Taxa de desemprego cai para 12,7% no trimestre encerrado em maio

Imprimir    A-    A    A+

29/06/2018

 

A taxa de desocupação no Brasil ficou em 12,7% no trimestre encerrado em maio, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta sexta-feira, 29, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).  Em números absolutos, significa que 13,2 milhões de pessoas estão desempregadas no País.

O resultado veio em linha com as expectativas coletadas pelo levantamento do Projeções Broadcast iam de 12,5% a 12,9%. Com base no intervalo de 34 estimativas, a mediana atingiu 12,6%, abaixo do resultado oficial. No mesmo período de 2017, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 13,3%. No último trimestre móvel encerrado em abril, a desocupação caiu 12,9%.

A desaceleração paulatina do desemprego ocorre em meio ao ritmo de recuperação da economia que tem se mostrado cada vez mais gradual, afirmam analistas. “O desemprego vem desacelerando muito lentamente em relação ao que esperávamos, e com uma composição cada vez pior”, avalia o economista Cosmo Donato, da LCA Consultores.

Se não bastasse a retomada já morosa da atividade, a greve dos caminhoneiros, que colocou um freio nas expectativas de crescimento, deve contaminar o mercado de trabalho. Segundo Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE, a paralisação deve afetar principalmente o trabalho informal.

A equipe econômica da MCM Consultores já havia alertado que a greve poderia contaminar as séries da Pnad na medida em que menos pessoas devem ter sido capazes de procurar emprego no mês. A projeção da consultoria era de que o desemprego ficaria em 12,60% no trimestre até maio.

A despeito do fim do manifesto, o economista da LCA Consultores acrescenta que a falta de solução para os problemas envolvendo a questão dos caminhoneiros deve provocar ainda mais incerteza na confiança dos empresários e inibir a busca por uma oportunidade no mercado de trabalho. “Há um movimento de queda na taxa de participação, por causa do efeito desalento. Muitos estão desistindo de procurar emprego. Vislumbrava-se uma recuperação mais efetiva, mas tivemos muitas surpresas negativas na atividade e no emprego”, observa./COLABOROU THAÍS BARCELLOS

Fonte: O Estadão.