O PMDB quer encurtar em um mês a campanha eleitoral, que passaria a ter início em agosto e não mais em julho, como é atualmente. A mudança tende a beneficiar o candidato que se encontra à frente das pesquisas ou governante bem avaliado, como aconteceu com Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1998.
A medida consta de um conjunto de projetos que o PMDB vai tentar viabilizar na Câmara, que inclui também o fim da reeleição a partir de 2018, o fim das coligações proporcionais e o fim das doações para candidatos diretamente. O pacote foi costurado em reunião na noite desta segunda-feira, 15, no Palácio Jaburu, residência oficial do vice-presidente Michel Temer (PMDB-SP).
A decisão não deixa de ser uma espécie de “enquadramento” no líder da bancada da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), que não queria reunião alguma. Ocorre que Cunha se aliou ao presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), e aos petistas Cândido Vaccarezza (SP) e André Vargas (PR) no comando da comissão a ser criada na Câmara para tratar de reforma política. Vaccarezza será o coordenador do grupo de trabalho.
Tanto entre os petistas como entre os pemedebistas, o grupo é integrado basicamente por deputados que se queixam do tratamento dispensado pela presidente Dilma Rousseff ao Congresso.
Fonte: Valor Econômico