprovação por 3/5 dos deputados (308). Nesta semana foram aprovados os seguintes pontos:
•    Criação de uma janela de 30 dias para que o político possa mudar de partido sem perda do mandato.
•    Constitucionalização da fidelidade partidária.
•    Voto impresso para conferência.
•    Efeitos das resoluções e os demais atos normativos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) somente após 18 meses da data de sua vigência.
•    Facilitação de apresentação de projetos de iniciativa popular.
•    Eleições das Mesas Diretoras da Câmara e do Senado ocorrerão no primeiro dia de cada metade da legislatura (cerca de a cada 2,5 anos).
•    Permissão ao policial ou bombeiro militar retornar a suas funções se não reeleito para mandato eletivo.

As seguintes sugestões foram rejeitadas:
•    Cota para mulheres nas eleições.
•    Federação Partidária.
•    Perda de Mandato em virtude de investidura em cargo político do Poder Executivo.
•    Senador Vitalício.
•    Voto em Trânsito para todos os cargos.
•    Permissão ao candidato disputar, simultaneamente, eleições majoritárias (prefeito, governador, presidente da República e senador) e proporcionais (vereador e deputado).
•    Obrigação dos candidatos às eleições proporcionais e majoritárias a registrarem suas propostas na Justiça Eleitoral.

Reajuste do IRPF segue para o Senado

Aprovada a Medida Provisória 670, de 2015, que dispõe sobre os valores da tabela mensal do imposto sobre a renda da pessoa física, realizando um reajuste que varia de 4,5% a 6,5%. A matéria foi aprovada na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) que mantém o texto original e acrescenta dispositivo autorizando o Poder Executivo a conceder subvenção econômica em percentual ou valor do prêmio do seguro rural contratado no ano de 2014, devendo a obrigação assumida em decorrência desta subvenção ser integralmente liquidada no exercício financeiro de 2015. Por meio de destaques aprovados, foi incluída a possibilidade de professor deduzir do IR gasto com livro, e a isenção de PIS/Pasep e Cofins para óleo diesel. A matéria segue para o Senado Federal.

Comissão de Legislação Participativa


CLP discute relação de Ministério Público com entidades sindicais
Realizada audiência pública para debater a relação entre o Ministério Público do Trabalho e as Entidades Sindicais. A audiência contou com duas mesas de debates, tendo a participação de representantes sindicais, gestores e procuradores.

O deputado Nelson Marquezelli abriu o debate e depois passou à coordenação do relator da sugestão que deu origem à audiência pública, deputado Glauber Braga (PSB-RJ), o qual defendeu a proposição justificando que apesar de existirem diversos grupos sociais, o debate com sindicatos dos trabalhadores não ocorre com frequência devido às criminalizações ocorridas com movimentos e lideranças. Dessa forma, afirmou que a atividade política deve ser feita por meio da abertura de espaços para discussões e finalizou citando as duas Medidas Provisórias recentemente votadas (MP 664 e 665, de 2014), as quais representam uma afronta aos direitos trabalhistas que devem ser preservados.

Sebastião Soares, presidente da Agência Social, apontou a necessidade da atuação do Ministério Público no cumprimento das leis e justiça social. Elogiou o apoio do MP, mas criticou gestores que não cumprem com normas e refletem um relacionamento negativo de agentes públicos com representantes sindicais, de forma a ir contra direitos trabalhistas.

Posteriormente, Moacir Tech, representante sindical, teve a palavra e criticou a ação do Ministério Público em relação aos direitos sindicais. Em seguida, José Calixto Ramos, presidente da Nova Central Sindical de Trabalhadores, afirmou que o Ministério Público deve cumprir melhor seu trabalho e estar mais ao lado do movimento, uma vez que consta na constituição o direito sindicais, devendo ter determinado equilíbrio de atuação entre as duas partes.

O secretário de relações do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Manoel Messias, defendeu a democracia ideal como sendo aquela que preze pelo direito de movimentos sociais. Também, demonstrou em seu discurso que há abuso de direitos, tanto de gestores quanto trabalhadores, e concordou que o motivo está no afastamento das autoridades com sindicalistas. Finalizou sugerindo que tragam para a legislação instrumentos que busquem justiça para combater ações antisindicalistas.

Dando continuidade à primeira mesa, o representante do Ministério Público do Trabalho,  Francisco Gerson Marques, iniciou seu discurso garantindo o avanço no exercício constitucional do reconhecimento dos direitos dos sindicatos perante a sociedade. Porém, inferiu sobre a existência de uma parcela do movimento que está se desfalecendo por existir corrupção, vista em meio às denúncias ocorridas entre os próprios sindicalistas.

O convidado afirmou que o Ministério Público defende o sindicato, mas que combate os excessos de mobilização que vão contra a ordem. Em muitos momentos reafirmou que o MP não “engaveta” processos de sindicatos que têm seus direitos feridos por ações do MP. Apesar das imensas críticas com relação a estas afirmações, Francisco Gerson Marques garantiu que as autoridades zelam pelos direitos dos movimentos. Entretanto, enfatizou a questão do abuso de direitos por parte dos sindicalistas, e que estes são combatidos. Ainda, afirmou que houve avanços no sentido de abertura para discussões sobre o tema, porém, os movimentos devem ter suas atuações limitadas, para que não ocorram abusos e que exerça de fato o direito constitucional assumido.

Em seguida, Ângelo Fabiano Farias da Costa, vice-presidente da Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho – ANPT, apontou em sua fala o dever de respeitar, tanto o ordenamento jurídico, quanto o movimento sindical. Discordou da criminalização do movimento, sustentando que o Ministério do Trabalho visa objetivos de direitos civis e trabalhistas e concluiu garantindo que o MP respeita os sindicatos, mesmo que existam pessoas, tanto dentro dos sindicatos quanto entes gestores, que usam de forma indevida direitos que possuem.

Por fim, o Nilton da Silva Correia, conselheiro federal da OAB/DF, ressaltou que devem ser tomadas decisões de forma coletiva e não unilateral, ou seja, deve retirar toda as decisões do Estado e permitir a interferência dos sindicatos nas suas respectivas atividades.
Contudo, a Audiência Pública permitiu o diálogo entre os convidados que compuseram as mesas e membros de sindicatos presentes no plenário da Comissão, os quais ressaltaram diversas vezes em suas falas a necessidade do maior cumprimento normativo dos direitos sindicais por parte do Ministério Público.

Comissão de Seguridade Social e Família


CSSF debateu trabalho infantil
Realizada audiência pública para debater o Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado no dia 12 de junho. A sessão foi presidida pelo deputado Jean Wyllys (PSOL- RJ), um dos autores do requerimento deu origem à audiência.

Lélio Bentes, ministro do Tribunal Superior do Trabalho, é coordenador do Programa de Combate ao Trabalho Infantil (PETI) enfatizou que o Conselho Superior da Justiça do Trabalho (CSJT) e o TST atuam a fim de garantir legalmente a profissionalização de adolescentes, com todos os direitos trabalhistas assegurados, por meio de programas como o Adolescente Aprendiz, que proporciona formação técnico-profissional a jovens a partir dos 14 anos através de carga horária teórica e prática, e age integrado ao programa “Cuca Legal”, que incentiva e reconhece o bom rendimento dos alunos. Sobre a importância da atuação no combate ao trabalho infantil, o ministro destacou que “a transformação está ao alcance de nossas mãos e é necessário coragem para dar o primeiro passo”.

Kátia Magalhães Arruda, ministra do Tribunal Superior do Trabalho, também integra a Comissão para Erradicação do Trabalho Infantil da Justiça do Trabalho (CETI) do TST e argumentou que o trabalho infantil é uma “chaga que atrapalha o desenvolvimento econômico”, além de comprometer o desenvolvimento das crianças e agrava a exclusão social. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), quando mais cedo se começa a trabalhar, menor é a qualidade de vida e salário alcançado pelo individuo na fase adulta, visto que o afastamento de crianças das escolas gera adultos sem estudo e profissionalização. Segundo a ministra, 92% dos adultos resgatados de trabalhos forçados trabalharam durante a infância. Como meios de se solucionar o problema, a ministra disse ser necessário combater a naturalização e banalização da exploração infantil, garantir educação integral junto ao esporte e cultura, e cobrar atuação articulada do Estado, de forma a reunir diferentes políticas já existentes de combate ao trabalho infantil.

Isa Maria Oliveira, Secretária-Executiva do Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, ressaltou que o trabalho infantil é proibido por dispositivos legais e é um tema que requer a tomada urgente de medidas dados os prejuízos que ocasiona. Defendeu que é necessário integrar programas de transferência de renda a medidas de proteção social e incentivo à escolarização, além de sensibilizar a sociedade sobre os danos causados às crianças em decorrência da exploração laboral. O Brasil assumiu o compromisso de erradicar até 2016 as piores formas de trabalho infantil (que incorporam o trabalho domestico, rural e em atividade comerciais, bem como exploração sexual e em atividades ilícitas) e, até 2020, todas as formas de trabalho infantil, entretanto conforme previsões, as metas não serão cumpridas no prazo estipulado.

Fernanda Sucupira, pesquisadora da ONG Repórter Brasil, afirmou que o Brasil é considerado referencia no desenvolvimento de políticas de combate ao trabalho infantil, porém reconhece que ainda há muito a ser feito. Entre os desafios atuais citou a necessidade de descontruírem-se formas invisíveis e cadeias mais complexas de trabalho nas quais as crianças estão inseridas, como o ambiente doméstico, e tal qual a ministra Katia Arruda, disse ser necessária a complementação do programa de transferência de renda com outras medidas, a desconstrução de mitos acerca do trabalho infantil e o combate à naturalização desta prática. Também enfatizou que mais esforços devem ser concentrados na redução do trabalho infantil do que na redução da maioridade penal, por meio de ações que viabilizem a inserção digna e ativa dos jovens no mercado de trabalho.

Cristina Pereira, representante do Movimento Humanos Direitos, apresentou a associação que luta em prol da paz e dos direitos humanos, com foco especial sobre questões relacionadas ao trabalho infantil, e listou como possíveis motivos para tal prática, além dos já citados anteriormente, o fechamento de escolas agrícolas, o êxodo rural e o abandono familiar ao qual muitas crianças são submetidas atualmente. Ainda lembrou da PEC 438, marco no combate ao trabalho escravo, que foi aprovada em 2012.

Dentre os parlamentares que estiveram presentes na audiência Pública, Marx Beltrão (PMDB-AL) apontou a educação como melhor caminho para o combate ao trabalho infantil, concordando com a opinião dos componentes da mesa, e citou a experiência de Coruripe/AL; durante sua gestão como prefeito, com redução da evasão escolar de 50% para menos de 1%. Afirmou ser dever da Casa exigir do Executivo a implantação de políticas públicas que assegurem os direitos de crianças e adolescentes. Os deputados Chico D’Angelo (PT-RJ), Érika Kokay (PT-DF), Flavinho (PSB-SP) e Conceição Sampaio (PP-AM), que subscreveu ao requerimento de realização da audiência, também se manifestaram e reiteraram a importância da discussão do tema na Câmara dos Deputados.

Realizado o Simpósio Nacional de Saúde – “Saúde: Direito de Todos, Dever do Estado”
Na última quarta-feira (17/06), a Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) deu início aos dois dias do Simpósio Nacional de Saúde: Direito de Todos, Dever do Estado. Dentre os convidados, o Ministro da Saúde, Sr. Ademar Arthur Chioro dos Reis compareceu ao debate.
O Deputado Antônio Brito, presidente da CSSF, abriu o evento informando a importância da presença do ministro e do debate em si. Em seguida, passou a palavra para a autora do requerimento para a realização do simpósio, deputada Jandira Feghali.

A parlamentar explicou sobre a importância desses eventos para debates entorno da saúde, tema fundamental para o Brasil. Inferiu que discutir questões macro políticas é relevante e que a principal razão de estar ocorrendo o simpósio tem a ver com a 15º Conferência Nacional de Saúde, porque apenas esta conferência não supre a enorme necessidade de se ter maiores discussões.

Além disso, a deputada inferiu em sua fala que as pessoas firmam a necessidade da saúde ser direito de todos, porém, o maior foco é no dever do Estado em cumprir o papel constitucional de proporcionar esse recurso à população. Ainda, deve melhorar a carreira dos profissionais da saúde, valorizando a atuação destes competentes da área. Por fim, colocou como desafio para o simpósio a busca por soluções para que o Estado proporcione melhoria na saúde para o povo brasileiro.

Em seguida, foi passada a palavra ao presidente da Frente Parlamentar de Saúde, deputado Osmar Terra, o qual começou argumentando sobre a crise no sistema público de saúde, a principal queixa dos cidadãos. Para ele, a questão de estrutura e carreira na área de saúde não têm investimentos e atenção suficientes. Criticou dizendo que a crise no país atinge diversas áreas importantes, como a saúde e, ainda, argumentou que o aumento na arrecadação de imposto não é convertido em investimento nessa área.

Osmar Terra finalizou suas considerações demonstrando a necessidade de ter articulação com o Ministério da Saúde para melhorar a situação da saúde, propondo comum acordo com e negociação para obter soluções concretas e a curto prazo. E, concluiu dizendo que a Frente Parlamentar pela Saúde tem a intenção de solucionar a crise de financiamento na saúde pública, a falta de recursos para isso.

