TODOS PODEM CURTIR A COPA

Com relação à matéria publicada ontem (24/3) na Folha de São Paulo, sob o título “Como as empresas devem agir diante de problemas no trabalho durante a Copa”, é preciso ampliar a visão. A Copa do Mundo é sempre um evento esportivo que mexe com a grande maioria dos brasileiros, sejam homens mulheres ou crianças. Sejam, inclusive, patrões ou empregados, uma vez que o futebol é de fato o esporte favorito, a paixão nacional. Sendo realizada no Brasil, é ainda mais impactante e importante para os cidadãos brasileiros.

Entendemos a preocupação das empresas com possíveis condutas que possam ocorrer durante o período da Copa, mas não se pode, de antemão, julgar que funcionários, responsáveis com suas obrigações, pais e mães de família, vão, em função da Copa, abandonar seu juízo e desobedecer normas legais ou negociadas por seus sindicatos.

Assim como os patrões, os empregados vão desejar, naturalmente, usufruir da possibilidade de assistir os jogos e comemorar as vitórias do Brasil. Deixando de lado as exceções; os casos de abuso do álcool e suas implicações clínicas ou legais, é de bom senso que nos dias de jogos do Brasil não haja expediente e, caso seja impossível parar a produção ou o atendimento, que haja para os funcionários um ambiente adequado para que possa acompanhar os jogos e vivenciar, como o resto da nação, esses momentos de emoção e alegria.

Recomendamos também que as normas referentes à realização de bolões, faltas injustificadas ou outras que não refletem a cultura da empresa sejam esclarecidas com antecedência ou, preferencialmente, negociadas com os empregados, sempre tendo como parâmetro a empatia, que nos ensina a nos colocar no lugar do outro e entender suas necessidades e aspirações.

A Copa é para todos os brasileiros! Com bom senso e diálogo tudo poderá transcorrer bem, sem prejuízo para nenhum dos lados.

Levi Fernandes Pinto

Presidente da CNTC