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Informe Legislativo – 28 de setembro a 01 de outubro de 2015

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 28 de setembro a 01 de outubro de 2015

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira

Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa

Analistas de Relações Institucionais: Renan Bonilha Klein

Tamiris Clóvis de Almeida

 Victor Velú Fonseca Zaiden Soares

Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo

Estagiária: Letícia Tegoni Goedert

Temas abordados nesta edição:

• Câmara aprova nova fórmula progressiva à regra 85/95 para obtenção de aposentadoria integral
• Instalada Comissão Especial de Financiamento da Atividade Sindical
• Ampliação da margem para empréstimo consignado
• Comissão de combate a violência contra a mulher debateu mecanismos de combate à pornografia não consensual
• Comissão aprova a prevalência do negociado sobre legislado
• Tramitação
• Ações da Assessoria

Câmara dos Deputados

Plenário


Nova fórmula progressiva a regra 85/95 para obtenção de aposentadoria integral

Aprovado Projeto de Lei de Conversão 15, de 2015, originada da Medida Provisória 676/15, que traz alterações na fórmula progressiva da regra 85/95 para obtenção de aposentadoria integral sem aplicação do fator previdenciário, e aplica regra transitória chegando à regra 90/100. O relator da MP 676/15 foi o deputado Afonso Florence (PT-BA).

De acordo com o texto aprovado estende a soma proposta pela MP subindo um ponto a cada dois anos. Assim, a regra passa a exigir 86/96 em 2019; 87/97 em 2021; 88/98 em 2023; 89/99 em 2025; e 90/100 de 2027 em diante.

Através de destaque apresentado pela bancada do PPS, foi aprovado a “desaposentação”, ou seja, o recálculo da aposentadoria após a pessoa ter continuado a trabalhar depois de se aposentar. Para isso, será considerado como base todo o período contributivo e o valor dos seus salários de contribuição, respeitando-se o teto máximo pago aos beneficiários do Regime Geral da Previdência Social, de forma a assegurar ao trabalhador opção pelo valor da renda mensal que for mais vantajosa. Vale ressaltar que deve ser respeitada a comprovação do período de carência de, no mínimo, sessenta novas contribuições mensais, a contar após a concessão da aposentadoria.

Situação: a matéria segue para votação no Plenário do Senado Federal.

 

Comissão de Direitos Humanos e Minorias


Comissão debateu escravidão

Por meio de requerimento aprovado da deputada Rosângela Gomes (PRB-RJ), a comissão discutiu os princípios e objetivos da Comissão da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da OAB Nacional.

Os participantes foram: Nilma Lino Gomes, Ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial – SEPPIR; Wilson Prudente, Procurador do Ministério Público do Trabalho; Humberto Adami Santos Júnior, Presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da Ordem dos Advogados do Brasil; Ivone Ferreira Caetano, Desembargadora Ivone Caetano, membro da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil – CNVENB; José Antônio Ventura, Presidente da Confederação Nacional Quilombola CONFAQ; Eduardo Araújo, Presidente do Sindicato dos Bancários do DF; Maurício Pestana, Secretário Municipal de Promoção da Igualdade Racial de São Paulo – SMPIR; e Gabriel de Carvalho Sampaio, Secretário de assuntos legislativo do Ministério da Justiça.

Adami Santos Junior, presidente da Comissão Nacional da Verdade da Escravidão Negra no Brasil da Ordem dos Advogados do Brasil, discorreu sobre a metodologia adotada pela comissão, onde existem grupos de estudos entre os membros para procurar responder os seguintes questionamentos: “quais foram os crimes de escravidão”, “por que foram praticados”, “como e onde foram praticados”. Por meio destes estudos, Humberto Junior afirmou que poderá demonstrar as razões da existência de ações afirmativas pela sociedade. Por fim, alegou que para isso será necessário uma revisão bibliográfica e pesquisas de casos concretos de escravidão e desigualdade racial.

Gabriel de Cavalcante Sampaio, secretário de assuntos legislativos do ministério da justiça, discorreu sobre a necessidade de trazer a historia da escravidão para explicar porque ainda existem desafios de combate a casos existentes, mais ainda a desigualdade racial e mortalidade negra. Concluiu ponderando a importância de trazer a história negra como a que mais contribuiu para a formação da sociedade brasileira.

