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Informe Legislativo – 09 a 11 de junho de 2015

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 09 a 11 de junho de 2015

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira

Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa

Analistas de Relações Institucionais: Cláudia Fernanda Silva Almeida

Renan Bonilha Klein

Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo

Estagiárias: Letícia Tegoni Goedert

Tamiris Clóvis de Almeida

Temas abordados nesta edição:

•    Projeto sobre execuções trabalhistas segue para o Plenário
•    Projeto sobre violência contra mulher fica para a próxima semana
•    CSSF debateu os efeitos decorrentes de anticoncepcionais
•    Projeto sobre inclusão de pessoas com deficiência segue para a sanção
•    Audiência Pública com o Ministro da Educação sobre FIES e PRONATEC
•    Comissão aprova projeto sobre liberação de FGTS
•    Comissão debateu o aprimoramento da Lei Maria da Penha
•    MP do Imposto de Renda segue para a Câmara
•    Relator vota pela aprovação sem alterações
•    Pareceres apresentados – Câmara dos Deputados
•    Relatores designados – Câmara dos Deputados
•    Divisão de férias em até três períodos
•    Voto em separado – Câmara dos Deputados
•    Saúde Bucal ao trabalhador
•    Litigância de má-fé no ambiente de trabalho
•    Prazo de tramitação de processos trabalhistas
•    CNTC em busca de recálculo do fator previdenciário
•    CNTC já articula sobre terceirização

Câmara dos Deputados

Plenário


Continua a votação da PEC da Reforma Política, sendo o único item deliberado. Nas partes votadas foi rejeitado o voto facultativo e a coincidência de todas as eleições; e aprovado o aumento do tempo de mandato, a mudança da data de posse de governadores e Presidente da República, e a redução da idade mínima para prefeito, governador, deputado e vereador.

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania


Projeto sobre execuções trabalhistas segue para o Plenário
Após longa discussão, que perdurou por diversas reuniões, foi aprovado na forma de substitutivo o Projeto de Lei 5140, de 2005, do ex-deputado Marcelo Barbieri (PMDB-SP), que modifica a Consolidação das Leis do Trabalho para dispor sobre a penhora on line na execução trabalhista e a aplicação do princípio da desconsideração da personalidade jurídica. O parecer do relator, deputado Ricardo Barros (PP-PR), é pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa do projeto principal, do PL 5328/2005 e do PL 870/2007, apensados, e do Substitutivo da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio; no mérito, pela aprovação de todos, na forma da Subemenda Substitutiva apresentada. A matéria agora segue para apreciação em Plenário.

Projeto sobre violência contra mulher fica para a próxima semana
Devido a acordo entre os parlamentares da comissão foi transferida para a próxima terça-feira (16/06) a discussão do Projeto de Lei 3047, de 2008, de autoria do deputado Sandes Júnior (PP-GO), que “altera a Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997, que define os crimes de tortura”, definindo como crime de tortura o constrangimento com violência, em razão de discriminação de gênero, violência contra a mulher, agravando a pena quando o crime é cometido em decorrência de relações de parentesco, casamento ou união estável. A matéria aguarda votação do parecer apresentado pelo deputado Luiz Couto (PT-PB) pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com Substitutivo.

Comissão de Seguridade Social e Família


CSSF debateu os efeitos decorrentes de anticoncepcionais
Realizada audiência pública destinada a debater a prescrição e os efeitos decorrentes do uso de anticoncepcionais hormonais. Durante o debate, Maria Esther de Albuquerque Vilela, Coordenadora Geral de Saúde das Mulheres do Ministério da Saúde, apresentou os critérios de elegibilidade dos anticoncepcionais hormonais estabelecidos pela Organização Mundial da Saúde e afirmou que estes são adotados no Caderno de Atenção Básica sobre Saúde Sexual e Reprodutiva desenvolvido pelo Ministério da Saúde. Maria Esther disse que os riscos de trombose diante do uso de anticoncepcionais são conhecidos desde a década de 60 e defendeu que os níveis de estrógeno e progestágeno tem sido reduzidos durante os anos com a comprovação do aumento de riscos da ocorrência de eventos adversos. Isso se deu visto que, segundo a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde da Criança e da Mulher (PNDS), de 2006, 61,8% das mulheres utiliza métodos anticoncepcionais, sendo a pílula o mais procurado (22,1%).

