Metrô, táxis, trens, motoboys e aeroportos podem sofrer parada

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14/04/2014

Das 16 categorias que se mobilizam e podem paralisar suas atividades durante os jogos da Copa, 8 estão na área de transporte: aeroviários, metroviários, ferroviários da CPTM, motoristas e cobradores de ônibus, rodoviários, taxistas, motoboys e agentes de trânsito (marronzinhos).

A maior parte já está em campanha, e o calendário de mobilização deve avançar com a proximidade da Copa.

Outras, como os aeroviários (os que fazem serviços terrestres), querem um “abono-Copa”, no valor de um salário nominal, para compensar jornadas mais longas. Benefício semelhante foi obtido por funcionários de empresas de ônibus de Londres durante a Olimpíada de 2012.

Reginaldo Alves de Souza, que preside o Sindicato dos Aeroviários de São Paulo, justifica: “Eventos como Fórmula 1, festivais de rock e Copa exigem jornadas maiores.”

O sindicato das empresas informa, entretanto, que não há negociação em curso.

Para o Sindicato Nacional dos Aeroviários, se não houver acordo até junho, a categoria deverá parar.

“Estamos nos preparando para isso. Evitamos no Natal, no Ano Novo e no Carnaval”, diz Selma Balbino, presidente da entidade.

Metroviários também informam que a chance de greve é “clara”. A negociação final deve ocorrer nos primeiros dias da Copa. Na última vez que a categoria parou, em 2012, a cidade teve 249 km de lentidão, a maior do ano.

Responsáveis por pequenas entregas, o principal sindicato da área, que representa os 220 mil motoboys da capital paulista, também avalia fazer greve durante os jogos.

No setor de segurança, 9.000 policiais federais planejam parar dois dias antes de a Copa começar. O protesto deve ser referendado em assembleias previstas para ocorrer em 30 dias em 27 sindicatos da categoria no país.

“Já foram feitas cerca de 15 paralisações de um a três dias neste ano. Antes da Copa será por tempo indeterminado. Em 2012, paramos por 70 dias. Há policiais trabalhando mais de 12 horas por dia e 3.000 cargos vagos hoje. Também é preciso rever os salários. Estamos há sete anos sem aumento”, diz Jones Leal, presidente da federação nacional da categoria.

Fonte: Folha de S. Paulo