Posteriormente, o Ministro da Saúde deu início a sua exposição argumentando sobre a importância da 15º Confederação Nacional da Saúde no sentido de repensar o sistema de saúde atual, o SUS, para trazer uma reforma neste setor. Ponderou sobre o compromisso do governo com o SUS e que somente ocorrerão avanços se a saúde for realmente considerada um direito universal constitucional.

Defendeu a existência do SUS e as inúmeras conquistas, apesar da presença de falhas, inferindo como solução a continuidade de implementação de redes básicas para atender pequenas e grandes regiões do Brasil.  

Um tema abordado pelo Ministro foi a regulamentação da saúde, sendo ocasionado pelo pacto federativo e devendo este ser aprimorado para que seja de responsabilidade também dos estados. E, finalizando, apontou a questão de centrar os debates não apenas no financiamento do SUS, mas em como gastar melhor os recursos, investindo na profissionalização e resgatando o processo respeitoso do trabalhador e usuário do sistema, combinando as duas partes.

Dando continuidade, foi passada a fala para os dois debatedores. O primeiro, Luís Eugênio Portela Fernandes de Souza, presidente da Abrasco, iniciou expondo algumas considerações da Abrasco sobre o tema, defendendo conquistas na saúde, as quais trouxeram garantia cidadã. Porém, constatou sobre a existência de desafios de renovação das conquistas, como garantir ainda mais o direito à saúde por trabalhadores.

Dentre esses desafios, observou que o Estado tem condições de suprir as necessidades da saúde e que há a necessidade de mecanismos regionais para que se tenha uma condução mais eficiente da gestão pública. Também, é preciso dar atenção aos trabalhadores da saúde e trazer inovação aos profissionais.

Contudo, encerrou sua fala afirmando que o financiamento da saúde deve ser um tema de amplia discussão, para que o orçamento público seja questionado pela população, a fim de que esta saiba como são destinados os recursos obtidos por meio de impostos arrecadados.  
Por fim, a segunda e última debatedora, Maria do Socorro de Souza, presidente do Conselho Nacional de Saúde, argumentou também sobre a importância dessas discussões e fez uma crítica ao modelo de desenvolvimento, uma vez que existe um sistema de saúde que busca o tratamento igual, porém, ainda há muita desigualdade entre a população. Ainda, firmou a necessidade de analisar a questão do pacto federativo, para diminuir a desigualdade de recursos entre os municípios e outras regiões.

Na parte da tarde, presidida pelo deputado Eduardo Barbosa (PSDB-MG), foi realizada a mesa sobre “Formação e Relações de Trabalho”, que contou com a presença de Hêider Aurélio Pinto, secretário de Gestão e Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, e de Nísia Trindade Lima, vice-presidente de Ensino Informação e Comunicação da Fiocruz. Os debatedores expuseram sobre a carreira médica, e a necessidade de planos de carreira para os trabalhadores do SUS, qualificação dos profissionais de saúde e da universalização do acesso às residências médicas.

O segundo dia do simpósio (18/06) consistiu novamente em uma mesa de debates, para discutir a política industrial farmacêutica. A deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), coordenou os debates dos respectivos convidados: Carlos Augusto Grabois Gadelha, secretário de Desenvolvimento da Produção/MDIC; Thiago de Mello Moraes, coordenador Geral de Biotecnologia e Saúde da Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI; Jorge Costa, assessor Técnico da Fiocruz; e Reinaldo Guimarães, vice-presidente da Abifina.

Os debates desta mesa foram a respeito de avanços em políticas de integração entre setor público e privado para desenvolvimento econômico e da saúde; integração entre empresa e universidade, dando ênfase ao Ciência Sem Fronteiras; empresas do ramo farmacêutico e seus desenvolvimento no mercado; e desenvolvimento maior na indústria química de medicamentos.

Já na última parte do simpósio o foco do debate foi o financiamento do Sistema Universal de Saúde do Brasil, tendo sido englobadas as questões do pacto federativo e das novas fontes de financiamento.

A mesa, coordenada pelo deputado Alexandre Serfiotis (PSD-RJ), foi composta por Bruno Moretti, secretário Executivo Adjunto do Ministério da Saúde; Carlos Octávio Ocke Reis, técnico de Planejamento e Pesquisa do IPEA; João Gabbardo dos Reis, representante do Conass; José Fernando Casquel Monti, presidente do Conasems; e Ronald Ferreira dos Santos, coordenador Nacional do Saúde +10.

Os palestrantes manifestaram sua comum preocupação com a situação do SUS diante do corte de R$ 11,77 bilhões, advindo de medidas de ajuste fiscal do governo federal, e concordaram ser necessária a elaboração de políticas públicas voltadas à saúde, bem como à redistribuição de recursos e refinanciamento do sistema, que atualmente demanda 9,7% do PIB brasileiro, sendo a maior parte desta parcela referente a gastos privados (5% contra 4,7% de gastos públicos).

Ainda destacou-se, acerca do pacto federativo, que nos últimos anos foi observada a redução de gastos federais na saúde enquanto os municípios, que recebem apenas 17% dos recursos fiscais, arcam com cerca de 1/3 dos gastos. Em 2014, a aplicação de recursos da esfera municipal na saúde foi, em média, de 23% do orçamento disponível, o que representa aproximadamente R$ 22 bilhões além da obrigação constitucional de 12%. Estes números evidenciam a relevância do debate realizado a fim de promover a reflexão sobre a delicada situação do SUS e o desenvolvimento de políticas públicas que sanem as demandas populares e carências do sistema.

Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público


CTASP debaterá jornada de turno ininterrupta a terceirizados
Aprovado o Requerimento 47, de 2015, de autoria do deputado Benjamin Maranhão (SD-PB), que solicita a realização de Audiência Pública para discussão do Projeto de Lei 3.765/2008, para assegurar a jornada de turnos ininterruptos de revezamento, estabelecida no inciso XIV do Art. 7º da Constituição Federal, aos trabalhadores abrangidos por esta legislação especial, e garantir o âmbito de aplicação dessa legislação a todos os que prestem serviços sob o regime de embarque e confinamento, como empregados ou como trabalhadores terceirizados. Ainda não há data para o debate.

TCU deverá auditar fundos de previdência
Aprovado o Requerimento 53, de 2015, de iniciativa do deputado Benjamin Maranhão (SD-PB), solicitando que a comissão solicite ao Tribunal de Contas da União (TCU) a realização de auditoria para apurar possíveis malversações ocorridas nos recursos dos Fundos FI-FGTS e POSTALIS, veiculadas na imprensa.

Segundo justifica o autor do pedido:

“ Reportagem publicada na edição de 23/03/2015 no jornal O ESTADO DE S. PAULO, sob o título “ROMBO DO POSTALIS CHEGA AOS EMPREGADOS”, traz à baila fatos estarrecedores que expõem um verdadeiro caos administrativo que se instaurou no fundo de pensão dos trabalhadores dos Correios em razão de gestões temerárias que o assolam.

Em outra Reportagem publicada na edição de 27/05/2015 do jornal O ESTADO DE S. PAULO, sob o título “FGTS vai liberar R$ 10bi para o BNDES” trouxe preocupação aos membros desta Comissão, na medida em que noticia a autorização pelo Conselho do FI-FGTS de operação de repasse de recursos do Fundo para financiar o BNDES, o qual, por sua vez utilizará os mesmos recursos para financiar projetos de seu interesse.

Mesmo que os recursos do FGTS não sejam considerados recursos públicos, são eles administrados pela Caixa Econômica Federal, Empresa Pública, e este Egrégio Tribunal de Contas, no processo nº 005.935/2014-8, reafirmou a sua competência para fiscalizar e realizar auditoria no âmbito do FI-FGTS. Feitas estas considerações, estabelecida a competência do Tribunal de Contas da União para exercer seu dever constitucional de fiscalização na atuação do FI-FGTS, resta patente o cabimento da presente solicitação, diante dos fatos a seguir delineados.

Desta feita uma PEDALADA BANCÁRIA ou SOCIAL na medida em que recursos dos trabalhadores são retirados do seu propósito legal para abastecer as arcas de um mal gerido e pouco transparente BNDES.”

Comissão de Finanças e Tributação


CFT aprova projeto sobre Imposto de Renda às pessoas com deficiência
Aprovado parecer com complementação de voto do deputado Manoel Junior (PMDB-PB) ao Projeto de Lei 6349, de 2013, de autoria do senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), para conceder preferência às pessoas com deficiência na restituição do imposto de renda. O parecer é pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do PL 6.349/13, do PL 3.224/12, apensado, e do Substitutivo da Comissão de Seguridade Social e Família; e, no mérito, pela aprovação do PL 6.349/13, com emenda, e pela rejeição do PL 3.224/12, apensado, e do Substitutivo da CSSF. O projeto segue para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Comissão de Educação


Comissão debaterá educação técnica e profissional
Aprovado o Requerimento 77, de 2015, de autoria do deputado Givaldo Vieira (PT-ES), solicitando a realização de duas audiências públicas para discutir o diagnóstico e as perspectivas da educação técnica e profissional no Brasil. Sugere que sejam convidados:

Primeira audiência pública:
•    Professor Cândido Gomes – Universidade Católica de Brasília.
•    Professor Claudio de Moura Castro – Grupo Positivo.
•    (ou: Professor Simon Schwartzman – Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade).
•    Professora Maria Ciavatta – Universidade Federal Fluminense.
•    (ou: Professor Gaudêncio Frigotto – Universidade do Estado do Rio de Janeiro).

Segunda audiência pública
•    Secretário da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – SETEC, do Ministério da Educação.
•    Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Educação – CONSED.
•    Representante de entidade nacional representativa de instituições particulares de ensino técnico e tecnológico.
•    Representante da União Brasileira de Estudantes Secundaristas – UBES.

Senado Federal

Plenário


Frente Parlamentar em Defesa do Ensino Profissionalizante
Aprovado o Projeto de Resolução do Senado 24, de 2007, do senador Paulo Paim, que institui a Frente Parlamentar em Defesa do Ensino Profissionalizante. A matéria segue para a promulgação.

Descumprimento das obrigações trabalhistas
Aprovado o Requerimento 442, de 2015, do senador Douglas Cintra, solicitando que o Projeto de Lei do Senado 194, de 2015, sobre dano moral decorrente do descumprimento das obrigações trabalhistas, tramite também na CCJ.

Ausência do empregado
Aprovado o Requerimento 424, de 2015, do senador José Agripino, solicitando a tramitação conjunta do Projeto de Lei da Câmara 118, de 2013, com o Projeto de Lei do Senado 59, de 2014, por regularem matéria correlata (ausência do empregado ao serviço).

Aposentadoria especial
Aprovado o Requerimento 553, de 2015, do senador José Pimentel, solicitando a tramitação conjunta dos Projetos de Lei do Senado 233, de 2003, e 177, de 2013-Complementares, que tratam da aposentadoria especial para o exercício de atividades prejudiciais à saúde.

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania


Projeto aumenta idade para aposentadoria compulsória de servidores
Aprovado o relatório apresentado pelo senador Lindbergh Farias (PT-RJ), pela aprovação com emenda de redação do Projeto de Lei do Senado – Complementar 274, de 2015, de autoria do senador José Serra (PSDB-SP), que aumenta para 75 anos a aposentadoria compulsória, com proventos proporcionais, dos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações; dos membros do Poder Judiciário; dos membros do Ministério Público; dos membros dos Tribunais de Contas; dos membros dos Conselhos de Contas. Esse projeto regulamenta a conhecida “PEC da Bengala”, que já aumenta a idade exigida para os ministros do Supremo Tribunal Federal. Também foi aprovado um requerimento de urgência para a matéria seguir para o Plenário.

Comissão de Educação, Cultura e Esporte


Projeto sobre cálculo de IRPF é aprovado pela CE
Aprovado o relatório apresentado pelo senador Otto Alencar (PSD-BA), pela aprovação do Projeto de Lei do Senado 538, de 2013, de autoria do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), que altera a Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995, para dispor sobre o limite de dedução relativa a despesas com instrução da base de cálculo do Imposto de Renda das Pessoas Físicas. O projeto segue para análise terminativa pela Comissão de Assuntos Econômicos.

Comissão Mista da Medida Provisória 672, de 2015


MP do salário mínimo segue para a Câmara
Aprovado o parecer do senador João Alberto Souza (PMDB-MA) favorável sem alteração da Medida Provisória 672, de 2015, que dispõe sobre a política de valorização do salário mínimo para o período de 2016 a 2019. A matéria segue para análise pela Câmara dos Deputados, onde obstruirá a pauta. A vigência encerra dia 07/08/2015.

 

Poder Judiciário
Tribunal Superior do Trabalho (TST)

Seminário sobre trabalho seguro
Realizado o Seminário Trabalho Seguro, pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST). O juiz de direito Ricardo Barreto foi presidente de mesa e abriu com a primeira temática: “A Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho”, tendo como conferencista o Desembargador Sebastião Geraldo de Oliveira.

