Ao longo de todo o dia 29 de agosto a equipe do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apresentou, a uma plateia formada por mais de 200 lideranças sindicais do sistema CNTC, o andamento dos principais programas da entidade.
O encontro faz parte do projeto de construção da Agenda Positiva da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviços (CNTC), que tem por objetivo tornar conhecidos dos dirigentes sindicais os programas dos órgãos e secretarias de governo que afetam, direta ou indiretamente, os trabalhadores do setor de comércio e serviços.
Ao recepcionar o ministro do MTE, Manoel Dias, o presidente da CNTC, Levi Fernandes Pinto, ressaltou a importância do diálogo e parceria entre as entidades para combater as práticas que ferem a dignidade ou os direitos dos trabalhadores.
“A realidade das relações entre capital e trabalho no Brasil é delicada, todos sabemos. Precisamos agir juntos: ministério, confederações, federações e sindicatos para resgatar a cidadania, a dignidade da pessoa humana e os valores sociais do trabalho previstos na Constituição Federal”, alertou Levi.
O ministro Manoel Dias elogiou a inciativa da Agenda Positiva da CNTC e destacou a as dificuldades que o MTE encontra no cumprimento de suas funções. “O Ministério do Trabalho tem um déficit de mais de três mil funcionários – só de auditores são mais de mil, e o ministério não existe sem técnicos, sem funcionários e muito menos sem auditores fiscais. São eles que, na ponta, fazem a aplicação da lei; exigem seu cumprimento”.
Ainda segundo o ministro, apesar de estarmos vivendo um período de crescimento de geração de empregos e de aumento real dos salários, é preciso melhorar e aperfeiçoar sempre mais o trabalho do ministério nesse processo de crescimento.
“Só assim podemos oferecer serviços públicos de qualidade e que respondam as demandas dos trabalhadores brasileiros. Neste sentido, a CNTC, com suas federações, sindicatos e os trabalhadores que representa, é uma parceria muito importante para nós”, afirmou Manoel Dias.
Em réplica, o presidente da CNTC, Levi Pinto, disse que a Confederação quer participar mais ativamente do processo de reformulação e modernização das políticas públicas e das relações de trabalho no Brasil. “Nós, como representantes dos comerciários – esta força de 12 milhões de trabalhadores que realizam a distribuição da produção deste país – queremos também ser atores nesta reformulação do Ministério do Trabalho e Emprego e na reforma política do governo. Não aceitamos mais papel de coadjuvantes”, enfatizou.