A Organização Mundial do Comércio (OMC) divulgou um relatório destacando o potencial da inteligência artificial (IA) para impulsionar o comércio global de bens e serviços em até 40% até 2040.
Segundo a entidade, os ganhos podem ocorrer por meio da redução de custos e do aumento da produtividade, com impacto positivo no PIB mundial, que pode crescer entre 12% e 13%. Apesar do otimismo, a OMC também alerta para os riscos de desigualdade se a transição para a IA não for acompanhada de políticas públicas adequadas. A falta de investimentos e de estratégias inclusivas pode aprofundar divisões econômicas, deixando países e trabalhadores menos preparados ainda mais vulneráveis.
BENEFÍCIOS
O relatório destaca ainda os benefícios práticos da IA para o comércio, como a redução de custos em logística, comunicação e conformidade regulatória. Ferramentas de tradução automática, por exemplo, podem facilitar a inserção de pequenos produtores e varejistas em mercados internacionais, desde que haja infraestrutura digital adequada, especialmente em países de baixa renda.Diante dessas transformações, a diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, defendeu que os formuladores de políticas adotem medidas proativas para garantir uma transição justa e equilibrada. O uso responsável da IA poderá não apenas aumentar o comércio global, mas também promover um crescimento mais inclusivo, se bem conduzido.
CURTA
APOIO - Empresas exportadoras brasileiras afetadas pelas tarifas de até 50% impostas pelos Estados Unidos sob o governo Donald Trump já podem acessar até R$ 40 bilhões em recursos do plano Brasil Soberano, anunciado pelo BNDES. O objetivo é apoiar financeiramente companhias que tiveram prejuízos com a medida norte-americana, por meio de crédito subsidiado para capital de giro, adaptação produtiva e busca por novos mercados. Desse total, R$ 30 bilhões virão do Fundo Garantidor de Exportações (FGE) e R$ 10 bilhões do próprio BNDES.
Luiz Carlos Motta
Presidente