Mercado de trabalho acelera qualificação

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21/02/2014

A falta de profissionais qualificados tem levado as empresas a aumentarem os gastos na área de treinamento. Para 2014, o valor investido em cursos de capacitação deve subir 9%, ante a alta de 6% no ano passado. A aceleração é resultado, principalmente, da movimentação no setor de serviços, que se prepara para a Copa do Mundo. Além disso, a qualificação é uma forma de driblar a falta de profissionais no mercado, já que o País vive a menor taxa de desemprego em mais de dez anos (4,3%).

Ao perceber a forte demanda por seus cursos, o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial do Rio de Janeiro (Senac-RJ) espera dobrar o número de alunos a cada três anos. Hoje, a instituição treina 140 mil alunos ao ano. Segundo a diretora de produtos do Senac-RJ, Ana Paula Alfredo, a demanda indica a capacidade de abrir novas unidades. Ela avalia que há intensa procura por profissionais qualificados, especialmente diante dos grandes eventos esportivos e de perspectivas para a indústria petrolífera. “Temos de adequar a abertura de vagas.”

No Senac de São Paulo, a demanda também segue em alta. Especificamente na área de empresas e projetos, que inclui parcerias com o governo federal e estadual, foram 42 mil capacitados em 2013. Neste ano, a expectativa é treinar 46 mil profissionais. Maurício Pedro, gerente de atendimento corporativo do Senac-SP, diz que a procura por qualificação é evidente nos segmentos de hotelaria e gastronomia, mas “uma das preocupações é de que se a empresa investir muito antes, pode acabar perdendo o funcionário”, diz. Entre os que procuram o Senac-SP, 55% são do setor de serviços, 18% comércio e 16% indústria.

Apuração da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento, que reúne profissionais de recursos humanos de 700 empresas, aponta que hoje em dia as prioridades são cursos voltados às áreas de liderança (81%); comunicação (58%); qualidade e atendimento ao cliente (39%); segurança e treinamentos obrigatórios (22%); e Tecnologia da informação (17%). “Os principais problemas são os líderes, que não sabem lidar com pessoas. Esse é um fator determinante”, afirma o diretor-executivo da entidade, Alexandre Slivnik.

Fonte: DCI.