Comércio registra crescimento de 3,7% na geração de empregos formais nos últimos três anos

O Dia do Comerciante, comemorado em 16 de julho, celebrou a importância do setor para a economia brasileira. Criada em 1953, a data vem em um momento positivo para o comércio, que tem registrado crescimento consistente tanto nas vendas quanto na geração de empregos formais. Dados do Novo Caged apontam um aumento de 3,7% nos postos de trabalho com carteira assinada entre 2022 e 2024, com o setor já ocupando a segunda posição em contratações em 2025. As vendas do comércio também mostram desempenho sólido: em 2024, o setor cresceu 4,7%, o melhor resultado desde 2012. No varejo ampliado, que inclui veículos, materiais de construção e atacado de alimentos, o crescimento foi de 4,1%. Empresas de médio porte lideraram as contratações, com alta de 15% no número de vínculos formais. Até maio de 2025, o comércio havia criado mais de 23 mil vagas formais.

PERFIL

O perfil dos trabalhadores mostra maior participação masculina (55,2%) e equilíbrio racial, com 42% de brancos, 41% de pardos e 6,6% de pretos. No entanto, em maio de 2025, pessoas negras ocuparam 31,3% das novas vagas, sinalizando avanço na inclusão. A faixa etária entre 30 e 39 anos foi a que mais ocupou postos até o fim de 2024, mas em maio de 2025 o destaque foi para jovens de 18 a 24 anos, com um expressivo crescimento nas contratações. Entre os segmentos, o varejo de alimentos lidera com mais de 1,2 milhão de empregados formais, seguido por artigos e acessórios e produtos farmacêuticos. Os estados que mais contrataram foram São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Em maio de 2025, o comércio contratou mais de 56 mil trabalhadores, refletindo o vigor e a relevância contínua do setor na economia nacional.

CURTA

15% - O Copom decidiu manter a taxa Selic em 15% ao ano por um período prolongado, após elevar os juros em 0,25 ponto percentual. A medida busca conter uma inflação que continua pressionada por uma demanda interna elevada, com núcleos inflacionários persistindo acima da meta estabelecida pelo Banco Central. Segundo a ata da reunião, as expectativas de inflação seguem desancoradas, o que exige uma política monetária mais rígida e prolongada. No cenário internacional, o Copom aponta incertezas associadas à política econômica dos Estados Unidos e aos conflitos no Oriente Médio.

Luiz Carlos Motta
Presidente