O Desembargador iniciou suas exposições argumentando que as políticas de segurança e saúde no ambiente do trabalho da Organização Internacional do Trabalho têm como intenção maior a criação de uma nova cultura e política entre empresários e trabalhadores.

A formulação de uma nova cultura se justifica pelas mudanças ocorridas na sociedade, como o aumento na expectativa de vida, contribuindo para o surgimento de maiores riscos à saúde. Também, a mudança da força muscular para o esforço cerebral, sendo o maior causador de doenças, porque o trabalho atual caracteriza-se por ser mais denso, tenso e intenso, ocasionando maiores estresses.

Afirmou que a tutela do trabalho cresceu, porém, a atenção maior na questão de preocupação da saúde psicológica do trabalhador está ocorrendo recentemente. Com isso, é necessário criar programas, status de normas, que determinem como e quem executará medidas de proteção à segurança e saúde do trabalhador.

A segunda temática ocorrida, “Ação Regressiva decorrente de acidente de trabalho: cabimento, competência e jurisprudência atual”, iniciou com exposições do juiz do trabalho, Océlio de Jesus Carneiro de Moraes, reafirmando que deve ter medidas de proteção ao trabalhador em relação à saúde e segurança. Também, afirmou que normas existentes não trazem aspectos que acompanham a realidade do ambiente de trabalho, nem mesmo as novas doenças e tipos de acidentes ocorridos neste âmbito. Inferiu que, o único quesito previsto é a redução, minimização dos riscos, e não a neutralização e eliminação dos destes no ambiente de trabalho.

Abordou o artigo 157, da CLT, que afirma que cabe às empresas cumprir com as precauções e tornar o ambiente de trabalho mais seguro, ou seja, é de caráter de ordem pública e repercute em outras questões, como o trabalho seguro e proteção previdenciária, sendo dessa forma responsabilidade do empregador tratar destas obrigações. Já o artigo 7º, da Constituição Federal, traz apenas aspectos reparatórios, e não preventivos.

Seguindo, foi passada à apresentação do Advogado Geral da União, Fernando Maciel, o qual argumentou sobre o aumento de acidentes no trabalho e afirmou que cabe à Justiça do Trabalho resolver casos que descumprem com normas trabalhistas relativas à segurança e saúde de trabalho.

No período da tarde, a mesa foi presidida pela Desembargadora Maria Madalena Telesca e composta pela Juíza Lusmary Fátima Turelly da Silva, o Desembargador Francisco Rossal  de Araújo e Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira, coordenador-geral de monitoramento de benefícios por incapacidade MPS.

A Juíza Lusmary Fátima Turelly da Silva tratou sobre a polêmica que envolve a tramitação de processos sobre acidentes de trabalho e a concessão de benefícios previdenciários. Segundo a convidada, a tramitação de um processo em três justiças pode gerar decisões controvertidas considerando que cada esfera pode analisar um mesmo caso de forma distinta e gerar discrepâncias entre perícias e decisões.

O Desembargador Francisco Rossal de Araújo discorreu sobre os acidentes de trabalho em uma prospecção temporal e defendeu que o tema tem reflexos sociais e econômicos extremamente relevantes, que influem sobre a responsabilização das empresas, por exemplo. Argumentou que há um problema da divisão do risco social: para pequenos acidentes ou afastamentos de até 15 dias, o risco social é da empresa, enquanto em acidentes de maior gravidade, a responsabilidade social compete ao do Estado e INSS.

Paulo Rogério Albuquerque de Oliveira, coordenador-geral de monitoramento de benefícios por incapacidade MPS, defendeu que, apesar da positivação do direito dos trabalhadores, com a garantia da redução de riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde, higiene e segurança, conforme disposto no artigo. 7º da Constituição Federal, é necessário serem desenvolvidas leis sobre a penosidade, periculosidade, insalubridade, rotatividade da mão de obra.

TRAMITAÇÕES

Câmara dos Deputados

1. Pareceres apresentados:

Saque do FGTS para fim educacional
Projeto de Lei 2312, de 2000, de autoria do ex-deputado Ricardo Noronha (PMDB-DF), acrescenta inciso ao art. 20 da lei que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), propondo a permissão de saque pelo trabalhador na conta do FGTS para pagamento de anuidade escolar.
Parecer: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do Projeto de Lei nº 2.312/00 e seus apensados; pela incompatibilidade e inadequação financeira e orçamentária do PL nº 3.165/00, apensado; e, no mérito, pela rejeição do PL nº 2.312/00 e apensados.
Relator: deputado Hildo Rocha (PMDB-MA).
Comissão: de Finanças e Tributação (CFT).

Redefinição de prazo para restabelecimento de serviços
Projeto de Lei 3432, de 2012, de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), modifica a Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção ao consumidor, definindo prazo de restabelecimento de serviço de 24h, a partir da apresentação de reclamação do usuário, quando a interrupção de sua prestação se dá alheia à vontade do mesmo.
Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação do PL 3.432/2012 e do substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor, na forma do da subemenda substitutiva.
Relator: deputado Décio Lima (PT-SC).
Comissão: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

2. Relatores designados:

Alterações no Pronatec
PL 1428/2015, do deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), altera os arts. 1º, 6º e 19, da Lei nº 12.513, de 26 de outubro de 2011, que dispõe sobre o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), para assegurar seu efetivo funcionamento dando ao Poder Legislativo o poder de assegurar o seu financiamento. Foi determinado prazo de 5 sessões, a partir de 19/06/2015, para apresentação de Emendas ao Projeto.
Relatora: deputada Geovania de Sá (PSDB-SC).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Auxílio doença
Projeto de Lei 711, de 2015, de autoria do deputado Alan Rick (PRB-AC), para assegurar o direito do segurado ao auxílio-doença de dependente menor, concedido pelo Regime Geral de Previdência.
Relatora: deputado Geovania de Sá (PSDB-SC).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Cartão benefício
Projeto de Lei Complementar 254/2013, de autoria do deputado Guilherme Campos (PSD-SP), que dispõe acerca do uso do Cartão Benefício, como meio de pagamento de alimentação, refeição, veículo e outros. Foi aprovado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC) com um substitutivo incluindo a permissão ao empregador, desde que obedecidos os limites e exigências da legislação pertinente, de conceder o benefício, nas modalidades alimentação, refeição e transporte, diretamente aos seus empregados beneficiários, inclusive em dinheiro.
Relator: deputado Benjamin Maranhão (SD-PB).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Medidas de compensação para contratação de trabalhadores com necessidades especiais
Projeto de Lei 1231/2015, de autoria do deputado Vicentinho Júnior (PSB-TO), que altera a Lei nº 8.213 (Previdência Social), para incluir mecanismos de facilitação da contratação de pessoas com deficiência na iniciativa privada e medidas de compensação a serem adotadas quando a cota mínima não puder ser alcançada por razões alheias à vontade do empregador.
Relator: deputado Benjamin Maranhão (SD-PB).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Adicional de periculosidade
Projeto de Lei 1334/2015, de autoria da deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), acrescenta inciso ao art. 193 da CLT, para conceder adicional de periculosidade aos trabalhadores expostos a radiações ionizantes ou substâncias radioativas.
Relator: deputado Alexandre Baldy (PSDB-GO).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Reajuste do salário mínimo
Projeto de Lei 1479/2015, de autoria do deputado João Gualberto (PSDB-BA), dispõe sobre a recomposição do salário mínimo em razão da revisão do crescimento da economia pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Assim, em caso de revisão posterior do valor do PIB pelo IBGE, o valor da diferença, caso positiva, será acrescida aos valores do salário mínimo, com efeitos retroativos. Permite aos empregadores parcelar o pagamento do valor das diferenças acumuladas retroativamente em até doze vezes mensais consecutivas, sendo a primeira parcela paga, no máximo, a partir do décimo segundo mês após a publicidade da revisão pelo IBGE.
Relator: deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Despesas em caso de retorno de transferência do trabalhador
Projeto de Lei 1512/2015, do deputado Uldurico Junior (PTC-BA), que acrescenta parágrafo único ao art. 470 da CLT para obrigar o empregador a arcar com as despesas de retorno do trabalhador transferido em caso de necessidade de serviço.
Relator: deputado Laerte Bessa (PR-DF).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Combate à rotatividade de mão de obra
Projeto de Lei 1579/2015, do deputado André Figueiredo (PDT-CE), que regulamenta o artigo 239, §4º da Constituição Federal, para criar critério suplementar de financiamento do seguro-desemprego a partir da cobrança de percentual adicional sobre alíquota de contribuição para o Programa de Integração Social (PIS), criado pela Lei Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970, e para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP), criado pela Lei Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970, dos sujeitos passivos cujos índices de rotatividade da força de trabalho supere o índice médio da rotatividade do respectivo setor econômico na Unidade da Federação.
Relator: deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Alta programada
Projeto de Lei 2221/2011 (PLS 134/2011 na casa de origem), de autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS), que estabelece a vedação de alta programada durante o período de concessão do auxílio-doença.
Relator: deputado Vicentinho (PT-SP).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

3. Voto em separado:

Saúde Bucal ao trabalhador
Projeto de Lei 422/2007, de autoria do deputado Flaviano Melo (PMDB-AC), altera artigos da CLT relativos à segurança e medicina do trabalho, para a inclusão da saúde bucal entre as normas de proteção à saúde do trabalhador.
Voto em separado: pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 422, de 2007, e do Projeto de Lei nº 3.707, de 2008, apensado, e dos substitutivos aprovados pela Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC); pela Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) e ratificado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP); e pela inconstitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa das Emendas nº 01, 02 e 03, apresentadas na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).
Autor: deputado Alessandro Molon (PT-RJ).
Comissão: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Senado Federal

1. Relatores designados:

Incentivo a projetos de educação e aperfeiçoamento profissional
PLS 266/2015, do Senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO), regula o regime de isenção através do qual podem as empresas manter projetos de educação e aperfeiçoamento profissional, aplicando às empresas a mesma lógica que rege as demais contribuições que sustentam o Sistema S.
Relator: Senador José Agripino (DEM-RN).
Comissão: de Educação, Cultura e Esporte (CE).

Brasília-DF, 19 de junho de 2015



Cláudia Fernanda Silva Almeida
Sheila Tussi Cunha Barbosa
Letícia Tegoni Goedert
Tamiris Clóvis de Almeida


Informe Legislativo – 09 a 11 de junho de 2015

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 09 a 11 de junho de 2015

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira

Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa

Analistas de Relações Institucionais: Cláudia Fernanda Silva Almeida

Renan Bonilha Klein

Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo

Estagiárias: Letícia Tegoni Goedert

Tamiris Clóvis de Almeida

Temas abordados nesta edição:

•    Projeto sobre execuções trabalhistas segue para o Plenário
•    Projeto sobre violência contra mulher fica para a próxima semana
•    CSSF debateu os efeitos decorrentes de anticoncepcionais
•    Projeto sobre inclusão de pessoas com deficiência segue para a sanção
•    Audiência Pública com o Ministro da Educação sobre FIES e PRONATEC
•    Comissão aprova projeto sobre liberação de FGTS
•    Comissão debateu o aprimoramento da Lei Maria da Penha
•    MP do Imposto de Renda segue para a Câmara
•    Relator vota pela aprovação sem alterações
•    Pareceres apresentados – Câmara dos Deputados
•    Relatores designados – Câmara dos Deputados
•    Divisão de férias em até três períodos
•    Voto em separado – Câmara dos Deputados
•    Saúde Bucal ao trabalhador
•    Litigância de má-fé no ambiente de trabalho
•    Prazo de tramitação de processos trabalhistas
•    CNTC em busca de recálculo do fator previdenciário
•    CNTC já articula sobre terceirização

Câmara dos Deputados

Plenário


Continua a votação da PEC da Reforma Política, sendo o único item deliberado. Nas partes votadas foi rejeitado o voto facultativo e a coincidência de todas as eleições; e aprovado o aumento do tempo de mandato, a mudança da data de posse de governadores e Presidente da República, e a redução da idade mínima para prefeito, governador, deputado e vereador.

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania


Projeto sobre execuções trabalhistas segue para o Plenário
Após longa discussão, que perdurou por diversas reuniões, foi aprovado na forma de substitutivo o Projeto de Lei 5140, de 2005, do ex-deputado Marcelo Barbieri (PMDB-SP), que modifica a Consolidação das Leis do Trabalho para dispor sobre a penhora on line na execução trabalhista e a aplicação do princípio da desconsideração da personalidade jurídica. O parecer do relator, deputado Ricardo Barros (PP-PR), é pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa do projeto principal, do PL 5328/2005 e do PL 870/2007, apensados, e do Substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; no mérito, pela aprovação de todos, na forma da Subemenda Substitutiva apresentada. A matéria agora segue para apreciação em Plenário.

Projeto sobre violência contra mulher fica para a próxima semana
Devido a acordo entre os parlamentares da comissão foi transferida para a próxima terça-feira (16/06) a discussão do Projeto de Lei 3047, de 2008, de autoria do deputado Sandes Júnior (PP-GO), que “altera a Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997, que define os crimes de tortura”, definindo como crime de tortura o constrangimento com violência, em razão de discriminação de gênero, violência contra a mulher, agravando a pena quando o crime é cometido em decorrência de relações de parentesco, casamento ou união estável. A matéria aguarda votação do parecer apresentado pelo deputado Luiz Couto (PT-PB) pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com Substitutivo.

