Paim ressalta conquistas mas lamenta violência que mulheres ainda sofrem

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08/03/2013

Senador Paulo Paim

Senador Paulo Paim

Ao homenagear as brasileiras pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta sexta-feira (8), o senador Paulo Paim (PT-RS) destacou as conquistas femininas nas áreas de educação e trabalho, mas também observou que a violência contra as mulheres, que havia diminuído com a promulgação da lei Maria da Penha até 2010, voltou a crescer.

Há 140 anos, lembrou Paim, as mulheres eram proibidas de ingressar na universidade. Hoje, ressaltou, elas representam 60% dos formados em curso superior e 51% dos que obtém título de doutorado. Ele também ressaltou que a população feminina tem, em média, mais anos de estudo (8,8) do que os homens (7,7).

A participação delas vem crescendo no mundo profissional. 30% dos cargos da Magistratura são ocupados por mulheres e houve crescimento do número de mulheres em posições de liderança e comando. Como exemplo, o senador Paim ressaltou a presidência de Maria das Graças Foster na Petrobras, empresa que, até a década de 1990, não aceitava mulheres engenheiras em seus quadros.

Violência

Apesar das conquistas da população feminina, disse Paulo Paim, as mulheres ainda são vítimas de violência. De acordo com a pesquisa Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado, realizada pela Fundação Perseu Abramo, em 2010, em 25 estados, revela que, a cada dois minutos, cinco mulheres são espancadas no Brasil. Segundo informações da Secretaria de Políticas para as Mulheres, quatro, em cada dez mulheres já sofreram algum tipo de violência.

Paim comunicou que neste mês será lançado no Senado a Frente Parlamentar dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres. O objetivo é sensibilizar o público masculino para o tema do enfrentamento à violência de gênero e lutar pela estruturação de uma rede de atendimento às mulheres vítimas de violência.

– Atitudes assim certamente alavancam outras e, mais outras, e é disso que precisamos para eliminar a discriminação, as diferenças, disse Paulo Paim.

Fonte: Agência Senado