Daniel Roberto Coradi de Freitas, Superintendente Substituto de Fiscalização, Controle e Monitoramento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), alegou existir monitoramento de eventos adversos com o uso de contraceptivos, através dos NOTIVISA e de relatórios periódicos de Farmacovigilância. Segundo o convidado, a contraindicação do uso de contraceptivos na presença de histórico de trombose, entre outros fatores de risco, é divulgada pela Agência, que emitiu, em 2011 e 2013, comunicados de risco alertando as usuárias dos possíveis eventos adversos, além de ter criado o “Click Saudável”, uma plataforma digital cujo objetivo é “informar o usuário para decisões mais seguras sobre o uso de produtos para a saúde”. Daniel Freitas ainda divulgou o lançamento do monitoramento de risco por meio do projeto farmacovigilância estimulada, aplicado nos 209 hospitais da Rede Sentinelas da Anvisa, que objetiva avaliar riscos para a trombose e identificar dados relevantes que colaborem para o desenvolvimento de políticas de segurança para o uso de contraceptivos.

Rurany Ester, Coordenadora-Geral da Secretaria de Articulação Institucional e Ações Temáticas da Secretaria de Políticas para as Mulheres, lamentou a pouca divulgação dos efeitos e contraindicações do uso de métodos anticoncepcionais e afirmou que é necessária melhor qualificação dos profissionais de saúde, sobretudo dos médicos, para apresentar os riscos às pacientes e investigar possíveis fatores de risco nestas.

Adriana Scavuzzi Carneiro da Cunha, representante do Conselho Federal de Medicina, ressaltou os pontos positivos dos anticoncepcionais: alta eficácia (99,9%) na prevenção de gestações, controle do ciclo menstrual, prevenção e tratamento de acne e, entre outros, a redução na incidência de câncer de ovário, colo e endométrio. “É um consenso de que não existe recomendação para o rastreio sistemático de trombofilia antes da prescrição do método contraceptivo. […] à luz dos conhecimentos atuais, é recomendada a avaliação clínica e exame físico (das pacientes, antes de iniciarem o uso do anticoncepcional)”, segundo Adriana Scavuzzi, respeitando-se os critérios de elegibilidade da OMS e o quadro de cada mulher. Ainda, destacou a importância de se ampliar, de forma segura, o acesso e disponibilidade dos métodos anticoncepcionais.

Carla Simone Castro da Silva, representante do Coletivo “Vítimas de Anticoncepcionais – Unidas a Favor da Vida”, defendeu que “por menor que seja o risco, ele tem que ser comunicado” e afirmou que seu posicionamento não é contrário ao uso de métodos contraceptivos, ela, na realidade, cobra tratamento adequado às reações adversas derivadas do uso destes. Após sofrer trombose cerebral bilateral decorrente do uso de anticoncepcional hormonal, Carla enfrentou dificuldades para registrar ocorrência no NOTIVISA e para comunicar-se com a Ouvidoria da ANVISA e outras instituições, como o Ministério Público, a Secretaria de Políticas para as Mulheres e a Federação Brasileira de Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

O debate promovido na audiência pública, segundo ela, trata de uma “situação que foi exposta e ganhou peso nas redes sociais”; o Coletivo “Vítimas de Anticoncepcionais – Unidas a Favor da Vida” recebe diariamente cerca de cinco depoimentos de mulheres vítimas de efeitos adversos e tem, entre as principais reinvindicações, a realização do registro e divulgação dos efeitos adversos, além da atualização das estatísticas e a realização do exame para detecção da trombofilia, uma entre cinco mutações que aumentam os riscos de eventos adversos. De acordo com uma pesquisa realizada pelo coletivo, 92% das mulheres entrevistadas afirmaram não terem sido avisadas sobre os riscos decorrentes do uso de anticoncepcionais, 71% não sabia que estes aumentavam os riscos de trombose, enquanto 54% nunca havia ouvido falar sobre a doença.

