CONEXÃO – CNTC 16 de outubro de 2023

Imprimir    A-    A    A+

⚠️ AMERICANAS APRESENTA NOVA PROPOSTA A CREDORES E PREVÊ AUMENTO DE CAPITAL DE R$ 12 BI

A Americanas, em recuperação judicial, informa um aperfeiçoamento da proposta que vinha sendo discutida com os credores, em busca de um acordo que possa equacionar as dívidas da varejista. Segundo informações divulgadas em fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM),a Americanas manteve a capitalização de R$ 12 bilhões da dívida da empresa e ainda vai emitir uma nova dívida de R$ 1,875 bilhão para refinanciar parte das dívidas concursais existentes. A mais recente proposta apresentada pela companhia prevê capitalização de dívida concursal por parte dos credores também no valor de R$ 12 bilhões e ainda inclui R$ 8,7 bilhões (em dinheiro) dedicados à recompra antecipada de dívida concursal com desconto. Anteriormente, a Americanas propunha um aporte de R$ 10 bilhões por parte do trio de acionistas de referência, além de uma possível capitalização de R$ 2 bilhões no futuro, a depender do desempenho financeiro da companhia. Pela proposta atual, esses R$ 2 bilhões também serão aportados no curto prazo, sem condicionantes. Em abril, os bancos demandavam que esses R$ 2 bilhões futuros fossem aportados na companhia de imediato, justamente por entender que isso amplia a perspectiva de recuperação dos créditos.

✅ PAGAMENTO INTEGRAL

Segundo a companhia, a proposta continua, ainda, a contar com a previsão de pagamento integral das Classes I (trabalhista) e IV (micro e pequenas empresas) e alternativas de pagamento diferenciada para nossos fornecedores, substancialmente nos termos publicados na versão do Plano de Recuperação Judicial protocolado com o juízo da Recuperação Judicial em 20 de março de 2023. Além disso, em comunicado, a varejista informou que segue empenhada nas negociações com seus credores financeiros, em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades.

✅ MINISTRO MARINHO DEBATE TEMAS IMPORTANTES PARA O ‘TRABALHO’ NO SENADO

Na última segunda-feira (9) o Ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, participou da Audiência Pública da Comissão de Direitos Humanos do Senado, para debater as ações e planos do Ministério. Entre os principais temas debatidos, ele falou sobre a relevância da negociação coletiva, da contribuição sindical, do trabalho em plataformas e da redução de jornada. Marinho apontou que a negociação é um caminho para evitar conflitos e judicialização nas relações de trabalho. “Uma negociação bem feita, bem azeitada, não tem conversa uma vez por ano, tem diálogo permanente que ataca o problema na hora que ele surge. Então os sindicatos são um vetor de solução dos problemas, de captar o problema e antecipar a solução para evitar, por exemplo, uma ação na justiça do trabalho. É assim que funciona e vale para o setor público também. Então precisamos aperfeiçoar muito as relações de trabalho”, afirmou.

✅ RECURSOS E APLICATIVOS

Ainda no debate sobre a temática sindical, esclareceu que o Governo não cogita a possibilidade do retorno da contribuição sindical obrigatória. “Não há qualquer possibilidade sobre o nosso governo de pautarmos o retorno do imposto sindical como era. O que está em debate é a necessidade de reconhecer que os sindicatos necessitam de recursos para tocar as suas atividades, para representar bem os trabalhadores e trabalhadoras, o que envolve a necessidade de ter finanças. Se trata de uma contribuição solidária no processo de construção”, disse. O Ministro tratou do trabalho em plataforma, mas não diretamente no setor do comércio.

Luiz Carlos Motta
Presidente

cntc.com.br