Comissão de Seguridade Social e Família


CSSF debateu os efeitos decorrentes de anticoncepcionais
Realizada audiência pública destinada a debater a prescrição e os efeitos decorrentes do uso de anticoncepcionais hormonais. Durante o debate, Maria Esther de Albuquerque Vilela, Coordenadora Geral de Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde, apresentou os critérios de elegibilidade dos anticoncepcionais hormonais estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde e afirmou que estes são adotados no Caderno de Atenção Básica sobre Saúde Sexual e Reprodutiva desenvolvido pelo Ministério da Saúde. Maria Esther disse que os riscos de trombose diante do uso de anticoncepcionais são conhecidos desde a década de 60 e defendeu que os níveis de estrógeno e progestágeno tem sido reduzidos durante os anos com a comprovação do aumento de riscos da ocorrência de eventos adversos. Isso se deu visto que, segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), de 2006, 61,8% das mulheres utiliza métodos anticoncepcionais, sendo a pílula o mais procurado (22,1%).

Daniel Roberto Coradi de Freitas, Superintendente Substituto de Fiscalização, Controle e Monitoramento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alegou existir monitoramento de eventos adversos com o uso de contraceptivos, através dos NOTIVISA e de relatórios periódicos de Farmacovigilância. Segundo o convidado, a contraindicação do uso de contraceptivos na presença de histórico de trombose, entre outros fatores de risco, é divulgada pela Agência, que emitiu, em 2011 e 2013, comunicados de risco alertando as usuárias dos possíveis eventos adversos, além de ter criado o “Click Saudável”, uma plataforma digital cujo objetivo é “informar o usuário para decisões mais seguras sobre o uso de produtos para a saúde”. Daniel Freitas ainda divulgou o lançamento do monitoramento de risco por meio do projeto farmacovigilância estimulada, aplicado nos 209 hospitais da Rede Sentinelas da Anvisa, que objetiva avaliar riscos para a trombose e identificar dados relevantes que colaborem para o desenvolvimento de políticas de segurança para o uso de contraceptivos.

Rurany Ester, Coordenadora-Geral da Secretaria de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Políticas para as Mulheres, lamentou a pouca divulgação dos efeitos e contraindicações do uso de métodos anticoncepcionais e afirmou que é necessária melhor qualificação dos profissionais de saúde, sobretudo dos médicos, para apresentar os riscos às pacientes e investigar possíveis fatores de risco nestas.

Adriana Scavuzzi Carneiro da Cunha, representante do Conselho Federal de Medicina, ressaltou os pontos positivos dos anticoncepcionais: alta eficácia (99,9%) na prevenção de gestações, controle do ciclo menstrual, prevenção e tratamento de acne e, entre outros, a redução na incidência de câncer de ovário, colo e endométrio. “É um consenso de que não existe recomendação para o rastreio sistemático de trombofilia antes da prescrição do método contraceptivo. […] à luz dos conhecimentos atuais, é recomendada a avaliação clínica e exame físico (das pacientes, antes de iniciarem o uso do anticoncepcional)”, segundo Adriana Scavuzzi, respeitando-se os critérios de elegibilidade da OMS e o quadro de cada mulher. Ainda, destacou a importância de se ampliar, de forma segura, o acesso e disponibilidade dos métodos anticoncepcionais.

Carla Simone Castro da Silva, representante do Coletivo “Vítimas de Anticoncepcionais – Unidas a Favor da Vida”, defendeu que “por menor que seja o risco, ele tem que ser comunicado” e afirmou que seu posicionamento não é contrário ao uso de métodos contraceptivos, ela, na realidade, cobra tratamento adequado às reações adversas derivadas do uso destes. Após sofrer trombose cerebral bilateral decorrente do uso de anticoncepcional hormonal, Carla enfrentou dificuldades para registrar ocorrência no NOTIVISA e para comunicar-se com a Ouvidoria da ANVISA e outras instituições, como o Ministério Público, a Secretaria de Políticas para as Mulheres e a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

O debate promovido na audiência pública, segundo ela, trata de uma “situação que foi exposta e ganhou peso nas redes sociais”; o Coletivo “Vítimas de Anticoncepcionais – Unidas a Favor da Vida” recebe diariamente cerca de cinco depoimentos de mulheres vítimas de efeitos adversos e tem, entre as principais reinvindicações, a realização do registro e divulgação dos efeitos adversos, além da atualização das estatísticas e a realização do exame para detecção da trombofilia, uma entre cinco mutações que aumentam os riscos de eventos adversos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo coletivo, 92% das mulheres entrevistadas afirmaram não terem sido avisadas sobre os riscos decorrentes do uso de anticoncepcionais, 71% não sabia que estes aumentavam os riscos de trombose, enquanto 54% nunca havia ouvido falar sobre a doença.

Dentre os deputados que estiveram presentes na audiência, a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) parabenizou Carla Simone por “não ter se calado quando colocaram a conta no acaso”, referindo-se à história da representante do Coletivo, e disse ser essencial a reflexão, na Câmara dos Deputados, de questões que muitas vezes passam despercebidas pelos órgãos e instituições responsáveis. Ainda, Mara Gabrilli destacou que não se pode negligenciar a informação e propôs que a Comissão apresentação uma indicação à ANVISA para a realização de uma pesquisa aprofundada sobre a questão.

O deputado Flavinho (PSB-SP) também se manifestou e expressou seu espanto diante dos casos, inclusive de óbito, apresentados por Carla Simone, e estarreceu-se pela deficiência na divulgação de informações. Já o deputado Mandetta (DEM-MS), a partir de sua experiência enquanto médico, sugeriu a criação de um convênio com instituições de ensino para o desenvolvimento de pesquisas acerca do uso de métodos anticoncepcionais e seus riscos, bem como sobre a burocratização do sistema ao qual os usuários tem acesso para enviar notificações sobre determinado medicamento, a fim de reconhecer os problemas e solucioná-los.

Senado Federal

Plenário


Projeto sobre inclusão de pessoas com deficiência segue para a sanção
Aprovado o Substitutivo da Câmara ao Projeto de Lei do Senado 6, de 2003, do senador Paulo Paim (PT-RS), que institui a Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência. Na matéria consta também o direito ao trabalho, garantindo que as pessoas jurídicas tanto privadas quanto públicas ou de qualquer natureza estão obrigados a garantir ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos. A matéria segue para sanção presidencial.

Comissão de Educação


Audiência Pública com o Ministro da Educação sobre FIES e PRONATEC
Realizada audiência pública com o ministro da Educação, Renato Janine, que afirmou na ocasião que, mesmo diante do corte de R$9,4 bilhões com o plano de ajuste fiscal do governo, pretende manter os projetos do Ministério da Educação em andamento. Foi divulgado que será realizada, ainda este ano, nova chamada para novos contratos no Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), mas com alterações, por exemplo, nos critérios que determinam a prioridade de concessão de vagas. Assim como o FIES, o Programa Nacional de Ensino Técnico e Acesso ao Emprego (PRONATEC) também será reestruturado e terá suas verbas redistribuídas a fim de adequar-se ao orçamento de 2015. O PRONATEC é, segundo o Ministro, “um dos programas mais importantes lançados e criados nos últimos anos no País” e será dada continuidade ao plano de expansão da educação profissional, e as deficiências serão analisadas cuidadosamente a fim se serem sanadas para dar continuidade ao programa, que se destaca pelo seu importante caráter de inclusão, inclusive, social.

Comissão de Direitos Humanos


Comissão aprova projeto sobre liberação de FGTS
Aprovado o Projeto de Lei do Senado 11, de 2015, de autoria do senador José Medeiros (PPS-MT), para permitir a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço do trabalhador que necessite executar projeto de acessibilidade em imóvel próprio. O parecer da relatora Fátima Bezerra (PT-RN) também conta com uma emenda propondo a alteração da expressão “portadores de necessidades especiais” por “pessoas com deficiência”, pois esta tem maior aceitação no tempo presente. A matéria segue para análise pela Comissão de Assuntos Econômicos.

Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher


Comissão debateu o aprimoramento da Lei Maria da Penha
Realizada audiência pública na Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher do Congresso Nacional para discutir a implantação das Casas da Mulher Brasileira em todo território nacional e avanços da Lei Maria da Penha e dificuldades na implantação de medidas destinadas à erradicação da violência.

Aparecida Gonçalves, Secretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da SPM, defendeu que o combate à violência contra a mulher não deve acontecer com a ação de órgãos e indivíduos isolados, mas sim de maneira intersetorial e serviços especializados na justiça, na segurança pública, no Ministério Público, nos auxiliares administrativos para um atendimento mínimo de afinidade com o tema de violência contra a mulher. Destacou também a importância de empenho dos parlamentares a aprovação do projeto de lei que cria o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher que tramita na Câmara dos Deputados, bem como da cobrança dos parlamentares e dos cidadãos para com os governadores de seus respectivos estados para a implantação da Casa da Mulher Brasileira e que seja designada mais verbas no orçamento para o combate à violência contra a mulher. Noticiou que seis Casas da Mulher Brasileira estão em andamento: em Boa Vista, Curitiba, Fortaleza, São Luís, São Paulo e Salvador.

Informou que até o momento apenas duas unidades da federação inauguraram a Casa da Mulher Brasileira. A primeira em Campo Grande – MS que desde 3 de fevereiro já realizou 2.600 atendimentos, contando com 61 profissionais entre delegados, promotores, psicólogas, defensores públicos e auxiliares. a segunda Casa foi inaugurada na semana passada em Brasília a DF.

Thiago Pierobom de Ávila, Coordenador do Núcleo de Gênero Pró-Mulher do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, em sua fala elogiou a instalação da Casa da Mulher em Brasília e fez algumas propostas para aprimoramento da Lei Maria da Penha:

– criminalizar a desobediência à ordem de medida protetiva de urgência;

– aperfeiçoar o sistema em relação à conduta de stalking (perseguição persistente);

– adotar mecanismos para simplificação do processo judiciário;

– criar um tipo penal para quem discrimina mulheres, pois o grande problema enfrentado pelo ministério público é não ter a figura típica de um crime de discriminação pelo fato de ser mulher. Recentemente, pela Lei do Feminicídio, se criou um agravante ao homicídio quando o crime é praticado em razão do sexo feminino, mas isso é específico para homicídio. Outras formas de discriminação ficam sem adequação típica.

Ana Cristina Melo Santiago, delegada de polícia do Distrito Federal e chefe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher informou sobre o crescente número de ocorrências policiais envolvendo violência contra a mulher e as ações desenvolvidas pela delegacia. Alertou que o discurso precede o ato de violência e que o importante é difundir os direitos da mulher e orientá-la para não se submeter à violência doméstica e denunciar. Como sugestão de aprimoramento da Lei Maria da Penha apontou a necessidade de que as medidas protetivas sejam deferidas já na delegacia de polícia.

Casa da Mulher Brasileira reúne diversos serviços em um só espaço com o objetivo de atender a mulher vítima de agressão de forma integral e humanizada. Integra no mesmo espaço serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e central de transportes.

Comissão Mista da Medida Provisória 670, de 2015


MP do Imposto de Renda segue para a Câmara
Aprovado o parecer da Medida Provisória 670, de 2015, para dispor sobre os valores da tabela mensal do imposto sobre a renda da pessoa física. O parecer conclui pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da medida provisória, bem como pelo atendimento dos pressupostos de relevância e urgência e pela adequação financeira e orçamentária; no mérito, pela aprovação da Medida Provisória nº 670, de 2015, na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) que apresenta, e pela rejeição das emendas apresentadas. O PLV mantém o texto original e acrescenta dispositivo autorizando o Poder Executivo a conceder subvenção econômica em percentual ou valor do prêmio do seguro rural contratado no ano de 2014, na forma estabelecida no ato específico de que trata o art. 1º desta Lei, devendo a obrigação assumida em decorrência desta subvenção ser integralmente liquidada no exercício financeiro de 2015.

Comissão Mista da Medida Provisória 672, de 2015


Relator vota pela aprovação sem alterações
Apresentado o parecer do senador João Alberto Souza (PMDB-MA) é pela aprovação sem alteração da Medida Provisória 672, de 2015, que dispõe sobre a política de valorização do salário mínimo para o período de 2016 a 2019. A reunião foi suspensa após a leitura do parecer e está prevista a continuação para o dia 16/06, próxima terça-feira.

