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Foi debatido nesta data (26/06/2109), na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, a possível privatização ou desmobilização de armazéns e centros de distribuição da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), com os seguintes debatedores que destacamos:

Silvio Farnese, diretor do departamento comercialização e abastecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SPA/MAPA), reforçou o papel importante da CONAB e sua atuação na área agrícola e social, atuando com pequenos, médios e grandes produtores, inclusive com a agricultura familiar.

Segundo o diretor, a presença do estado na armazenagem já foi importante, hoje não comporta mais essa função diante da pujança dos armazéns privados. Armazenagem não é uma atividade rentável e sim a logística do abastecimento ao longo do ano.

Newton Araújo Silva Júnior, diretor – presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), afirmou que a CONAB representa em um percentual mínimo de armazenagem em si, o forte e o foco da companhia atual é a logística de armazenamento. Ponderou que estão sem orçamento para manter os armazéns físicos e as unidades que serão fechadas é para diminuir a gordura que existe na CONAB. Estão fazendo o mínimo possível para a manutenção e existência da Companhia. Definiu a nova rede de armazéns, através de um diagnóstico detalhado da situação de cada armazém, sua atuação nas políticas e programas desenvolvidos pela Conab. Essa economia com o fechamento das unidades seriam destinados para as outras unidades, reforçando os programas sociais e armazenagem e escoamento da produção agrícola.

Elisangela Pereira Lopes, coordenadora de assuntos estratégicos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), apresentou dados sobre a CONAB, com um capital social de 302,8 milhões de reais, os objetivos sociais em garantir ao pequeno e médio produtor os preços mínimos e armazenagem para guarda e conservação de seus produtos. Afirmou que o orçamento da CONAB está subutilizado, com um gasto de 3 reais na atividade meio para cada 1 real na atividade fim. Relacionou problemas entre a CONAB e outras instituições. Déficit de armazenagem no Brasil de 69,9 toneladas. Das 92 unidades, 27 encerrando as atividades. Apresentou sugestões para melhorar a atuação da Companhia.

Aeldo Protázio, diretor social e de comunicação da Associação Nacional dos Empregados da Conab (ASNAB), afirmou que a companhia contribui com o lucro de apoio a políticas públicas do governo na distribuição de alimento, com qualidade, para a sobrevivência dos mais necessitados, com preços mais competitivos, e garante o abastecimento contínuo de produtos, regulando o mercado. Pontou que deve se realizar uma reavaliação do estudo feito para o fechamento de 27 unidades da CONAB, com transferência de funcionários para outras localizadas, prejudicando a guarda e distribuição de alimentos nas pequenas cidades. Afirmou que não são contrários a modernização da Companhia, mas sim do fechamento de unidades. Sugeriu a realização de audiências públicas com todos os envolvidos nesse processo de modernização para se definir uma melhor organização e revisão de dados sobre o fechamento destas unidades.

Relações Institucionais da CNTC

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