Ivone Ferreira Caetano, desembargadora e membro da Comissão Nacional da verdade da Escravidão Negra no Brasil – CNVENB iniciou sua exposição dando um relato sobre sua vida, sobre as dificuldades que sofreu por ser negra e afirmou acreditar que democracia negra surgiu de uma forma a fragilizar esta população. Também, trouxe sua indignação com a população miscigenada ainda ter preconceito e não conhecer sua própria história. Por fim, afirmou que com a iniciativa da OAB foi uma das melhores para melhorar a ignorância da população quanto a real historia da sociedade.

Maurício Pestana, secretario municipal de promoção da igualdade racional de São Paulo -SIMPIR, também ressaltou a importância de políticas de conscientização da historia negra no país.

Comissão Especial de Financiamento da Atividade Sindical


Instalada a Comissão Especial

Instalada na quarta-feira (1/10) a Comissão Especial destinada a estudar e apresentar propostas com relação ao financiamento da atividade sindical, que será presidida pelo deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), tendo como 1º Vice-Presidente, deputado Carlos Henrique Gaguim (PMDB-TO), 2º Vice-Presidente, deputado Max Filho (PSDB-ES), com relatoria do deputado Bebeto (PSB-BA).

A intenção inicial da Comissão Especial é regulamentar a cobrança da contribuição assistencial acabar com o questionamento judicial dessa cobrança, cobrada em negociações coletivas de cada categoria.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha, afirmou que a intenção da comissão é ampliar o debate sobre representação sindical e produzir legislação que facilite a vida dos trabalhadores. “É um momento importante para proteger, valorizar os sindicatos, debater com transparência”, afirmou.

O presidente da comissão especial, deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), listou os desafios a ser enfrentados. “Nós precisamos enfrentar a questão da contribuição, a questão da transparência no movimento sindical, a questão da representatividade. É importante discutir tudo isso com o movimento sindical daqui pra frente.”

Situação: a comissão especial sobre o financiamento sindical vai propor audiências públicas em alguns estados e convidar representantes do Ministério Público do Trabalho, da Justiça do Trabalho e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

Plano de trabalho ainda não foi definido e posteriormente teremos mais informações.

Senado Federal

Plenário


 

Aprovada ampliação da margem para empréstimo consignado
Aprovado Projeto de Lei de Conversão (PLV) 12 de 2015 originada da Medida Provisória 681 de 2015, propondo ampliar o limite de 30% para 35% do valor do salário para crédito empréstimo consignado. Esses 5% serão destinados as dívidas com cartão de crédito poderão ser também utilizado para saque por meio do cartão de crédito.

Situação: matéria segue à sanção.

Congresso Nacional

Comissão Permanente Mista de Combate à Violência Contra a Mulher


 

Comissão debateu mecanismos de combate à pornografia não consensual
Realizada audiência pública para discutir Projeto que altera a Lei Maria da Penha criando mecanismos de combate a condutas ofensivas contra a mulher na internet e outros meios de comunicação (PL 5555/2013).

A deputada Tia Eron (PRB-BA) presidiu a reunião. Os convidados para o debate foram: Aline Yamamoto, secretaria-adjunta de Enfrentamento à Violência Contra as Mulheres da Secretaria de Políticas para Mulheres da Presidência da República; Márcia Nunes Lisboa, Juíza Titular da 1ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra Mulher de Salvador/BA; Sara Gama, Promotora da Vara de Violência contra a Mulher do Estado da Bahia; Isabel Alice Jesus de Pinho, Delegada de Polícia Civil do Estado da Bahia; Deputada Tia Ju, Deputada da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro; e Camila Silva Nicácio, Coordenadora do Programa de Pesquisa e Extensão da Clínica de Direitos Humanos da UFMG.

Aline Yamamoto iniciou sua fala afirmando sobre legislações de quase uma década de efetivação. Algumas políticas trouxeram avanços e outras possuem desafios de implementação, como o tema da audiência pública.

Yamamoto afirmou sobre a ampliação de redes de atendimento às mulheres de situação de violência, sendo serviços fundamentais da justiça pública, tanto na saúde quanto na assistência psicossocial.

Também, no tema em análise, a secretária alegou que estes projetos refletem violências às quais atingem principalmente meninas, mulheres e jovens por meio da divulgação de imagens íntimas nas redes sociais. Para isto, deve-se ter em mente a questão de gênero como a mais importante das explicações para estes casos, uma vez que não existe um apelo moral, machista e de julgamento de sexualidade ao ter violação do direito de intimidade e de dignidade do homem como há com a mulher.