TRAMITAÇÕES

Câmara dos Deputados

1. Pareceres apresentados:

Remuneração dos Comerciários comissionistas
Projeto de Lei 7221, de 2014, de autoria do ex-senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) e já aprovado pelo Senado Federal – PLS. 47/2013, propõe disciplinar as condições da remuneração dos comerciários vendedores que percebem remuneração à base de comissões.
Parecer: favorável à matéria com emenda que propõe a modificação ao art. 457-A para aprimorar a redação do § 6º incluindo a expressão “remuneração” quando se refere que o valor das comissões recebidas será registrado no “comprovante da remuneração mensal” do comerciário comissionista, e o aprimoramento de redação do § 8º com o fim de transcrever a Súmula 340 do TST para disciplinar o recebimento de hora suplementar pelo empregado comissionista.
Relator: Laércio Oliveira (SD-SE).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

2. Relatores designados:

Divisão de férias em até três períodos
PL 7386/2006, do Senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), que dá nova redação ao art. 134 da CLT, que dispõe sobre a concessão de féria; a proposição pretende autorizar a divisão, em até três períodos de dez dias corridos, das férias, mediante acordo escrito, sendo este individual ou coletivo.
Relator: deputado Paes Landim (PTB-PI).
Comissão: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Resgate dos direitos do FGTS
PEC 13/2015, do deputado Uldurico Junior (PTC-BA) propõe a alteração do inciso XXIX do art. 7º da Constituição Federal, que trata sobre direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, a fim de estabelecer como 30 anos o prazo prescricional para reclamar o não-recolhimento dos valores destinados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Em 2014, este direito foi diminuído pelo STF de 30 para 5 anos.
Relator: Dep. Luis Tibé (PTdoB-MG).
Comissão: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

3. Voto em separado:

Saúde Bucal ao trabalhador
Projeto de Lei 422/2007, de autoria do deputado Flaviano Melo (PMDB-AC), altera artigos da CLT relativos à segurança e medicina do trabalho, para a inclusão da saúde bucal entre as normas de proteção à saúde do trabalhador.
Voto em separado: voto pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei 422, de 2007.
Autor: deputado Lincoln Portela (PR-MG).
Comissão: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Litigância de má-fé no ambiente de trabalho
Projeto de Lei 7769/2010, de autoria da deputada Gorete Pereira (PR-CE), acrescenta dispositivos à CLT a fim de dispor sobre a responsabilidade das partes e de seus procuradores por litigância de má-fé.
Voto em separado: voto pela inconstitucionalidade, injuridicidade e má técnica legislativa do Projeto de Lei 7769, de 2010, e, no mérito, pela sua rejeição.
Autor: deputado Wadih Damous (PT-RJ).
Comissão: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Prazo de tramitação de processos trabalhistas
Projeto de Lei 5347/2013, de autoria da deputada Gorete Pereira (PR-CE), propõe, com o acréscimo de parágrafo único ao art. 765 da CLT, que decorridos oito anos de tramitação do processo trabalhista sem que a ação tenha sido levada a termo o processo será extinto, com julgamento de mérito por decurso de prazo.
Voto em separado: voto pela aprovação do Projeto de 5.347, de 2013, nos termos do substitutivo apresentado junto ao voto e que propõe a prescrição intercorrente do processo trabalhista na Justiça do Trabalho.
Autor: deputado Silvio Costa (PSC-PE).
Comissão: de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP).

AÇÕES DA ASSESSORIA

CNTC em busca de recálculo do fator previdenciário
A CNTC, com a participação do diretor de assuntos previdenciários, Ronaldo Nascimento, realizou contato com o deputado Paulo Feijó (PR-RJ) para articular a agilização de tramitação do PL 5668/2009 e apensados, que permite o recálculo do fator previdenciário do trabalhador em atividade. A matéria está parada na Comissão de Seguridade Social e Família e a CNTC lutará por esse benefício.

CNTC já articula sobre terceirização
A CNTC, por meio do diretor Social de Assuntos Legislativos, Zé Francisco, entrou em contato com o senador Paulo Rocha (PT-PA) para iniciar as tratativas sobre ações a serem implementadas na tramitação do PLC 30/2015 (antigo PL 4330/04), que regulamenta a terceirização. A CNTC busca a garantia dos direitos trabalhistas ainda não alcançados na matéria.

Brasília-DF, 12 de junho de 2015



Cláudia Fernanda Silva Almeida
Sheila Tussi Cunha Barbosa
Letícia Tegoni Goedert

Informe Legislativo – 01 a 03 de junho de 2015

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 01 a 03 de junho de 2015

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira
Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa
Analistas de Relações Institucionais: Cláudia Fernanda Silva Almeida
Renan Bonilha Klein
Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo
Estagiárias: Letícia Tegoni Goedert
Tamiris Clóvis de Almeida

Temas abordados nesta edição:

•    Recursos para tramitação de Projetos em Plenário
•    CCJC aprova redação final sobre regras de contagem dos prazos para recursos trabalhistas
•    Mediação Judicial e Extrajudicial é aprovada
•    Debate sobre “direito à greve” por servidores públicos
•    Relatores designados – Câmara

 

Câmara dos Deputados

Plenário


Produção legislativa nesta semana foi prejudicada com as ausências dos deputados em Brasília, e possibilitou apenas a aprovação de poucos Acordos Internacionais cujas temáticas não tem interesse aos comerciários.

Recursos para tramitação de Projetos em Plenário

Nesta terça-feira, partidos obstruíram a pauta da sessão que estava para votar 66 recursos sobre projetos de caráter conclusivo (tramitação que não exige a deliberação no Plenário, apenas pelo âmbito das Comissões).

Os defensores da obstrução afirmaram que a pauta do Plenário encontra-se trancada em vista de três projetos de lei em regime de urgência constitucional, como, por exemplo, o Projeto de Lei 863, de 2015, que reduz a desoneração na folha de pagamentos concedida a 56 setores da economia.

Alguns parlamentares tiveram conflito de argumentos entorno da questão, afirmando que a votação de recursos seria uma forma de deliberação sobre o projeto em si e dessa forma não poderia ocorrer no atual momento; e outros, que há necessidade de votação dos recursos, uma vez que existem diversos “sobre a mesa” e ainda não obtiveram deliberação.

Com a obstrução, a sessão do Plenário foi encerrada.

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania


Aprovado Projeto sobre Recursos trabalhistas
Aprovado o a redação final ao Projeto de Lei 2113, de 2007, de autoria do deputado (PMDB-MT), que “altera a redação do art. 894 e inclui § 3º ao art. 893, todos da CLT, estabelecendo regras para a contagem dos prazos para recursos trabalhistas”.
Próximo passo de sua tramitação será a abertura de prazo para recurso para apreciação pelo Plenário, e após, se não houver recurso segue a proposição para apreciação do Senado Federal.

Senado Federal

Plenário


Mediação Judicial e Extrajudicial é aprovada

Projeto de Lei do Senado 517, de 2011, de autoria do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), que institui e disciplina o uso da mediação como instrumento para prevenção e solução consensual de conflitos, é aprovado na forma de substitutivo apresentado pela Câmara (SCD 9, de 2015), o qual estabelece que qualquer conflito pode ser mediado, até mesmo no âmbito da esfera pública.

Pelo parecer do relator da CCJ, senador José Pimentel (PT-CE), a Lei de Mediação será adequada ao Código de Processo Civil para que dê às pessoas de nível socioeconômico mais baixo a oportunidade de resolver conflitos interpessoais de forma gratuita. Será uma forma de desafogar o Judiciário em meio a tantos processos de problemas de pequena gravidade.

Não poderão ser mediadas questões que tratarem de:

•    Filiação;
•    Adoção;
•    Poder familiar;
•    Invalidade de matrimônio;
•    Interdição; e
•    Recuperação judicial ou falência.

As regras para mediarem determinadas problemas são:

•    O mediador deve ser graduado há pelo menos 2 anos e ter certificado de formação no curso de mediador;
•    Deve ter cadastro em Tribunais;
•    As partes devem requerer a mediação;
•    O prazo para mediação judicial será de 60 dias (podendo ser prorrogado a requerimento das partes) e extrajudicial não possui prazo definido para conclusão.

O projeto segue à sanção ou veto da Presidência da República.

TRAMITAÇÕES

Câmara dos Deputados

1. Relatores designados:

Depósito recursal dispensado
Projeto de Lei 1636/2015, do deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL), para dispensar microempresas, firmas individuais, empresas de pequeno porte e pessoas físicas do depósito recursal na CLT.
Relator: deputado Jorge Côrte Real (PTB-PE)
Comissão: de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC).

Brasília-DF, 03 de junho de 2015



Tamiris Clóvis de Almeida
Sheila Tussi Cunha Barbosa

Informe Legislativo – 25 a 28 de maio de 2015

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 25 a 28 de maio de 2015

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira
 Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa
Analistas de Relações Institucionais: Cláudia Fernanda Silva Almeida
Renan Bonilha Klein
Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo
Estagiárias: Letícia Tegoni Goedert
Tamiris Clóvis de Almeida

Temas abordados nesta edição:

  • Reforma Política
  • CSSF debaterá situação dos aposentados e pensionistas
  • CE fará seminários sobre utilização de recursos do FGTS para educação
  • Projeto que unifica férias de casais que trabalham em empresas diferentes é rejeitado
  • MP 665/2014 – Novas regras para concessão de Seguro Desemprego e Abono Salarial e não incidência do fator previdenciário
  • MP 664/2014 – Aprova novas regras para recebimento dos benefícios de pensão por morte e auxílio doença e não incidência do fator previdenciário
  • CAS aprova possibilidades de suspensão do contrato de trabalhador
  • Pareceres apresentados na Câmara
  • Relatores designados na Câmara
  • Votos em separado apresentados na Câmara
  • Relatores designados no Senado

Câmara dos Deputados

Plenário


Reforma Política tem sua deliberação iniciada

Nesta semana presenciamos a primeira derrota do presidente da Câmara dos Deputados, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ao tentar utilizar o poder de seu cargo para deliberar, como o fez com o projeto da Terceirização, a reforma política. Deputados rejeitaram a adoção do sistema eleitoral distritão para eleição de membros do Poder Legislativo federal, estatual e municipal pelo sistema majoritário (mais votados), como ocorre para eleição de senadores, menina dos olhos do presidente da casa. A derrota foi por 267 votos contra 210 votos favoráveis e duas abstenções. Para a matéria ser aprovada necessitava-se de 308 votos favoráveis. Foi um resultado surpreendente. Ficou entendido que o presidente Eduardo Cunha também está sujeito à vontade dos votos da maioria e não pode conduzir os trabalhos da casa a seu bel-prazer. A democracia sempre produz o equilíbrio de forças.

Após acordo entre líderes partidários, temas relativos à reforma política que seriam votados na comissão especial, entraram na pauta do Plenário desta semana, iniciando sua tramitação a partir de terça-feira, 26/05.
A ordem dos temas sugerida para votação, tendo apoio dos líderes, foi:

•    Sistema eleitoral (sistema de lista, distrital misto, distritão e distritão misto);
•    Financiamento de campanha (se público, público e privado – restringindo a pessoa física ou público e privado – extensivo à pessoa jurídica);
•    Proibição ou não da reeleição;
•    Duração de mandatos de cargos eletivos;
•    Coincidência de mandatos;
•    Cota de 30% para as mulheres;
•    Fim da coligação proporcional;
•    Cláusula de barreira;
•    Dia da posse para o presidente da República; e
•    Voto obrigatório.

A PEC 182/07 e outras proposições (Reforma política), teve o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) como Relator de Plenário indicado pelas lideranças. Os Deputados Henrique Fontana (PT-RS) – relator da comissão especial e Chico Alencar (PSO-RJ), líder do PSOL, criticaram a decisão de levar as proposições para votação do Plenário e não terem deliberado o relatório da comissão da reforma política.

Alguns pontos do relatório do Deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ):

•    Sistema majoritário para deputados e vereadores – o mais votado é eleito (modelo de distritão, o qual cada estado é um distrito e elege o candidato mais votado);
•    Financiamento misto de campanha – dinheiro público do fundo partidário e doações de empresas e pessoas físicas (doações aos partidos e limite de doação definido por lei);
•    Fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidente da república (apenas um mandato de 4 anos – dando início a esta nova regra a partir de 2022);
•    Cláusula de desempenho – limite de tempo de campanha eleitoral em rádio e TV, aplicação de atos normativos do TSE 18 meses após a publicação;
•    Posse do presidente da república – primeiro dia útil do mês de janeiro; e
•    Voto facultativo;

Resultado das deliberações ocorridas:

•    Modelo distritão foi REJEITADO por 267 votos a 210, e 5 abstenções – Modelo atual (sistema proporcional) foi mantido;
•    Sistema de votação em lista fechada (lista de candidatos preordenadas) foi REJEITADO por 402 votos a 21, e 2 abstenções;
•    Sistema distrital misto (metade das vagas seriam por votação em lista e a outra pelo voto majoritário) foi REJEITADO por 369 votos a 99, e 2 abstenções;
•    Financiamento de campanha por pessoa física e jurídica foi REJEITADO – foram 264 votos favoráveis e 207 contra, porém, foi rejeitado uma vez que é necessário quórum qualificado de 2/5, ou seja, eram necessários 308 votos para a matéria ser aprovada;
•    Financiamento privado de campanhas por meio de doações de pessoas físicas e jurídicas para os partidos políticos e doações de pessoas físicas para candidatos foi APROVADA por 330 votos a 141 e 1 abstenção – a forma de financiamento permanece misto, ou seja, dinheiro público para o Fundo Partidário e privado caso seja de doações de pessoas e empresas (Emenda do Dep. Celso Russomanno – PRB/SP);
•    Fim da reeleição para prefeitos, governadores e presidente da república é APROVADO por 452 votos a favor a 19 contra e 1 abstenção.
•    Cláusula de desempenho é APROVADA por 369 votos a 39 e 5 abstenções – esta cláusula refere-se ao acesso dos partidos ao fundo partidário e tempo de campanha em TV e rádio, os quais agora dependerão da eleição de no mínimo um candidato em uma das Casas Legislativas.
•    Coligações eleitorais nos cargos para o Legislativo (deputados federais, estaduais e vereadores) permanecem como é hoje. O destaque do PSDB pelo fim das coligações é REJEITADO por 236 votos a 206 e 5 abstenções.

