Sexismo

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18/12/2013

Dando uma boa olhada nas estatísticas que medem a violência sofrida pelas mulheres, chegamos a conclusão que a sociedade e os governos precisam  praticar a tolerância zero em relação à violência contra a mulher, um crime que envergonha a humanidade.

Como não podemos deixar de refletir sobre este assunto, fica no ar uma sensação de incredulidade: depois de 5 mil anos de civilização, muitos homens ainda se comportam como bárbaros, resolvendo por meio da agressão pura e simples suas diferenças com as mulheres ou com outros homens.

Os números das estatísticas comprovam e são assustadores. Segundo o Mapa da Violência, publicado em 2012, pelo Centro Brasileiro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) e pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), mais de 92 mil mulheres foram assassinadas no país entre os anos de 1980 e 2010, tendo quase metade dessas mortes se concentrado apenas na última década. Dez mulheres foram vítimas de maus-tratos a cada hora, segundo dados da Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180), em 2012.

É muita agressividade! Agressividade que tem sido cultivada pelas sociedades de todas as épocas e lugares, quando ensinam aos homens a se relacionar com o mundo em termos de domínio e controle e que a violência é um meio aceitável para manter este controle e sanar problemas.

Assim, vivemos hoje uma complexa situação de sexismo e violência ainda muito difícil de ser erradicada e que exige da sociedade mecanismos específicos para ser combatida.

É um problema de todos nós, homens e mulheres, que devemos refletir sobre a maneira como vivenciamos e encaramos “o outro”, se estamos agindo de forma preconceituosa com relação ao gênero. E mais ainda, refletir sobre a maneira como educamos nossos filhos, para que o sexismo não siga adiante com as futuras gerações.

É um caminho árduo que exige, principalmente dos homens, uma nova postura em relação ao seu entendimento quanto ao espaço que ocupam na sociedade e a real dimensão de sua importância, isto é, exatamente igual ao espaço e importância que devem ocupar as mulheres.

Arnaldo Azevedo Biloti

Presidente Sincomerciários Baixada Santista