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Foi debatido nessa quarta-feira (11/07/2018), na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS), o tema: “Desenvolvimento produtivo e mercado de trabalho”, com a participação dos convidados: Max Leno de Almeida, Supervisor do Escritório Regional do Distrito Federal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio Econômicos (DIEESE) e Paulo Vinicius Santos da Silva, Secretário de Relações do Trabalho da Central das Trabalhadoras e dos Trabalhadores do Brasil (CTB).

Max Leno apresentou um conjunto de informações para subsidiar a audiência e o assunto, bem como as transformações econômicas alteraram o sistema produtivo, o papel das empresas, a dinâmica do comércio mundial, a função dos estados e a soberania das nações e atingi o mundo do trabalho e os trabalhadores.

Trouxe dados de que a economia em 2015 a 2016 despencou quase 7% e em 2017 cresceu tão somente 1%. A taxa de investimentos chegou aos patamares mais baixos da série histórica das contas trimestrais (16% PIB), insuficiente para promover a volta do crescimento econômico sustentável. Relatou o professor que as eleições também colaboram com incertezas nessa economia já castigada.

Defendeu a representação sindical e criticou a reforma trabalhista, no que tange a precarização do trabalho, do trabalho intermitente e pelo crescimento da taxa de desemprego que em 2014 era de 7,2% e em 2018 subiu para 13,1%, resultado da reforma trabalhista, que é preocupante, bem com uma taxa de desocupação muito alta, com 40% de trabalhos informais, sem carteira assinada, com renda 30% menores.

Max Leno informou que a reforma trabalhista trouxe também o crescimento das contratações de trabalho intermitente, que em novembro de 2017 o saldo de admissões menos desligamentos era de 3.067 e que em abril de 2018 esse saldo já era de 3.601, um aumento de 17,41% em 5 meses. Houve também um crescimento da contratação por período parcial, que em novembro de 2017 o saldo era de 231 e subiu para 2.554 em abril de 2018, um aumento de 11 vezes em relação ao saldo de 2017. Esses tipos de contratação colaboram para a diminuição da contribuição previdenciária, que terá reflexos substanciais para o trabalhador no passar do tempo.

Paulo Vinicius fez um retrospecto histórico do mercado de trabalho desde a abolição da escravatura, que foi corrigido em 1945 com o processo industrial da sociedade brasileira.

Afirmou que a coalizão da elite parasita, das oligarquias da  imprensa e política estão acabando com o Brasil, destruindo a representação dos trabalhadores.

Relatou a necessidade de revogar a reforma trabalhista e o retorno da contribuição sindical, que representa 90% da arrecadação das entidades sindicais.

Veja aqui a audiência na íntegra

Relações Institucionais da CNTC

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