Os demais temas referentes à Reforma Política serão deliberados em junho, nas próximas semanas.

Comissão de Direitos Humanos e Minorias


Seminário sobre Reforma Política
Por meio do requerimento do deputado Marcon (PT-RS), foi realizado Seminário para debater a Reforma Política pautada no Congresso. O principal foco da discussão, colocado pelo presidente da Comissão, deputado Paulo Pimenta (PT-RS), foi o preocupação com a possível aprovação do distritão, o qual ocasionará em retrocesso para a democracia ao minimizar a representação dos interesses das minorias no parlamento. Além disso, criticaram a questão do financiamento de campanha por empresas, por estas não demonstrarem interesses coletivos e públicos.

Representantes de movimentos sociais participaram do debate, como Rosane Bertoti – Central Única dos Trabalhadores; Marcos Araújo – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra; e José Antônio Moroni, representante da Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma do Sistema Político. Todos ressaltaram a importância de reformas eficazes, como fim de financiamento por empresas, cotas para mulheres e demais minorias, e aperfeiçoamento do sistema proporcional de eleição para o parlamento.

Comissão de Seguridade Social e Família


Comissão debaterá situação dos aposentados e pensionistas
Aprovado o Requerimento 87, de 2015, de autoria da deputada Shéridan (PSDB-RR), que solicita a realização de Audiência Pública para discutir a situação dos aposentados e dos pensionistas no Brasil e debater a “defasagem de 84,61% no valor dos benefícios pagos desde 1993, informada pela Confederação Brasileira de Aposentados, Pensionistas e Idosos”. Ainda não está decidido quem participará dessa audiência.

Comissão de Educação


Aprovado seminários sobre utilização de recursos do FGTS
Aprovado o Requerimento 53, de 2015, de autoria dos deputados Wadson Ribeiro (PCdoB-MG) e Orlando Silva (PCdoB-SP), a respeito do PL 3961 de 2004, que solicita a realização de Seminários nas cidades de Belo Horizonte e São Paulo, para debater a utilização de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o pagamento de parcelas de anuidades escolares. Ainda não está decidido quem participará desses seminários.

Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público


Desigualdade de gênero no trabalho terá subcomissão
Aprovado Requerimento 44, de 2015, de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), solicitando a criação de Subcomissão Especial destinada a discutir a desigualdade de gênero no mercado de trabalho. A Subcomissão ainda precisa ser instalada, porém não há data para tal.

Subcomissão sobre emprego
Aprovado Requerimento 32, de 2015, de autoria da deputada Erika Kokay (PT-DF), para a criação de Subcomissão Especial para acompanhar e discutir as políticas de emprego no país. A subcomissão ainda precisa ser instalada, porém ainda não há data para isso.

Projeto que unifica férias de casais que trabalham em empresas diferentes é rejeitada
Aprovado o parecer do deputado Silvio Costa (PTB-PE) pela rejeição do Projeto de Lei 3289, de 2012, de autoria do ex-deputado Marçal Filho (PMDB-MS), que dispõe sobre a unificação do período de férias de casais que trabalham em empresas diferentes foi rejeitada nesta. O parecer também foi pela rejeição do PL 4113/2012, apensado. A matéria será arquivada, por ter sido a CTASP a única comissão destinada a analisar o mérito, salvo apresentação de recurso para apreciação em Plenário.

Projeto sobre dedução de Imposto de Renda
Aprovado parecer do deputado Laercio Oliveira (SD-SE) rejeitando o Projeto de Lei 5637, de 2013, de autoria do deputado Izalci (PSDB-DF), que altera a Lei 6.321/1976, que “dispõe sobre a dedução, do lucro tributável para fins de imposto sobre a renda das pessoas jurídicas, do dobro das despesas realizadas em programas de alimentação do trabalhador”, a fim de possibilitar a extensão do benefício aos empregados em gozo de férias. A matéria segue para análise de mérito e de adequação financeira e orçamentária pela Comissão de Finanças e Tributação (CFT).

Qualificação para desempregado de longa duração
Aprovado parecer da deputada Flávia Morais (PDT-GO) pela rejeição do Projeto de Lei 7633, de 2006, do deputado Chico Alencar (PSOL-RJ), visando a estender a concessão da bolsa de qualificação profissional aos desempregados de longa duração. O voto da relatora também é pela rejeição da Emenda apresentada na CTASP e do PL 2.951/2008, apensado. Como a CTASP era a única comissão que analisaria o mérito e votou pela rejeição, a matéria será arquivada, salvo apresentação de recurso para apreciação em Plenário.

Senado Federal

Plenário


Novas regras para concessão de Seguro Desemprego e Abono Salarial e não incidência do fator previdenciário

Aprovado Projeto de Lei de Conversão 3/2015 (substitutivo) a Medida Provisória 665/2014, que reduz o acesso ao seguro desemprego e ao abono-salarial.

Do texto aprovado destacamos os temas de interesse para os trabalhadores no comércio e serviços.

Abono Salarial

Receberá o benefício de um salário mínimo o trabalhador que tenha recebido de empregadores que contribuem para o Programa de Integração Social (PIS) ou para o Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (Pasep) até dois salários mínimos médios de remuneração mensal no período trabalhado, e exercido atividade remunerada por pelo menos 90 dias no ano-base.

Esse benefício será calculado na proporção de 1/12 do valor do salário mínimo vigente na data do respectivo pagamento, multiplicado pelo número de meses trabalhados no ano correspondente.

Vigência: As novas regras quanto o recebimento do abono salarial passarão a valer a partir do exercício de 2016. Assim com a vigência da MP. 665/2014 1º de junho de 2015, do dia 2 de junho até 31 de dezembro deste ano, retornam às condições anteriores a edição da MP para recebimento do abono salarial.

Antes da edição da Medida Provisória 665/2014:

Para recebimento do abono salarial bastava o empregado trabalhar por apenas 30 dias e receber até 2 salários mínimos, independentemente do tempo trabalhado.

regras abono salarial

Seguro Desemprego

O benefício do seguro desemprego será concedido ao trabalhador desempregado por um período máximo variável de três a cinco meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo:
•    na primeira solicitação, receberá o benefício o trabalhador desempregado que tenha recebido pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente à data da dispensa;
•    na segunda solicitação, ter trabalhado pelo menos 9 meses nos últimos 12 meses imediatamente à data da dispensa;
•    nas demais solicitações, a cada 6 meses imediatamente à data da dispensa.

O trabalhador desempregado deverá comprovar matrícula e frequência em curso de formação ou de qualificação profissional, ofertado por meio da Bolsa-Formação Trabalhador concedida no âmbito do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego – Pronatec ou de vagas gratuitas na rede de educação profissional e tecnológica. Essa gratuidade foi acrescentada ao texto do PLV por articulação dos diretores da CNTC  Zé Francisco e Ronaldo Nascimento.

O benefício será concedido ao trabalhador desempregado por um período máximo variável de três a cinco meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo, contados da data de dispensa que deu origem à última habilitação, cuja duração será definida pelo Codefat.

A determinação do período máximo de recebimento do seguro desemprego observará a seguinte relação entre o número de parcelas mensais do benefício do seguro desemprego e o tempo de serviço do trabalhador nos trinta e seis meses que antecederem a data de dispensa que originou o requerimento do seguro desemprego, vedado o cômputo de vínculos empregatícios utilizados em períodos aquisitivos anteriores:

Primeira solicitação:
•    4 parcelas, no período aquisitivo mínimo 12 e no máximo 23 meses;
•    5 parcelas, no período aquisitivo mínimo 24 meses.

Segunda solicitação:
•    3 parcelas, no período aquisitivo mínimo 9 e no máximo 11 meses;
•    4 parcelas, no período aquisitivo mínimo 12 e no máximo 23 meses;
•    5 parcelas, no período aquisitivo mínimo 24 meses.

Demais solicitações:
•    3 parcelas, no período aquisitivo mínimo 6 e no máximo 11 meses;
•    4 parcelas, no período aquisitivo mínimo 12 e no máximo 23 meses;
•    5 parcelas, no período aquisitivo mínimo 24 meses.

solicitacao seguro desemprego

Será punido o trabalhador que receber indevidamente parcelas de seguro Desemprego sujeitar-se-á à compensação automática do débito com o novo benefício na forma e percentual definidos por Resolução do Codefat.

Antes da edição da Medida Provisória 665/2014:

Para recebimento do benefício do seguro desemprego o trabalhador podia solicitar após trabalhar por seis meses.

Próximo passo:

Matéria segue à sanção presidencial. A presidência da República tem 15 dias úteis da data do recebimento.

Aprovada novas regras para recebimento dos benefícios de pensão por morte e auxílio doença e não incidência do fator previdenciário

Aprovado (dia 27/5) por 50 votos sim, 18 votos não e 3 abstenções, pelo Plenário do Senado Federal, o Projeto de Lei de Conversão 4, de 2015 (substitutivo) a Medida Provisória 664/2014, que reduz o acesso a Pensão por morte e Auxílio doença.

Pelo texto aprovado destacam-se:

Fator Previdenciário – não aplicação se cumprir a fórmula 95/85

Um grande avanço aprovado na Câmara dos Deputados e mantido no Senado Federal foi a adoção da fórmula de aposentadoria 85/95 (soma da idade e do tempo de contribuição, respectivamente para mulheres de 85 e homens 95), para afastar a incidência do fator previdenciário no cálculo do benefício da aposentadoria, recebendo o trabalhador ao se aposentar proventos integrais.

Pela fórmula o total resultante da soma da idade do segurado, considerada na data do requerimento da aposentadoria, com o respectivo tempo de contribuição, desde que este não seja inferior a trinta e cinco anos, se homem, e a trinta anos, se mulher, for igual ou superior a noventa e cinco anos, se homem, e a oitenta e cinco anos, se mulher, somando-se as frações de tempo e idade. Assim, o trabalhador com 35 anos de contribuição previdenciária e com 60 anos de idade, e a trabalhadora com 30 anos de contribuição previdenciária e com 55 anos ao se aposentarem receberão o benefício integral sem a incidência do fator previdenciário.

Se essa fórmula não for vetada pela presidente da República será uma pequena conquista para os trabalhadores ao se aposentarem e uma abertura para que se continue a trabalhar pela extinção total do fator previdenciário.

Entenda o que é a incidência do fator previdenciário

Após o trabalhador cumprir os requisitos para se aposentar que não tenha completado se homem 65 anos de idade e mulher 60 anos de idade, terá a incidência do fator previdenciário com a redução do valor do benefício da aposentadoria levando-se em conta o tempo de contribuição, a idade do segurado e a expectativa de vida.

Pensão por morte

a) Redução da exigência de contribuição de 24 meses para 18 meses o requisito para a concessão de pensão por morte;

b) O período aquisitivo não é exigido em caso de:
•    filho ou irmão menor de 21 anos;
•    cônjuge ou companheiro for inválido;
•    falecimento decorrer de acidente de qualquer natureza (morte súbita) ou doença profissional.

c) Se não forem cumpridos esses requisitos (itens a e b) o cônjuge ou companheiro receberá a pensão por 4 meses.

d) retoma o texto original da lei que determina que o valor mensal da pensão por morte será de 100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento.

Duração da Pensão por morte

Alteração da tabela de duração do benefício da pensão por morte:

pensao por morte

Cancelamento da Pensão por Morte

A perda do direito à pensão por morte ao condenado pela prática de crime de que tenha dolosamente resultado a morte do segurado somente ocorrerá após o trânsito em julgado.

Perderá o direito à pensão por morte o cônjuge, o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou sua formalização com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apuradas em processo judicial no qual serão assegurados o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Antes da edição da Medida Provisória:
Não havia contribuição mínima, o piso do benefício era de um salário mínimo. O benefício era 100% da remuneração do trabalhador falecido. Não havia prazo mínimo de casamento.

Auxílio doença

O valor do benefício será calculado pela média das últimas 12 contribuições.
O empregador pagará o benefício por 30 dias, após o INSS passe a arcar com o auxílio doença.

Cancelamento do Auxílio-doença

O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade. Porém, caso o segurado vier a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas.

Antes da edição da Medida Provisória:
O valor do benefício era de 91% do salário do segurado, limitado, ao teto do INSS.
O empregador arcava com os primeiros 15 dias de afastamento do empregado.

