Segundo analistas, o setor de comércio e serviços deve desacelerar a criação de vagas de empregos por conta da expectativa de menor crescimento da atividade este ano. Apesar do declínio, o presidente do Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP), Ricardo Patah, afirma que não acredita num ciclo de demissões em 2013.
Em setembro, segundo ele, mesmo com as piores previsões, o setor deve contratar porque começa a se preparar para dezembro, o mês mais lucrativo do ano. “Se dezembro for ruim, porém, podemos ver as coisas piorarem em janeiro”, destaca.
De acordo com o apurado pelo Valor Econômico, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho (MTE) de junho deve mostrar uma desaceleração no mercado, comandada pelo setor de comércio e de serviços. As vendas no varejo de janeiro a maio cresceram 3,3%, bem abaixo da alta de 9,9% computada no mesmo período em 2012.
A confiança do setor de serviços também está abaixo da registrada no ano passado. Em maio o Caged já tinha mostrado que o comércio criou apenas 36 vagas com carteira assinada. A pesquisa de junho está previstas para ser divulgada pelo MTE nesta semana e deve mostrar a criação líquida de 97,9 mil vagas no mês passado em todos os setores, ante 120,4 mil no mesmo período em 2012.
O sindicalista ressalta ainda que a rotatividade é grande no comércio e afirma que essa característica diminui a qualidade do serviço prestado aos consumidores. O SECSP recebe, por ano, 200 mil homologações de demissão, quase metade do total de trabalhadores do setor na capital, 500 mil, diz Patah.
Fonte: Valor Econômico