CSI discute na Jordânia o fortalecimento da luta para enfrentar a crise mundial

Imprimir    A-    A    A+

22/10/2012

Reunidos às margens do Mar Morto, Jordânia, de 30/10 a 01/11, os membros do Conselho Executivo da Confederação Sindical Internacional (CSI) discutiram temas de grande relevância para os trabalhadores e o movimento sindical global: crise econômica internacional, injustiça, desigualdade no mundo, fortalecimento sindical, salários mínimos, seguridade social, negociação coletiva, trabalho decente, democracia, redução da pobreza e importância da paz douradora no mundo.

A Confederação Sindical Internacional representa um total de 175 milhões de trabalhadores (as) em 153 países e territorios e conta com 308 centrais sindicais filiadas.

Os participantes observaram uma forte tendência de alguns governos, empresários e setor financeiro internacional de transferir para os trabalhadores e a sociedade o ônus da crise financeira internacional que vem causando danos irreparáveis na Espanha, Grécia, Itália e Portugal, entre outros, e tem afetado o crescimento dos países em desenvolvimento nos outros continentes, em particular na América Latina, inclusive o Brasil.

“Uma pesquisa encomendada pela CSI, realizada por empresa internacional de estudos de mercados, aplicada em 13 países, revela que há uma oposição generalizada contra as medidas de austeridade implementadas até agora, um descrédito da população sobre o trabalho e o papel dos governos na saída da crise, e um sólido apoio da sociedade à manutenção e respeito às legislações trabalhistas vigentes nos 13 países pesquisados”, disse Sharam Burrow, secretária-geral da CSI.

Segundo a pesquisa, 58% das pessoas acham que seu país esta indo na direção errada, 66% acham que as gerações futuras terão uma situação pior, 67% acham que os bancos e instituições financeiras internacionais têm influência demais nas decisões econômicas dos governos. Ao mesmo tempo, 67% acham que os eleitores não têm a suficiente influência nas decisões econômicas.

Outra pesquisa apresentada, e que preocupou os sindicalistas, indica que a taxa de sindicalização no mundo está em 7%, e há enormes dificuldades para os trabalhadores se filiarem a um sindicato.

“Precisamos agir agora para inverter esse quadro desfavorável aos trabalhadores e à população em todo o mundo”, disse Luiz Carlos Motta, tesoureiro nacional da Força Sindical, presidente da Fecomerciários e membro do Conselho Executivo da CSI. “Vamos trabalhar para fortalecer a unidade de ação e a solidariedade com nossos companheiros (as) sindicalistas da Europa”, completou Motta.

Para Nair Goulart, 2ª vice-presidente da CSI, é importante fortalecer a participação e o trabalho das mulheres em todas as instâncias, lutar pela implementação da agenda do trabalho decente, da convenção das trabalhadoras domésticas e de criar mais emprego para os jovens.

Algumas decisões importantes do Conselho Executivo da CSI:

– Campanha internacional de solidariedade aos companheiros (as) da Europa, ato de protesto em frente aos Consulados da Espanha em respaldo à grave geral na Europa no dia 14/11/2012.

– Fortalecer a atuação articulada na Organização Internacional do Trabalho.

– Plano de ação para 2013 e o 3º Congresso Mundial da CSI em

– Aprovação de novas entidades filadas à CSI.

– A próxima reunião do Conselho Executivo Mundial da CSI em outubro de 2013 será no Brasil.

A delegação da Força Sindical que participou da reunião da CSI na Jordânia: Luiz Carlos Motta, tesoureiro nacional; Nair Goulart, vice-presidente; Flora Lassance, diretora do SINTEPAV (BA); Ortelio Palacio Cuesta, assessor para Assuntos Internacionais.

Assessoria de Imprensa da Fecomerciários