Fator previdenciário pode ser votado após 2° turno das eleições

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11/10/2012

Após o 2° turno das eleições municipais, marcada para o próximo dia 28 de outubro, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), pretende colocar a proposta que acaba com o fator previdenciário em votação. O parlamentar informou, nessa quarta-feira (10/10), que vai dialogar com o Ministério da Previdência e a área econômica do governo para buscar um entendimento.

“Quero na próxima semana procurar a Receita Federal e o Ministério da Previdência para começarmos o debate, a discussão sobre o tema fator previdenciário. Nossa intenção é pautar esse assunto logo após a eleição do segundo turno, mas quero já iniciar o processo de debate, de discussão na próxima semana”, disse Maia.

A Câmara aprovou, em abril, a urgência para o projeto de lei que acaba com o fator previdenciário. No entanto, a proposta não precisa tramitar nas comissões temáticas da Casa, já podendo ser discutida e votada pelo plenário. Contudo, como no governo não há consenso sobre o tema, à votação foi deixada para o segundo semestre.

Entre as propostas aprovadas para discutir o tema está a substituição do fator previdenciário – dispositivo que reduz o valor das aposentadorias para o trabalhador que se aposenta pelo tempo de serviço antes de atingir a idade de 60 anos, no caso da mulheres e 65 anos para homens – pela regra do 85/95. O mecanismo condiciona a aposentadoria à soma do tempo de contribuição à Previdência e à idade do beneficiado.

No caso dos homens, por exemplo, serão necessários, no mínimo, 35 anos de contribuição e 60 de idade para que o trabalhador aposente com o teto do benefício pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Já para as mulheres, a soma do tempo de contribuição com a idade tem que atingir 85.

O fim do fator previdenciário já foi aprovado pelo Congresso, mas foi vetado posteriormente pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Criado durante o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o fator previdenciário tinha o intuito de estimular os trabalhadores a permanecerem na mercado de trabalho. Mas há alguns anos é tido como redutor dos benefícios representes dos trabalhadores.

 Fonte: Agência Brasil