Terceirização da Perícia Médica

Nos casos de impossibilidade de realização de perícias médicas pelo órgão ou setor próprio competente, assim como de efetiva incapacidade física ou técnica de implementação das atividades e atendimento adequado à clientela da previdência social, o INSS poderá, sem ônus para os segurados, celebrar convênios, termos de execução descentralizada, termos de fomento ou de colaboração, contratos não onerosos ou acordos de cooperação técnica para realização de perícia médica, por delegação ou simples cooperação técnica, sob sua coordenação e supervisão.

Próximo passo:

Matéria segue à sanção presidencial. A presidência da República tem 15 dias úteis da data do recebimento.

Comissão de Assuntos Sociais


Suspensão do contrato de trabalhador é aprovada
Aprovados, em Turno Suplementar, parecer do senador Marcelo Crivella (PRB-RJ), com o Substitutivo (Emenda nº 1-CAS) com a Emenda nº 2-CAS de Turno Suplementar, ao Projeto de Lei do Senado 62, de 2013, de autoria do senador Valdir Raupp (PMDB-RO). Fica prejudicada a Emenda nº 1 do Turno Suplementar. Pela nova redação ao projeto, o contrato do trabalhador poderá ser suspenso, por período de dois a cinco meses, para participar de curso ou qualificação profissional; e quanto o empregador, em razão de crise econômico-financeira da empresa, comprovadamente não puder manter o nível da produção ou o fornecimento do serviço. Nestes dois casos o empregado fará jus aos benefícios concedidos pelo empregador.

Inclusão de benefício na previdência social
Aprovado o parecer da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) favorável ao Projeto de Lei do Senado 286, de 2014, de autoria da senadora Ana Amélia (PP-RS), para instituir o auxílio-doença parental dentre os Benefícios da Previdência Social. Garante um auxílio-doença por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas expensas e conste da sua declaração de rendimentos, mediante comprovação por perícia médica, até o limite máximo de doze meses, nos termos e nos limites temporais estabelecidos em regulamento.

TRAMITAÇÕES

Câmara dos Deputados

1. Pareceres apresentados:

Adicionais de insalubridade e periculosidade extensivo aos terceirizados
Projeto de Lei 6007, de 2013, de autoria do Sindicato dos Trabalhadores de Serviços Gerais Onshore e Offshore de Macaé, Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Conceição de Macabu, Quissamã e Carapebus/RJ, originária da Sugestão 57/2013 da Comissão de Legislação Participativa, pretendendo alterar a CLT para assegurar o pagamento dos adicionais de insalubridade e de periculosidade aos trabalhadores terceirizados.
Parecer: pela rejeição por entender que os adicionais já são assegurados a todos os trabalhadores na CLT e são pagos mediante perícia e análise regulamentada pelo próprio Ministério do Trabalho e Emprego, tornando a proposição inócua.
Relator: deputado Laercio Oliveira (SD-SE)
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Justa causa para demissão em caso de embriaguez habitual
Projeto de Lei 206/2003, do deputado Roberto Magalhães (PSDB-PE), para acrescentar um parágrafo ao art. 482 da CLT versando sobre a justa causa na rescisão de contrato de trabalho em caso do empregado envolvido em atos atentatórios à segurança nacional e de embriaguez habitual, desde que haja licença prévia para tratamento do alcoolismo. Determina que, se o empregado apresentar sintomas de dependência crônica do álcool, o empregador deverá suspender a vigência do contrato de trabalho e determinar que o empregado se submeta a perícia do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para concessão de auxílio-doença e posterior tratamento, sendo cabível justa causa em caso de negativa do benefício ou recusa ou resistência do empregado ao tratamento médico cabível.
Parecer: pela aprovação.
Relator: deputado Odorico Monteiro (PT-CE)
Comissão: de Seguridade Social e Família (CSSF).

Atualização monetária do FGTS
Projeto de Lei 1383/2007, do deputado Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), sobre o pagamento dos créditos referentes aos complementos de atualização monetária em contas vinculadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço – FGTS.
Parecer: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária; e, no mérito, pela aprovação.
Relator: deputado Silvio Torres (PSDB-SP)
Comissão: de Finanças e Tributação (CFT).

Reconhecimento de novas profissões
Projeto de Lei 816/2011, do deputado Rubens Bueno (PPS-PR), para fixar regras para criação de novas profissões. Pelo projeto e parecer aprovado pela Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP), a regulamentação do exercício de profissões somente poderá ocorrer se atendidos os seguintes requisitos, cumulativamente: I) a atividade deverá ser embasada por conhecimentos teóricos e técnicos reconhecidos; II) previsão da garantia de fiscalização do exercício profissional, conforme a Lei; III) estabelecimento dos deveres e responsabilidades pelo exercício profissional; IV) ser considerada como de interesse social; e V) não propor reserva de mercado para um segmento em detrimento de outras profissões com formação idêntica ou equivalente.
A regulamentação de profissão estará condicionada à justificação de que o seu exercício oferece riscos de dano social no tocante à saúde, ao bem-estar, à liberdade, à educação, ao patrimônio e à segurança da coletividade ou dos cidadãos individualmente.
Parecer: pela aprovação.
Relator: deputado Mendonça Filho (DEM-PE)
Comissão: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

2. Relatores designados:

Parcelamento IRPF para aposentados e pensionistas
Projeto de Lei 6095/2009, do deputado Deley (PSC-RJ), para instituir o parcelamento diferenciado para aposentados e pensionistas do saldo do imposto de renda a pagar apurado na Declaração de Ajuste Anual.
Relator: deputado Edmar Arruda (PSC-PR)
Comissão: de Finanças e Tributação (CFT).

Auxílio-doença e aposentadoria aos portadores de lúpus e epilepsia
Projeto de Lei 7797/2010, do senador Paulo Paim (PT-RS), para alterar o art. 151 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 (Lei da Previdência Social) a fim de incluir o lúpus e a epilepsia entre as doenças cujos portadores são dispensados de cumprir prazo de carência para usufruir dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.
Relatora: deputada Soraya Santos (PMDB-RJ)
Comissão: de Finanças e Tributação (CFT).

3. Voto em separado:

Execução trabalhista e desconsideração da pessoa jurídica
Projeto de Lei 5140/2009, de autoria do deputado Marcelo Barbieri (PMDB-SP), propondo modificar a CLT para dispor sobre a execução trabalhista e a aplicação do princípio da desconsideração da personalidade jurídica. Propõe que a execução seja promovida pelo modo menos gravoso para o devedor; o bloqueio de conta corrente ou aplicação financeira e a penhora sobre o dinheiro somente podem ser decretados em execução definitiva, ficando limitados ao valor da condenação; o juiz deve determinar, dentro de 48 horas, o desbloqueio e a desconstituição da penhora indevida, sob pena de responsabilidade; são impenhoráveis o bem de família e a conta corrente destinada ao pagamento de salários dos empregados da empresa executada; a penhora sobre a renda ou o faturamento somente pode ser decretada em caráter excepcional e em execução definitiva, quando inexistem outros bens que possam garantir a execução, sendo limitada a percentual que não prejudique a gestão da empresa; dispõe acerca da desconsideração da pessoa jurídica, determinando que somente pode ser levada a efeito em caso de falência fraudulenta, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica, provocados por má administração, desde que fique demonstrada a responsabilidade do sócio ou ex-sócio executado.

Voto em separado: pela aprovação do Projeto na forma de substitutivo para garantir o pagamento de salário dos empregados da empresa executada, caso não seja mantida a ressalva sobre tais verbas, poderão ser penhorados os valores destinados ao pagamento dos salários em prejuízo dos empregados da própria empresa executada, o que culminaria em situação absurda, por estar em confronto com o direito dos próprios empregados. E resguarda o patrimônio pessoal dos sócios, em período que guarda identidade com o prazo previsto no art. 1032 do Código Civil de 2002, para colocar a salvo da execução, os bens particulares dos sócios que tiverem sido incorporados ao seu patrimônio, anteriormente ao seu ingresso na sociedade executada, há pelo menos 2 anos.
Autor: deputado Marcos Rogério (PDT-RO)
Comissão: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Senado Federal

1. Pareceres apresentados:

Combate a rotatividade de mão de obra
Projeto de Lei do Senado 173/2015, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), pretendendo regulamentar o § 4º do art. 239 da Constituição, para dispor sobre a contribuição adicional para custeio do seguro desemprego em função de rotatividade da mão de obra. Cria uma contribuição adicional, destinada ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), para os empregadores que possuírem taxa de rotatividade da mão de obra acima da média de seu setor. Tal contribuição incidirá sobre a folha de pagamento, variando de 2 a 5%, conforme a diferença entre o índice de rotatividade da empresa e a média do setor.
Parecer: contrário por entender que a proposição poderá ter efeitos indesejáveis nos níveis de emprego e formalização.
Relator: senador Douglas Cintra (PTB-PE)
Comissão: de Assuntos Econômicos (CAE).

Brasília-DF, 29 de maio de 2015



Cláudia Fernanda Silva Almeida
Sheila Tussi Cunha Barbosa
Tamiris Clóvis de Almeida

Informe Legislativo – 19 a 21 de maio de 2015

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 19 a 21 de maio de 2015

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira

Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa

Analistas de Relações Institucionais: Cláudia Fernanda Silva Almeida

Renan Bonilha Klein

Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo

Estagiárias: Letícia Tegoni Goedert

Tamiris Clóvis de Almeida

Temas abordados nesta edição:

  • Projeto sobre violência contra a mulher segue para a CSSF
  • Comissão debaterá ofensas a mulheres pela internet
  • Aprovado debate sobre atraso de repasse de benefícios sociais
  • Ministro do Trabalho debateu os índices de desemprego
  • Realizada sessão temática sobre a terceirização
  • MP do seguro-desemprego fica para a próxima semana
  • STF terá novo Ministro
  • Projeto sobre dedução para gastos com formação profissional vai para a CAS
  • Comissão avaliará Benefícios Previdenciários
  • Comissão promoverá debates sobre a terceirização
  • CDH debate o fim do fator previdenciário
  • Pareceres apresentados – Câmara dos Deputados
  • Seguro garantia para os débitos trabalhistas
  • Reclamações trabalhistas
  • Prevenção de acidentes
  • Relatores designados – Câmara dos Deputados
  • Aumento salarial ao trabalhador que concluir o ensino fundamental ou médio
  • Voto em separado – Câmara dos Deputados
  • Perícia judicial
  • Pareceres apresentados – Senado Federal
  • Representação feminina no Legislativo
  • Relatores designados – Senado Federal
  • Intercâmbio de trabalho

Câmara dos Deputados

Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado


Projeto sobre violência contra a mulher segue para a CSSF
Aprovado o parecer da deputada Moema Gramacho (PT-BA) favorável ao Projeto de Lei 347, de 2015, de autoria da deputada Rosangela Gomes (PRB-RJ), alterando a Lei Maria da Penha para tornar obrigatória a informação sobre a condição da vítima de violência doméstica ou familiar ser pessoa portadora de deficiência e se da violência sofrida resultou deficiência ou agravamento de deficiência pré-existente. A matéria agora aguarda designação de relator na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF).

 

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania


Comissão debaterá ofensas a mulheres pela internet
Aprovado o Requerimento 10, de 2015, de autoria da deputada Tia Eron (PRB-BA), que solicita audiência pública para debater o Projeto de Lei 5555/13, para criar mecanismos para o combate a condutas ofensivas contra a mulher na Internet ou em outros meios de propagação da informação. Para tanto, convida: a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci, a Juíza da Vara de Violência Contra a Mulher do Estado da Bahia, Márcia Nunes Lisboa, a Promotora da Vara de Violência Contra a Mulher do Estado da Bahia, Sara Gama e a Delegada de Polícia Civil do Estado da Bahia, Isabel Alice Jesus de Pinho.

 

Comissão de Fiscalização Financeira e Controle


Aprovado debate sobre atraso de repasse de benefícios sociais
Aprovados os Requerimentos 80 e 81, ambos de 2015 e de autoria do deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), que convidam respectivamente o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e o advogado-Geral da União, Luís Inácio Adams, para prestar esclarecimentos a respeito de atrasos nos repasses do Tesouro Nacional a bancos públicos responsáveis por pagamentos de benefícios sociais como o abono salarial e o seguro-desemprego. O debate com o presidente do Banco Central será conjunto com a CMO e a CFT. Ainda não há data para os debates.

 

Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público


Ministro do Trabalho debateu os índices de desemprego
Realizada audiência pública com a presença do ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, para expor as ações em desenvolvimento e metas a serem cumpridas no exercício de 2015, além das perspectivas de geração de emprego e renda no Brasil. O ministro afirmou que o governo está trabalhando para retomar a geração de empregos, o que deverá acontecer em junho na construção civil devido a um investimento de R$ 80 bilhões no setor. Manoel Dias também relativizou os dados divulgados pelo IBGE que mostraram uma elevação nos três primeiros meses de 2015, chegando a 7,9%. Para ele, o setor de varejo crescerá entre 5% e 6% neste ano em relação ao ano passado. A deputada Gorete Pereira (PR-CE) afirmou que há muitos setores com índices altos de desemprego, incluindo o varejo, no qual se vê lojas demitindo 8 mil pessoas. O presidente da CTASP, deputado Benjamim Maranhão (SD-PB), se disse preocupado com o aumento do desemprego afirmando que não é apenas sazonal, mas também devido a restrições de crédito e pouco investimento do governo.

