Índice aponta estabilidade no setor varejista

As vendas do varejo ficaram praticamente estáveis em maio, com queda de 0,1 % frente a abril, e retração de 0,5% em relação ao mesmo mês de 2024, segundo o índice do Varejo Stone. Para o pesquisador Matheus Calvelli, o resultado sugere que a desaceleração econômica pode estar atingindo um limite, embora o comprometimento da renda das famílias ainda exija cautela. Entre os segmentos, cinco dos oito analisados cresceram, com destaque para supermercados e alimentos (1,5%) e móveis e eletrodomésticos (0,7%). Já livros, jornais e papelaria recuaram 2%, enquanto combustíveis e lubrificantes caíram 1,5%. O comércio físico teve alta de 0,5%, mas o digital caiu 3,1%.

18 ESTADOS

No recorte estadual, 18 estados registraram crescimento anual nas vendas, com destaque para Amapá (6,9%), Acre (6,3%) e Sergipe (5,8%). Esses dados apontam recuperação em algumas regiões, apesar da estagnação nacional. Por outro lado, Mato Grosso do Sul liderou as quedas (-3,8%), seguido por Rio Grande do Sul (-3,2%) e Distrito Federal (-2,7%), evidenciando dificuldades localizadas que ainda pressionam o varejo em determinadas partes do Brasil.

CURTAS

3.665 - É fundamental esclarecer que a Portaria 3.665/23 (MTE) não proíbe o trabalho aos domingos. O verdadeiro foco da nova norma está no trabalho aos feriados, que só poderá ocorrer com autorização expressa em convenção coletiva de trabalho, algo que já era previsto na Lei 10.101/00. Portanto, a portaria não cria uma nova obrigação, apenas reforça uma exigência legal já existente.

CONFRONTO - A guerra comercial entre Estados Unidos e China está impactando nas importações brasileiras. Em abril, houve queda na entrada de produtos chineses, com preços mais altos. A CNC acredita que empresas americanas anteciparam compras para evitar tarifas. Em maio, no entanto, os preços caíram e o volume de produtos aumentou, aumentando a concorrência no varejo brasileiro. Ainda não se sabe se essa tendência será duradoura.

Luiz Carlos Motta
Presidente