A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,6% no trimestre encerrado em setembro de 2025, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) divulgada pelo IBGE. O índice iguala a menor taxa da série histórica, iniciada em 2012, e reflete o menor número de desocupados já registrado, com 6,045 milhões de pessoas.
Esse contingente representa uma redução de 3,3% em relação ao trimestre anterior e de 11,8% na comparação anual. A população ocupada se manteve acima de 102 milhões de pessoas, em patamar recorde, e o nível de ocupação foi de 58,7%. O número de empregados com carteira assinada também atingiu novo recorde, chegando a 39,2 milhões de trabalhadores. A renda média real do trabalhador foi estimada em R$ 3.507 no trimestre, o que representa um aumento de 4% em relação ao mesmo período de 2024. Esses dados indicam que o mercado de trabalho brasileiro segue aquecido, com aumento da formalização e melhora no poder de compra dos trabalhadores, mesmo diante de um cenário econômico ainda marcado por desafios.
COMÉRCIO E SERVIÇOS
O contingente de pessoas na força de trabalho, que inclui ocupados e desocupados, foi estimado em 108,5 milhões no trimestre de julho a setembro. Esse número permaneceu estável frente ao trimestre anterior e apresentou um leve crescimento de 0,5% em relação a 2024, com 566 mil pessoas a mais. Entre os setores analisados, houve aumento no número de ocupados na agricultura, pecuária, pesca e aquicultura, bem como na construção, ambos com crescimento de 3,4%. Por outro lado, o comércio e os serviços domésticos registraram queda no número de trabalhadores. Na comparação anual, o número de ocupados cresceu principalmente nos setores de transporte, armazenagem e correio, com alta de 6,7%, e em administração pública, educação e saúde, que avançaram 3,9%. O único recuo foi observado nos serviços domésticos, que tiveram redução de 5,1%. Os demais segmentos permaneceram estáveis, confirmando que a melhora do emprego é mais forte em atividades formais e com maior produtividade, enquanto os setores mais vulneráveis seguem enfrentando retração.
CURTA
CORTE - A Amazon anunciou que vai cortar cerca de 14 mil cargos. A decisão faz parte de um movimento da empresa para cortar custos e aumentar investimentos em inteligência artificial. A companhia, que contava com cerca de 1,56 milhão de funcionários no final do ano passado, incluindo 350 mil em cargos corporativos, busca ajustar seu quadro após um período de forte expansão durante a pandemia. A empresa planeja eliminar até 30 mil empregos corporativos.sta semana. A medida ocorre como resposta ao excesso de contratações realizadas nos últimos anos, quando a demanda por serviços online cresceu intensamente. A empresa vem passando por uma série de reestruturações em diferentes áreas desde então.
Luiz Carlos Motta
Presidente