Márcia Lisboa argumentou sobre a necessidade de prezar pelo bem estar de todos, defesa dos direitos da criança, mulher e idoso. Também ressaltou que o crime de divulgação de imagens é a quebra de direito à intimidade. Indicou a falta de equipe em varas de combate à violência de gênero, como a ausência de psicólogos, prejudicando os trabalhos de resolução aos recorrentes crimes cometidos contra as mulheres. E, por fim, ponderou sobre a presença de estas violações ainda existir por razões culturais e ainda necessitar de melhorias na legislação.

Sara Gama apresentou diversas pesquisas realizadas as quais demonstram recorrentes casos de violação de intimidade de mulheres.

Isabel Alice Jesus de Pinho deu maior ênfase sobre as políticas já implementadas, o ganho com a Lei Maria da Penha, sobre especificar casos de violência contra a mulher, como tratar cada situação e tipificar.

A deputada Tia Ju também evidenciou a perspectiva de gênero e que cada vez mais as crianças e adolescentes têm acesso a tecnologias e internet, passando suas próprias fotos às pessoas as quais confiam, entretanto, ocorrendo posteriores exposições destas imagens sem sua devida autorização.

Camila Silva Nicácio trouxe nove reflexões e sugestões realizadas pela Clínica de Direitos Humanos da UFMG sobre pornografia não consensual, para contribuir ao Projeto de Lei em questão.

Sugeriu substituir o termo “vingança” em pornografia de vingança por “pornografia não consensual”, porque muitas vezes a pessoa divulga imagem de outrem sem ter vínculo algum com esta. Dessa forma, a substituição poderá atingir qualquer tipo de exposição.

As nove sugestões formuladas pela Clínica de Direitos Humanos da UFMG, sobre o PL 5555/2013, considerando a juridicidade, legalidade e máxima efetividade dos direitos fundamentais foram:

1) A pornografia não consensual constitui delito que deve ser tipificado penalmente, observando os princípios do direito penal mínimo, da proporcionalidade e da razoabilidade; e a pena deve ser inferior a dois anos.

2) A conduta deve ser descrita no rol de violações contra a dignidade sexual e não de crimes contra a honra.

3) O tipo penal deve independer de gênero, identidade de gênero e orientação sexual.

4) O caput deve ser taxativo com relação à conduta, utilizando diversas expressões, como: “oferecer”, “trocar”, “disponibilizar”, “transmitir”, “distribuir”, “publicar”, “divulgar”; e: “imagem em nudez total”, “parcial”, “ato sexual”, “ato obsceno”, “comunicação de conteúdo sexualmente explícito”. Cabe analisar individualmente cada expressão, para que o caput não adquira caráter redundante.

5) O caput deve também contar com a expressão “por qualquer meio”.

6) A redação do projeto de lei deve conter expressamente, no caput, ou em parágrafo próprio, que a realização de montagens também caracteriza o tipo penal.

7) Deve-se considerar aumento de pena apenas nos casos da vítima ser deficiente ou de haver relação afetiva entre a vítima e o agressor.

8) É necessário incluir na redação, através de parágrafo ou artigo, de que independente da vítima ter consentido na filmagem ou captura inicial da foto ou vídeo; a divulgação posterior sem autorização constitui crime. Sugere-se o § 2º (parágrafo segundo) do PL apensado 7377/2014: “Configura-se o crime ainda que a vítima tenha consentido na captura ou no armazenamento da imagem ou da comunicação”.

9) Diferenciação da punição de quem apenas compartilha do autor inicial da divulgação. No nosso entendimento, quem compartilha deveria estar sujeito somente à multa, de acordo com o princípio da proporcionalidade, pois a gravidade do fato é menor se comparada à ação de quem divulga.

Situação: outra audiência pública sobre a matéria será realizada na comissão onde se encontra, sendo a de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados. A data será decidida posteriormente.

Medida protetiva
Aprovado requerimento 25, de 2015, de autoria da deputada Carmen Zanotto (PPS-SC), que solicita a realização de audiência pública para debater experiências importantes na efetivação de medidas protetivas, utilizadas com o objetivo de reduzir os altos índices de violência contra a mulher, a exemplo do “Botão do Pânico, Tornozeleira eletrônica e Casas- Abrigo”.

