Setor de serviços volta a acelerar a cresce 9,3% em janeiro, segundo IBGE

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18/03/2014

A receita do setor de serviços brasileiro cresceu 9,3% em janeiro, em relação a janeiro de 2013, informou nesta terça-feira o IBGE. Com a alta, o segmento volta a registrar aceleração após ter reduzido o ritmo desde outubro do ano passado, quando a variação foi de 8,8%, número que se repetiu em novembro e recuou para 8,3% em dezembro (segundo dado revisado pelo IBGE nesta terça). O setor de serviços responde por mais de 60% da economia brasileira.

Com o desempenho de janeiro, a receita do setor continua com alta de 8,5% no acumulado em 12 meses, mesmo patamar registrado no fim de 2013, o que correspondeu a uma perda de ritmo frente a 2012, quando a alta foi de 10%, segundo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).

O avanço em janeiro foi puxado, principalmente, por duas categorias: serviços de informação e comunicação (alta de 8,8%, contra 6,6% em dezembro) e serviços profissionais, administrativos e complementares (avanço de 9%, contra 6,8% em dezembro). Segundo o IBGE, esses dois segmentos respondem por 35,7% e 20,5%, respectivamente, da composição do índice.

Outro destaques foi o avanço nos serviços prestados às famílias, que aceleraram a alta para 12,1% em janeiro (frente a alta de 9,6% em dezembro). Já o segmento de transportes, que havia crescido 11,4% em dezembro, sempre na comparação com igual mês do ano anterior, desacelerou para alta de 10% em janeiro.

Rio cresce abaixo da média

O crescimento de janeiro foi registrado em todos as unidades da federação. O destaque foi o Distrito Federal, onde a alta foi de 19,1%. O Rio ficou na 16º colocação, com avanço de 8,2%, abaixo da média nacional de 9,3%. A menor alta ocorreu no Mato Grosso, onde o aumento foi de 0,6%.

Desde o terceiro trimestre de 2013, a PMS faz parte dos cálculos do Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país). A pesquisa foi iniciada em janeiro de 2011 e apresenta indicadores a partir de janeiro de 2012.

O levantamento abrange atividades do segmento empresarial não financeiro, exceto os setores da saúde, educação, administração pública e aluguel imputado (valor que os proprietários teriam direito de receber se alugassem os imóveis onde moram).

Mesmo tendo perdido ritmo, em 2013 o setor foi responsável, junto com os investimentos, pela melhora do desempenho da economia brasileira. O Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços produzidos no país) cresceu 2,3%, acima do 1% de 2012, e chegou a R$ 4,838 trilhões, informou o IBGE em 27 de fevereiro.

No cálculo do PIB, os serviços surpreenderam e avançaram 2% no ano passado, a maior contribuição para a expansão da economia. Os investimentos, por sua vez, cresceram 6,3% no ano passado, depois da queda de 4% em 2012.

Após cair 0,5% no terceiro trimestre, a economia avançou 0,7% nos três últimos meses do ano, acima das melhores expectativas do mercado, que giravam entre queda de 0,2% e alta de 0,5%. Com isso, a ameaça de uma recessão — dois trimestres seguidos de queda — não se confirmou.

Fonte: O Globo.