Senado Federal

Plenário


Realizada sessão temática sobre a terceirização
O Senado Federal realizou sessão temática sobre a terceirização, que contou com a presença de representantes dos sistemas confederativos trabalhista e empresarial. O presidente da casa, Renan Calheiros justificou a iniciativa afirmando que pretende colher subsídios para melhorar o texto aprovado pela Câmara.

Também esteve presente o ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, que ressaltou que o projeto pode levar à precarização das relações de trabalho na medida em que não houver a construção de garantias que possam impedir a generalização da terceirização. Para o ministro, não há consenso em três pontos da matéria: corresponsabilidade, representação sindical e possibilidade de terceirização da atividade-fim. Ele acredita que o Senado possa melhorar essas questões. O ministro ressaltou a melhoria da capacidade de negociação entre empresários e trabalhadores a partir da criação de mesas e representações.

MP do seguro-desemprego fica para a próxima semana
Foi encerrada a discussão no Plenário do Senado do Projeto de Lei de Conversão 3/2015, originário da Medida Provisória 665/14, sobre novas regras para recebimento do benefício do seguro-desemprego e abono-salarial. Foi anunciado pelo presidente da casa, senador Renan Calheiros, que a votação será na próxima terça-feira (26/5).

Também ficará para a próxima semana a votação do Projeto de Lei de Conversão 4/2015, oriundo da MP 664/14, sobre pensão por morte e abono-salarial.

STF terá novo Ministro
Foi aprovado, por 52 votos sim e 27, não o nome de Luiz Edson Fachin para a vaga deixada pelo ministro Joaquim Barbosa no Supremo Tribunal Federal.

 

Comissão de Educação


Projeto sobre dedução para gastos com formação profissional vai para a CAS
Aprovado o relatório apresentado pelo senador Gladson Cameli (PP-AC) favorável, na forma do substitutivo oferecido, ao Projeto de Lei da Câmara 68, de 2011, de autoria do então deputado Enio Bacci (PDT-RS), para possibilitar dedução, como despensa operacional, na apuração do lucro real, dos gastos com a formação profissional de seu empregados em curso de nível médio e superior. O relator também votou pela prejudicialidade do PLS nº 37/2012, que tramita em conjunto. A matéria será encaminhada para a Comissão de Assuntos Sociais.

 

Comissão de Assuntos Sociais


Comissão avaliará Benefícios Previdenciários
A CAS aprovou, por meio do Requerimento 22/2015, que a Política Nacional do Poder Executivo a ser avaliada em 2015 seja a dos Benefícios Previdenciários. Com isso, será produzido um relatório com a análise da eficácia da política.

 

Comissão de Direitos Humanos


Comissão promoverá debates sobre a terceirização
Aprovado o Requerimento 76, de 2015, do senador Paulo Paim (PT-RS), solicitando a realização de Diligências em todos os estados do Brasil para que seja debatida a questão da Terceirização, bem como o PLC 30/2015, que dispõe sobre os contratos de terceirização e as relações de trabalho deles decorrentes. Ainda não está decidido quem participará dessas diligências.

CDH debate o fim do fator previdenciário
Realizada audiência pública que debateu o fim do fator previdenciário. Entre os representantes do movimento sindical destacamos:

Lourenço Ferreira do Prado, coordenador do Fórum Sindical dos Trabalhadores (FST), afirmou quando a incidência do fator previdenciário no cálculo da aposentadoria essa formula é injusta e perversa, e a solução aprovada pela Câmara dos Deputados através da Medida Provisória 665 pelo sistema conhecido como 95/85 não é a forma mais justa, mas é melhor do que ficarmos sob o tacão do o fator previdenciário.

Moacyr Tesch, secretário-geral da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST) em sua fala apontou o desencontro de números apresentados pelo governo sobre um rombo nas contas da previdência social. Afirmou que Previdência Social tem sido uma espécie de casa da mãe Joana. Ela é superavitária, sim. O problema são os penduricalhos. Toda vez que o governo precisa de dinheiro, retira da Previdência.

Carlos Fernando da Silva Filho, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), assegurou que o debate é equivocado ao discutir soluções ao fator previdenciário no meio do ajuste fiscal, e não pode o governo prejudicar o trabalhador por ele ter expectativa de vida maior. Segundo o representante do Sinait o governo se esforça para levar a pessoa ao mercado do trabalho mais cedo, contudo penaliza no final da vida por ter ele começado a trabalhar mais jovem, traduzindo numa ação esquizofrênica do governo, sem uma definição de política pública concreta. Defendem os auditores fiscais o combate a informalidade, a sonegação de FGTS, as mortes e acidentes de trabalho que tanto prejuízo causam. Por que não um ajuste social em vez de fiscal.

Floriano Martins de Sá, vice-presidente de Assuntos Parlamentares da Associação dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Anfip), expôs sobre estudo feito pela Anfip comprovando superávit no sistema previdenciário brasileiro. Segundo a pesquisa o orçamento da seguridade social, que inclui previdência, assistência social e saúde, tem sido superavitário ao longo dos anos. Não temos um numero fechado ainda de 2014, mas é algo em torno de R$ 50 bilhões positivos.

TRAMITAÇÕES

Câmara dos Deputados

1. Pareceres apresentados:

Movimentação do FGTS
Projeto de Lei 6609, de 2009, de autoria do ex-senador Demonstenes Torres – (S. Part. -GO), permite que o trabalhador com idade igual ou superior a 65 anos possa movimentar sua conta vinculada do FGTS.
Parecer: pela não implicação da matéria com aumento ou diminuição da receita ou da despesa públicas, não cabendo pronunciamento quanto à adequação financeira e orçamentária do PL 6.609/09 e dos PL’s 6.770/06, 948/07, 1.357/07, 1.844/07, 6.860/10, 7.446/10 e 5.592/13, apensados; e, no mérito, pela aprovação do PL 6.609/09 e pela rejeição dos PL’s 6.770/06, 948/07, 1.357/07, 1.844/07, 6.860/10, 7.446/10 e 5.592/13, apensados.
Relator: deputado Hildo Rocha (PMDB-MA).
Comissão: de Finanças e Tributação (CFT).

Execuções trabalhistas
Projeto de Lei 5140, de 2005, do ex-deputado Marcelo Barbieri (PMDB-SP), que modifica a Consolidação das Leis do Trabalho para dispor sobre a penhora on-line na execução trabalhista e a aplicação do princípio da desconsideração da personalidade jurídica.
Parecer: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa do projeto principal, do PL 5328/2005 e do PL 870/2007, apensados, e do Substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; no mérito, pela aprovação de todos, na forma da Subemenda Substitutiva apresentada.
Relator: deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Comissão: Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Abandono de emprego
Projeto de Lei 4001, de 2012, de autoria do senador Valdir Raupp (PMDB/RO), que disciplina o abandono de emprego determinando que este ocorrerá quando houver falta injustificada por 30 dias ininterruptos.
Parecer: pela aprovação com substitutivo que retira a exigência de avisar o empregado por meio de publicação em jornal de circulação local.
Relator: André Figueiredo (PDT-CE)
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP)

Seguros de vida não serão integrantes da remuneração
Projeto de Lei 10, de 2015, do deputado Lucas Vergilio (SD-GO), determinando que as contribuições efetivamente pagas pela pessoa jurídica relativas aos programas de seguros de vida com cobertura por sobrevivência, inclusive os com tratamento fiscal específico, no caso dos recursos serem destinados ao pagamento de despesa relacionada à contraprestação de plano privado de assistência à saúde ou de seguro saúde, devidamente registrado na ANS, em favor dos seus empregados e dirigentes, também não serão consideradas integrantes da remuneração dos beneficiários para efeitos trabalhistas, previdenciários e de contribuição sindical, nem integrarão a base de cálculo para as contribuições do FGTS.
Parecer: pela aprovação.
Relator: deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS).
Comissão: de Seguridade Social e Família (CSSF).

Seguro garantia para os débitos trabalhistas
Projeto de Lei 7, de 2015, do deputado Ricardo Barros (PP-PR), que cria o Seguro Obrigatório para Direitos Trabalhistas, para garantia do pagamento de direitos trabalhistas decorrentes de sentenças judiciais transitadas em julgado.
Parecer: pela rejeição, por acreditar que a obrigatoriedade de contratar seguro para garantir o pagamento de direitos trabalhistas não contribui para a melhoria das relações de trabalho ou para a observância das normas vigentes e encarece a contratação de empregado.
Relator: deputado Genecias Noronha (SD-CE).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Reclamações trabalhistas
Projeto de Lei 7549, de 2014, de autoria da deputada Gorete Pereira (PR-CE), determinado que a homologação da rescisão contratual seja causa impeditiva para o ajuizamento de reclamação trabalhista que tenha por objeto a discussão das verbas discriminadas no termo de rescisão.
Parecer: pela aprovação, com substitutivo.
Relator: deputado Jorge Côrte Real (PTB-PE).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Prevenção de acidentes
Projeto de Lei 4317, de 2001, de autoria da ex-senadora Marina Silva (PSB-AC), para dispor sobre a nova composição das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes – CIPA, para incluir representantes das empresas e de seus empregados que prestem serviços para a empresa que as contratou.
Parecer: pela rejeição do projeto principal e dos PLs Nºs 2939/08, 5186/01, 4462/12, 7206/14, 7772/14 e 469/11, apensados.
Relator: deputado Jorge Côrte Real (PTB-PE).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Autorização de compensação de indenização decorrente de acidente de trabalho
Projeto de Lei 7782, de 2014, de autoria do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), para fixar na hipótese de condenação ao pagamento de indenização em decorrência responsabilidade objetiva ou de dolo ou culpa por acidente de trabalho, o empregador poderá deduzir do montante a que tenha sido condenado o valor que o empregado houver recebido a título de seguro de vida ou de acidentes pessoais, desde que o pagamento das parcelas do seguro tenham sido pagas exclusivamente pelo empregador.
Parecer: pela aprovação do projeto principal e da Emenda 1/2014 da CTASP, com substitutivo.
Relator: deputado Jorge Côrte Real (PTB-PE).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Educação profissional
Projeto de Lei 1772, de 2011, de autoria do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE), que altera leis sobre o Serviço Nacional de Aprendizagem dos Industriários (SENAI), Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial, Serviço Social da Indústria, e o Serviço Social do Comércio a fim de definir percentual da Receita Líquida de Contribuição Compulsória a ser destinada para oferta de vagas gratuitas de educação profissional e tecnológica.
Parecer: pela rejeição por afrontar a autonomia administrativa e orçamentária conferida pelo ordenamento jurídico aos chamados Serviços Sociais Autônomos.
Relator: deputado Jorginho Mello (PR-SC).
Comissão: de Educação (CE).

2. Relatores designados:

Aumento salarial ao trabalhador que concluir o ensino fundamental ou médio
Projeto de Lei 1431/2015, do deputado Damião Feliciano(PDT-PB), que concede benefícios fiscais às empresas que promovam aumento salarial para o trabalhador que concluir o curso de ensino fundamental ou médio. Pelo projeto será concedido abatimento no Imposto de Renda, sobre o valor total a ser recolhido das empresas que concederem aumento salarial ao trabalhador que receba até 2 salários mínimos, e obtiver o certificado de conclusão do curso de nível fundamental ou médio, durante o período em que estiver empregado na referida empresa. Para fazer jus ao aumento salarial, o trabalhador deverá apresentar junto a empresa certificado ou diploma que atestem o cumprimento dos critérios mínimos de certificação no Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja), para o nível fundamental, e no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), para o nível médio.
Relator: deputado Augusto Coutinho (SD-PE).
Comissão: de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (CDEIC).

3. Voto em separado:

Perícia judicial
Projeto de Lei 2681/2011, de autoria do ex-senador Pedro Simon (PMDB-RS), para dispor sobre a perícia judicial em caso de arguição de insalubridade ou periculosidade.
Voto em separado: pela rejeição do Projeto de Lei 2681, de 2011 e do apensado, Projeto de Lei 4648, de 2009.
Autor: deputado Silvio Costa (PSC-PE).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

Senado Federal

1. Pareceres apresentados:

Representação feminina no Legislativo
Proposta de Emenda à Constituição 23/2015, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), para determinar a paridade de gêneros nos assentos da Câmara dos Deputados, Assembleias Legislativas, Câmara Legislativa do Distrito Federal e Câmaras Municipais.
Parecer: favorável.
Relatora: senadora Simone Tebet (PMDB-MS).
Comissão: de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

2. Relatores designados:

Intercâmbio de trabalho
Projeto de Lei do Senado 544, de 2011, de autoria da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que determina que contrato de intercâmbio de estudo ou trabalho deve assegurar informações corretas, claras, precisas e ostensivas sobre: remuneração; carga horária; natureza da atividade; cargo; atribuições; moradia; e demais dados cabíveis.
Relator: senador Davi Alcolumbre (DEM-AP).
Comissão: de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle (CMA).

Brasília-DF, 22 de maio de 2015



Cláudia Fernanda Silva Almeida
Sheila Tussi Cunha Barbosa