Dentre os deputados que estiveram presentes na audiência, a deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) parabenizou Carla Simone por “não ter se calado quando colocaram a conta no acaso”, referindo-se à história da representante do Coletivo, e disse ser essencial a reflexão, na Câmara dos Deputados, de questões que muitas vezes passam despercebidas pelos órgãos e instituições responsáveis. Ainda, Mara Gabrilli destacou que não se pode negligenciar a informação e propôs que a Comissão apresentação uma indicação à ANVISA para a realização de uma pesquisa aprofundada sobre a questão.

O deputado Flavinho (PSB-SP) também se manifestou e expressou seu espanto diante dos casos, inclusive de óbito, apresentados por Carla Simone, e estarreceu-se pela deficiência na divulgação de informações. Já o deputado Mandetta (DEM-MS), a partir de sua experiência enquanto médico, sugeriu a criação de um convênio com instituições de ensino para o desenvolvimento de pesquisas acerca do uso de métodos anticoncepcionais e seus riscos, bem como sobre a burocratização do sistema ao qual os usuários tem acesso para enviar notificações sobre determinado medicamento, a fim de reconhecer os problemas e solucioná-los.

Senado Federal

Plenário


Projeto sobre inclusão de pessoas com deficiência segue para a sanção
Aprovado o Substitutivo da Câmara ao Projeto de Lei do Senado 6, de 2003, do senador Paulo Paim (PT-RS), que institui a Lei Brasileira da Inclusão da Pessoa com Deficiência. Na matéria consta também o direito ao trabalho, garantindo que as pessoas jurídicas tanto privadas quanto públicas ou de qualquer natureza estão obrigados a garantir ambientes de trabalho acessíveis e inclusivos. A matéria segue para sanção presidencial.

Comissão de Educação


Audiência Pública com o Ministro da Educação sobre FIES e PRONATEC
Realizada audiência pública com o ministro da Educação, Renato Janine, que afirmou na ocasião que, mesmo diante do corte de R$9,4 bilhões com o plano de ajuste fiscal do governo, pretende manter os projetos do Ministério da Educação em andamento. Foi divulgado que será realizada, ainda este ano, nova chamada para novos contratos no Fundo de Financiamento Estudantil (FIES), mas com alterações, por exemplo, nos critérios que determinam a prioridade de concessão de vagas. Assim como o FIES, o Programa Nacional de Ensino Técnico e Acesso ao Emprego (PRONATEC) também será reestruturado e terá suas verbas redistribuídas a fim de adequar-se ao orçamento de 2015. O PRONATEC é, segundo o Ministro, “um dos programas mais importantes lançados e criados nos últimos anos no País” e será dada continuidade ao plano de expansão da educação profissional, e as deficiências serão analisadas cuidadosamente a fim se serem sanadas para dar continuidade ao programa, que se destaca pelo seu importante caráter de inclusão, inclusive, social.

Comissão de Direitos Humanos


Comissão aprova projeto sobre liberação de FGTS
Aprovado o Projeto de Lei do Senado 11, de 2015, de autoria do senador José Medeiros (PPS-MT), para permitir a liberação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço do trabalhador que necessite executar projeto de acessibilidade em imóvel próprio. O parecer da relatora Fátima Bezerra (PT-RN) também conta com uma emenda propondo a alteração da expressão “portadores de necessidades especiais” por “pessoas com deficiência”, pois esta tem maior aceitação no tempo presente. A matéria segue para análise pela Comissão de Assuntos Econômicos.

Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher


Comissão debateu o aprimoramento da Lei Maria da Penha
Realizada audiência pública na Comissão Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher do Congresso Nacional para discutir a implantação das Casas da Mulher Brasileira em todo território nacional e avanços da Lei Maria da Penha e dificuldades na implantação de medidas destinadas à erradicação da violência.

Aparecida Gonçalves, Secretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres da SPM, defendeu que o combate à violência contra a mulher não deve acontecer com a ação de órgãos e indivíduos isolados, mas sim de maneira intersetorial e serviços especializados na justiça, na segurança pública, no Ministério Público, nos auxiliares administrativos para um atendimento mínimo de afinidade com o tema de violência contra a mulher. Destacou também a importância de empenho dos parlamentares a aprovação do projeto de lei que cria o Fundo Nacional de Enfrentamento à Violência contra a Mulher que tramita na Câmara dos Deputados, bem como da cobrança dos parlamentares e dos cidadãos para com os governadores de seus respectivos estados para a implantação da Casa da Mulher Brasileira e que seja designada mais verbas no orçamento para o combate à violência contra a mulher. Noticiou que seis Casas da Mulher Brasileira estão em andamento: em Boa Vista, Curitiba, Fortaleza, São Luís, São Paulo e Salvador.

