Após reajuste do gás de botijão, Sindigás pede nova política também para GLP industrial

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19/01/2018

A diferença entre o preço do gás liquefeito de petróleo (GLP) de uso residencial – conhecido como gás de botijão – e o GLP de uso industrial ficará ainda maior após a Petrobrás anunciar nesta quinta-feira, 18, uma nova política de preços para o primeiro produto, alertou o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás), Sérgio Bandeira de Mello.

O sindicalista reivindica que a Petrobrás crie também uma política de preços para o GLP industrial, que, segundo ele, é vendido pela estatal com ágio de 28% em relação ao preço internacional para a indústria e comércio brasileiros.

“Depois desse anúncio o GLP industrial deve estar uns 40% mais caro que o GLP residencial, e é a mesma molécula, não faz sentido isso”, disse Mello ao Estadão/Broadcast. “Isso reduz a competitividade da indústria brasileira, queremos uma política transparente para o GLP Industrial”, completou.

Ele informou que apesar da alta de preços, o consumo do GLP residencial subiu 1,77% nos últimos 12 meses encerrados em novembro de 2017, enquanto o GLP industrial teve queda de 1,44% no mesmo período, o que demonstra que as indústrias e o comércio estão buscando outras fontes de geração de energia.

Ao contrário dos demais combustíveis vendidos pela Petrobrás, o GLP residencial é protegido por uma resolução do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), de 2005, que reconhece como de interesse para a política energética nacional a prática de preços diferenciados para o GLP destinado ao uso doméstico, devido ao seu elevado impacto social. O GLP residencial, ou gás de botijão de 13 kg, afeta a parcela da população brasileira de menor poder aquisitivo.

Fonte: Estadão