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Os investidores irão concentrar as atenções durante essa semana na decisão de política monetária do Banco Central (BC), que deve manter o corte de juros, mas pode sinalizar como o atual ambiente pode afetar esse processo. A crise política também segue no radar, mas a divulgação de indicadores econômicos relevantes e o início da temporada de balanços das empresas com ações na Bolsa também vão merecer a atenção dos economistas e analistas.
Internamente, o principal evento da semana é a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que começa amanhã e na quarta-feira, após o encerramento dos negócios, divulga a taxa de juros. A expectativa é de um corte de um ponto percentual na taxa Selic, que atualmente está em 10,25% ao ano.
A magnitude do corte está baseada na interpretação de que, após o aumento de impostos na semana passada, a equipe econômica está comprometida com a meta fiscal (déficit de R$ 139 bilhões em 2017) e que por isso a autoridade monetária pode manter o processo de afrouxamento monetário. Por outro lado, a falta de um calendário para a votação da Reforma da Previdência, necessária para manter o orçamento público sob controle no médio e longo prazo, pode comprometer a manutenção do ritmo de redução dos juros – apesar da inflação em queda.
“Na medida que os participantes do mercado vão assimilando eventual fracasso no projeto de Reforma da Previdência enviado pelo governo ao Congresso, preservando-se não se sabe o que, as incertezas na área fiscal são fortalecidas por resultados pouco robustos do lado da arrecadação e muito robustos do lado das despesas”, avaliou José Francisco de Lima Gonçalves, analista-chefe do Banco Fator.
No exterior, o comitê de política monetária (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed, o bc americano) também se reúne, com expectativa de manutenção da taxa na faixa de 1% a 1,25% ao ano. Na sexta-feira, será divulgada a primeira prévia do Produto Interno Bruto (PIB) referente ao segundo trimestre.
Fonte: Extra Online
