As ações da varejista de moda Restoque, dona da marca Le Lis Blanc, recuam 2,83% há pouco, enquanto o Ibovespa cai 0,51%.
Segundo reportagem da Folha de S. Paulo publicada sábado, uma fiscalização do Ministério do Trabalho, Ministério Público do Trabalho e Receita Federal flagrou 28 bolivianos em condições de trabalho análogas à escravidão em oficinas que produziam roupas para a Restoque, em junho.
As oficinas eram subcontratadas por fornecedores da companhia, de acordo com a Folha. A Restoque teria sido autuada e pagado R$ 600 mil em indenização aos estrangeiros.
Em comunicado à imprensa, a Restoque informa que não tem relação com as oficinas fiscalizadas, mas disse que recebeu autuação que envolve valores entre R$ 50 mil e R$ 150 mil. “Analisaremos as bases de tais autuações e apresentaremos defesa oportunamente”, afirmou a companhia.
Outras varejistas de vestuário, como Gregory, Lojas Pernambucanas, C&A, Marisa e Zara já foram acusadas de usar trabalho escravo em sua cadeia de produção.
No ano passado, a Zara e a Marisa assinaram um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) com fiscais do Trabalho em que se comprometiam a reparar os problemas identificados.
Pernambucanas e Gregory não assinaram o documento, por julgarem que não cometeram o delito. Já a C&A informou, na época, que adotou as propostas do TAC voluntariamente e que fiscaliza periodicamente as empresas de quem compra roupas.
Fonte: Valor