Informou que até o momento apenas duas unidades da federação inauguraram a Casa da Mulher Brasileira. A primeira em Campo Grande – MS que desde 3 de fevereiro já realizou 2.600 atendimentos, contando com 61 profissionais entre delegados, promotores, psicólogas, defensores públicos e auxiliares. a segunda Casa foi inaugurada na semana passada em Brasília a DF.

Thiago Pierobom de Ávila, Coordenador do Núcleo de Gênero Pró-Mulher do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, em sua fala elogiou a instalação da Casa da Mulher em Brasília e fez algumas propostas para aprimoramento da Lei Maria da Penha:

– criminalizar a desobediência à ordem de medida protetiva de urgência;

– aperfeiçoar o sistema em relação à conduta de stalking (perseguição persistente);

– adotar mecanismos para simplificação do processo judiciário;

– criar um tipo penal para quem discrimina mulheres, pois o grande problema enfrentado pelo ministério público é não ter a figura típica de um crime de discriminação pelo fato de ser mulher. Recentemente, pela Lei do Feminicídio, se criou um agravante ao homicídio quando o crime é praticado em razão do sexo feminino, mas isso é específico para homicídio. Outras formas de discriminação ficam sem adequação típica.

Ana Cristina Melo Santiago, delegada de polícia do Distrito Federal e chefe da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher informou sobre o crescente número de ocorrências policiais envolvendo violência contra a mulher e as ações desenvolvidas pela delegacia. Alertou que o discurso precede o ato de violência e que o importante é difundir os direitos da mulher e orientá-la para não se submeter à violência doméstica e denunciar. Como sugestão de aprimoramento da Lei Maria da Penha apontou a necessidade de que as medidas protetivas sejam deferidas já na delegacia de polícia.

Casa da Mulher Brasileira reúne diversos serviços em um só espaço com o objetivo de atender a mulher vítima de agressão de forma integral e humanizada. Integra no mesmo espaço serviços especializados para os mais diversos tipos de violência contra as mulheres: acolhimento e triagem; apoio psicossocial; delegacia; Juizado; Ministério Público, Defensoria Pública; promoção de autonomia econômica; cuidado das crianças – brinquedoteca; alojamento de passagem e central de transportes.

Comissão Mista da Medida Provisória 670, de 2015


MP do Imposto de Renda segue para a Câmara
Aprovado o parecer da Medida Provisória 670, de 2015, para dispor sobre os valores da tabela mensal do imposto sobre a renda da pessoa física. O parecer conclui pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da medida provisória, bem como pelo atendimento dos pressupostos de relevância e urgência e pela adequação financeira e orçamentária; no mérito, pela aprovação da Medida Provisória nº 670, de 2015, na forma do Projeto de Lei de Conversão (PLV) que apresenta, e pela rejeição das emendas apresentadas. O PLV mantém o texto original e acrescenta dispositivo autorizando o Poder Executivo a conceder subvenção econômica em percentual ou valor do prêmio do seguro rural contratado no ano de 2014, na forma estabelecida no ato específico de que trata o art. 1º desta Lei, devendo a obrigação assumida em decorrência desta subvenção ser integralmente liquidada no exercício financeiro de 2015.

Comissão Mista da Medida Provisória 672, de 2015


Relator vota pela aprovação sem alterações
Apresentado o parecer do senador João Alberto Souza (PMDB-MA) é pela aprovação sem alteração da Medida Provisória 672, de 2015, que dispõe sobre a política de valorização do salário mínimo para o período de 2016 a 2019. A reunião foi suspensa após a leitura do parecer e está prevista a continuação para o dia 16/06, próxima terça-feira.