Situação: data ainda não definida para audiência.

Comissão Mista da MP 680/2015


 

Aprovada a prevalência do negociado sobre o legislado
A Comissão Mista destinada a emitir parecer sobre a Medida Provisória 680/2015, que institui o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), reabriu a reunião suspensa nesta quarta-feira (30/09) por tumulto provocado entre parlamentares.

Após considerações do relator, deputado Daniel Vilela (PMDB-GO), os deputados Afonso Florence (PT-BA), Vicentinho (PT-SP) e Daniel Almeida (PCdoB-BA), debateram com o relator a importância do destaque de número 6, para que fossem suprimidos os artigos 11 e 12 do Projeto de Lei de Conversão os quais dispunham sobre a predominância do acordo ao legislado.

Após suspensão na tentativa fracassada de acordo entre parlamentares laborais e patronais, o presidente retomou a reunião, resultando em admissibilidade dos requerimentos de destaque apresentados para votação em separado de dispositivos do relatório e aprovação do parecer, ressalvados os destaques.

Predominância do acordado sobre o legislado

O primeiro destaque, de número 6, foi votado nominalmente e consequentemente rejeitado, permanecendo os artigos 11 e 12 dispondo sobre predominância de convenções e acordos coletivos de trabalho sobre o disposto em lei. Pelo acompanhamento realizado, 12 votaram contra o requerimento e 8 pela aprovação.

De acordo com o texto aprovado é acrescido um parágrafo ao art. 611 da CLT para definir que:

As condições de trabalho ajustadas mediante convenção ou acordo coletivo de trabalho prevalecem sobre o disposto em lei, desde que não contrariem ou inviabilizem direitos previstos na Constituição Federal, nas convenções da Organização Internacional do Trabalho – OIT, ratificadas pelo Brasil, e as normas de higiene, saúde e segurança do trabalho.

Relação dos votos:

Favoráveis à supressão dos artigos (votaram na defesa do trabalhador)

• Senador Hélio José (PSD-DF);
• Senador Humberto Costa (PT-PE);
• Senador José Pimentel (PT-CE);
• Senador Paulo Rocha (PT-PA);
• Senadora Regina Sousa (PT-PI);
• Deputado Afonso Florence (PT-BA);
• Deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA);
• Deputado Vicentinho (PT-SP).

Contrários à supressão dos artigos (votaram contra o trabalhador)

• Senador Antônio Anastasia (PSDB-MG);
• Senador Dalírio Beber (PSDB-SC);
• Dário Berger (PSD-AC)
• Senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA);
• Senador Sergio Petecão (PSD-AC) (presidente)
• Deputado Alexandre Leite (DEM-SP);
• Deputado Daniel Vilela (PMDB-GO);
• Deputado Jorge Côrte Real (PTB-PE);
• Deputado Manoel Junior (PMDB-PB);
• Deputado Renato Molling (PP-RS);
• Deputado Rocha (PSDB-AC);
• Deputado Wellington Roberto (PR-PB).

Os demais requerimentos de destaque foram votados de forma simbólica e aprovados. Assim, foram suprimidos os parágrafos 4° e 6° do artigo 11, os quais fixavam que na prevalência de acordos caso fossem mais benéficos do que o conjunto de leis equivalentes e que, na ausência de convenções, ou existindo instrumentos de omissões, incompletos, inexatos, conflitantes ou de qualquer forma inaplicáveis, prevaleceria sempre o disposto em lei.

Os destaques acerca da supressão destes dois parágrafos (4° e 6°) foram de autoria dos deputados Efraim Filho (DEM-PB) e Jorge Côrte Real (PTB-PE), respectivamente.

Situação: a matéria seguirá para análise do Plenário da Câmara dos Deputados e posteriormente Senado Federal. A medida foi prorrogada por mais sessenta dias, dessa forma, seu prazo final para deliberação pelas duas Casas Legislativas será até 3 de novembro, caso contrário, a matéria perderá sua eficácia.

