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De acordo com a útlima Pesquisa Mensal de Comércio elaborada pelo IBGE, o comércio varejista apresentou crescimento na receita nominal (sem deduzir à inflação) de 8,7% no acumulado de 2014 (de janeiro a novembro).

Para a série do volume de vendas o aumento foi de 2,4% no ano passado. Segundo o mesmo instituto o IPCA registrou inflação para 2014 de 6,41%. Logo, é possível inferir que a receita real foi de  2,29%, similar o resultado obtido em volume de vendas.

Conforme diz na reportagem da Folha de S. Paulo a Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados (ABAD) é responsável pelo abastecimento de milhões de pontos de venda, fornecendo basicamente produtos alimentícios e materiais de higiene. No grupo que corresponde às atividades ligadas à Hipermercados, Supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos tiveram elevação de 1,6% no ano. Contrário ao que aponta o presidente da ABAD, José do Egito Frota, “se o varejo não registra um bom desempenho, nós, que somos fornecedores, sentimos diretamente os reflexos”, porém o varejo não registrou resultado aquém assim como afirma o Sr. José do Egito. É bem verdade que em 2013 o desempenho do comércio foi superior ao de 2014, entretanto o que me parece é que a matéria não passa de uma tentativa de convencer o leitor de que o setor não realizou crescimento real.

Todavia é preciso fazer uma ressalva. Quando se inclui à série os grupos ligados à venda de veículos, motos, partes e peças e também material de construção, cai 1,6% e a receita nominal cresce 4%, logo não teve crescimento real nesse caso.

Outro fato importante a ser levantado é a situação atual da economia, onde os países estão se recuperando dos efeitos causados pela crise econômica. Entretanto, o que não é aceitável é a tentativa de diminuir os direitos conquistados pelos trabalhadores nos últimos anos em prol do lucro.

 

Lourival Figueiredo Melo                                                     Renan Bonilha Klein

 1° Diretor Secretário                                                        Analista Econômico

 

 

Brasília, 21 de janeiro de 2015.