TRAMITAÇÕES

Câmara dos Deputados

1. Pareceres apresentados:

Remuneração dos Comerciários comissionistas
Projeto de Lei 7221, de 2014, de autoria do ex-senador Ruben Figueiró (PSDB-MS) e já aprovado pelo Senado Federal – PLS. 47/2013, propõe disciplinar as condições da remuneração dos comerciários vendedores que percebem remuneração à base de comissões.
Parecer: favorável à matéria com emenda que propõe a modificação ao art. 457-A para aprimorar a redação do § 6º incluindo a expressão “remuneração” quando se refere que o valor das comissões recebidas será registrado no “comprovante da remuneração mensal” do comerciário comissionista, e o aprimoramento de redação do § 8º com o fim de transcrever a Súmula 340 do TST para disciplinar o recebimento de hora suplementar pelo empregado comissionista.
Relator: Laércio Oliveira (SD-SE).
Comissão: de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP).

2. Relatores designados:

Divisão de férias em até três períodos
PL 7386/2006, do Senador Sérgio Zambiasi (PTB-RS), que dá nova redação ao art. 134 da CLT, que dispõe sobre a concessão de féria; a proposição pretende autorizar a divisão, em até três períodos de dez dias corridos, das férias, mediante acordo escrito, sendo este individual ou coletivo.
Relator: deputado Paes Landim (PTB-PI).
Comissão: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Resgate dos direitos do FGTS
PEC 13/2015, do deputado Uldurico Junior (PTC-BA) propõe a alteração do inciso XXIX do art. 7º da Constituição Federal, que trata sobre direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, a fim de estabelecer como 30 anos o prazo prescricional para reclamar o não-recolhimento dos valores destinados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Em 2014, este direito foi diminuído pelo STF de 30 para 5 anos.
Relator: Dep. Luis Tibé (PTdoB-MG).
Comissão: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

3. Voto em separado:

Saúde Bucal ao trabalhador
Projeto de Lei 422/2007, de autoria do deputado Flaviano Melo (PMDB-AC), altera artigos da CLT relativos à segurança e medicina do trabalho, para a inclusão da saúde bucal entre as normas de proteção à saúde do trabalhador.
Voto em separado: voto pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei 422, de 2007.
Autor: deputado Lincoln Portela (PR-MG).
Comissão: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Litigância de má-fé no ambiente de trabalho
Projeto de Lei 7769/2010, de autoria da deputada Gorete Pereira (PR-CE), acrescenta dispositivos à CLT a fim de dispor sobre a responsabilidade das partes e de seus procuradores por litigância de má-fé.
Voto em separado: voto pela inconstitucionalidade, injuridicidade e má técnica legislativa do Projeto de Lei 7769, de 2010, e, no mérito, pela sua rejeição.
Autor: deputado Wadih Damous (PT-RJ).
Comissão: de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Prazo de tramitação de processos trabalhistas
Projeto de Lei 5347/2013, de autoria da deputada Gorete Pereira (PR-CE), propõe, com o acréscimo de parágrafo único ao art. 765 da CLT, que decorridos oito anos de tramitação do processo trabalhista sem que a ação tenha sido levada a termo o processo será extinto, com julgamento de mérito por decurso de prazo.
Voto em separado: voto pela aprovação do Projeto de 5.347, de 2013, nos termos do substitutivo apresentado junto ao voto e que propõe a prescrição intercorrente do processo trabalhista na Justiça do Trabalho.
Autor: deputado Silvio Costa (PSC-PE).
Comissão: de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP).

AÇÕES DA ASSESSORIA

CNTC em busca de recálculo do fator previdenciário
A CNTC, com a participação do diretor de assuntos previdenciários, Ronaldo Nascimento, realizou contato com o deputado Paulo Feijó (PR-RJ) para articular a agilização de tramitação do PL 5668/2009 e apensados, que permite o recálculo do fator previdenciário do trabalhador em atividade. A matéria está parada na Comissão de Seguridade Social e Família e a CNTC lutará por esse benefício.

CNTC já articula sobre terceirização
A CNTC, por meio do diretor Social de Assuntos Legislativos, Zé Francisco, entrou em contato com o senador Paulo Rocha (PT-PA) para iniciar as tratativas sobre ações a serem implementadas na tramitação do PLC 30/2015 (antigo PL 4330/04), que regulamenta a terceirização. A CNTC busca a garantia dos direitos trabalhistas ainda não alcançados na matéria.

Brasília-DF, 12 de junho de 2015



Cláudia Fernanda Silva Almeida
Sheila Tussi Cunha Barbosa
Letícia Tegoni Goedert