TRAMITAÇÕES

Câmara dos Deputados

1. Pareceres apresentados:

Dispensa de depósito recursal
Projeto de Lei 1636, de 2015, de autoria do deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL), altera a CLT para dispensar microempresas, firmas individuais, empresas de pequeno porte e pessoas físicas do depósito recursal.
Parecer: pela aprovação com substitutivo incluindo que o empregador pessoa física que comprovar renda mensal correspondente até o triplo do valor do teto do depósito recursal, para o Recurso Ordinário, está dispensado do recolhimento previsto na Lei que institui o estatuto nacional da micro e pequena empresa.
Relator: Jorge Côrte Real (PTB-PE).
Comissão: de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.

2. Relatores designados:

Participação nos lucros e resultados
Projeto de Lei 3016, de 2015, de autoria do deputado Laercio Oliveira (SD-SE), o qual altera a norma referente aos Programas de Participação nos Lucros ou Resultados, para orientar a participação das entidades sindicais nos casos de empresas com múltiplas atividades ou filiais.
Relator: deputado Augusto Coutinho (SD-PE).
Comissão: de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio.

Senado Federal

1. Relatores designados

Redução da alíquota da contribuição previdenciária
Projeto de Lei do Senado 198, de 2015, de autoria do senador Magno Malta (PR-ES), para dispor que no caso de opção pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário de contribuição será de 8%, no caso do segurado contribuinte individual, na forma que especifica.
Relator: senador Edison Lobão (PMDB-MA).
Comissão: de Assuntos Sociais.

Veda a publicação em jornais de anúncio de emprego sem a identificação da empresa contratante
Projeto de Lei da Câmara 84, de 2015, de autoria do então deputado Paulo Paim (PT-RS), o qual veda a publicação em jornais de anúncios classificados oferecendo empregos que não informem claramente o nome da empresa contratante, sob pena de multa a ser aplicada tanto à empresa quanto ao veículo de comunicação que fizer a divulgação de anúncios de emprego sem a devida identificação da fonte contratante.
Relator: senador Edison Lobão (PMDB-MA).
Comissão: de Assuntos Sociais.

AÇÕES DA ASSESSORIA

Posicionamento da CNTC contra a decisão firmada no relatório do PPE

Medida Provisória 680, de 2015, que institui o Programa de Proteção ao Emprego (PPE), permite a redução em até 30% da jornada de trabalho, com redução salarial compensada parcialmente por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Com o parecer aprovado pela comissão mista com relatoria do deputado Daniel Vilela ((PMDB-GO), os trabalhadores terão perdas enormes de direitos conquistados com a CLT, uma vez que leis trabalhistas têm por caráter compensar as desigualdades inerentes às relações entre capital e trabalho para que a classe laboral não seja prejudicada por interesses patronais.

A CNTC trabalhou arduamente no convencimento dos parlamentares a não aprovar a predominância do acordado sobre o legislado, mas infelizmente no computo dos votos fomos derrotados por 12 votos contra os trabalhadores a 8 votos favoráveis.

Comissão Especial de financiamento da atividade sindical
Devem os dirigentes sindicais do sistema CNTC acompanhar atentamente os trabalhos dessa Comissão Especial e buscar contato com os parlamentares, principalmente em suas bases eleitorais, a fim convencê-los a regulamentar a cobrança da contribuição assistencial nos molde do art. 5º do Projeto de Lei do Senado 115 2007, que originou a Lei de regulamentação do Comerciário – Lei nº 12.790, de 14 de março de 2013, com o fim de custear a negociação coletiva de trabalho, tanto para empregados quanto para empregadores.

Também causa preocupação às falas do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha e do presidente da Comissão Especial, deputado Paulo Pereira da Silva, informadas neste informe, quanto a possibilidade de se ampliar o debate sobre questões da representatividade, da contribuição e da transparência no movimento sindical. Devemos monitorar essa comissão para que não tentem uma reforma de todo o sistema sindical.

CNTC contra ampliação de margem de empréstimo consignado
CNTC tem posição contrária às alterações feitas à MP 681/2015 propondo ampliar o limite de 30% para 35% do valor do salário para crédito empréstimo consignado. Esses 5% serão destinados as dívidas com cartão de crédito poderão ser também utilizado para saque por meio do cartão de crédito.

A CNTC espera que a presidente da República vete o PLV 12, de 2015, por contrariedade ao interesse público dos trabalhadores, aposentados e pensionistas brasileiros.

Brasília-DF, 2 de outubro de 2015.



Tamiris Clóvis de Almeida
Letícia Tegoni Goedert
Victor Velú Fonseca Zaiden Soares
Sheila Tussi Cunha Barbosa