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Acontece no Congresso – 11 de setembro a 15 de setembro de 2017

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 11 de setembro a 15 de setembro de 2017

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira
Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa
Analistas de Relações Institucionais: Fernanda Silva,
Janaína Arlindo Silva e Samuel Pereira
Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo

 

Conjuntura Política


REFORMA POLÍTICA: a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 77, de 2003, que altera o sistema de votação de deputados, vereadores e ainda cria um fundo público para custear as campanhas eleitorais, não obteve consenso no plenário da Câmara dos Deputados. A mesma situação aconteceu com a PEC 282, de 2016, que dita as normas para as coligações.

A sessão dessa última quarta (13) acabou por falta de quórum e acordo onde os partidos médios e pequenos, que não concordaram com o acordo feito entre PP, PDT, PMDB, PT e PSDB acerca das emendas aglutinativas, que pretendiam criar um “distritão misto” para a eleição de deputados de 2018.Isso significa dizer que, os mais votados venceriam, seria possível voto no partido, que por meio de regulamentação receberiam o percentual desses votos. Na semana passada havia acordo sobre as coligações e cláusula de desempenho.

Ainda foram propostas emendas a fim de permitir o financiamento público de campanhas, com valor a ser definido via lei orçamentária. A apresentação das referidas emendas provocou falas do tipo “quebra de decoro” e “massacre dos partidos pequenos médios e pequenos” e diante da dificuldade em aprová-las os autores retiraram as emendas e os deputados tentaram votar a proposta aprovada na comissão especial, porém sem sucesso, tendo em vista o esvaziamento da sessão.

REFORMA TRABALHISTA: foi apresentada pela Procuradora-Geral da República (PGR) uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5766 ajuizada no Supremo Tribunal Federal (STF). Essa ação tem como objetivo declarar a inconstitucionalidade de vários itens da Lei da Reforma Trabalhista (Lei nº13.467/2017) e assim suspender as seguintes expressões:

  1. a) da expressão “ainda que beneficiária da justiça gratuita”, inserida no caput, e do § 4º do art. 790-B da CLT; b) da expressão “desde que não tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, ” no § 4º do art. 791-A da CLT; c) da expressão “ainda que beneficiário da justiça gratuita, ” no § 2º do art. 844 da CLT.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que ajuizou o pedido argumenta que as normas constantes na Reforma Trabalhista violam as garantias constitucionais de amplo acesso à jurisdição e a assistência judiciária integral aos que necessitam.

Pelo ministro relator, Luís Roberto Barroso, foi proferido despacho inicial determinando a oitiva dos presidentes da Câmara, Senado e da República e da Advocacia Geral da União, e somente após essas respostas é que decidirá sobre o pedido de medida cautelar.

CENÁRIO POLÍTICO: essa é aquela semana em que se vê muita fumaça e pouco fogo, ou seja, acontece tudo e ao mesmo tempo nada. Se por um lado o presidente Michel Temer e novamente denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR), ocorreu ainda a prisão dos irmãos goianos Batista (aqueles da Friboi), a delação do doleiro Funaro, o novo depoimento de Lula ao juiz Moro, que demonstra como um amigo e maiores inteligências políticas do país, Palocci (fala de Lula), passa a ser inimigo e recebe os adjetivos de simulador, calculista e frio (novamente fala de Lula).

Ainda foram destaque a reavaliação da condenação de José Dirceu, que acabou tendo a pena aumentada. Um estranhamento no Salão Verde na Câmara entre o vice-presidente da Câmara Fábio Ramalho (PMDB-MG) e o ministro da Secretaria de Governo Antônio Imbassahy (PSDB-BA). Essa discussão demostra a fragilidade na relação da Presidência da República com o Congresso e por último (até o momento) aconteceu na quinta (14) busca e apreensão da Polícia Federal na residência do Ministro da Agricultura, Blairo Maggi e no gabinete do deputado Ezequiel Fonseca (PP-MT) na Câmara, fora de Brasília a Polícia Federal cumpre diligências em outras Casas Legislativas.

Parece que os últimos acontecimentos políticos em Brasília ou melhor os derradeiros episódios na política são policiais com prisões, delações e o aparecimento de corrupção envolvendo toda a casta política, tem paralisado os parlamentares que estão agindo como se estivessem brincando do jogo pega varetas, onde a próxima vareta retirada pode derrubar todas as outras. Com isso, as ações nas comissões e nos plenários da Câmara e do Senado são vagarosas e nada relevante é votado

EDIÇÃO DE MEDIDA PROVISÓRIA SOBRE A REFORMA TRABALHISTA:  o grupo de trabalho formado pela Casa Civil para elaborar a MP sobre o acordo firmado com o líder do governo no Senado, senador Romero Jucá, já tem um rascunho da medida provisória a qual está sendo avaliada por setores técnicos da Casa Civil e há orientação expressa do Ministro da pasta, para que não haja divulgação da íntegra da MP até que um acordo seja firmado sobre o assunto com os parlamentares do Congresso Nacional.

Câmara dos Deputados

Comissão de DesenvolvimentoEconômico, Indústria ,Comércio e Serviços (CDEICS)


A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS), da Câmara dos Deputados, aprovou nesta quarta-feira (13), o requerimento 124/2017, do deputado Adail Carneiro (PP-CE), referente ao Projeto de Lei nº 7.914, de 2017, que requer a realização de audiência pública para debater a proibição de diferenciação de preços, em razão do gênero do consumidor, em casas noturnas e estabelecimentos similares. Clique aqui e saiba mais.

Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher


A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher aprovou requerimentos importantes nesta quarta (13). São eles:

REQ 65/2017, da deputada Rosangela Gomes (PRB-RJ), para realização de Audiência Pública, conjunta com a Comissão de Educação, a fim de discutir o Projeto de Lei nº 1.842, de 2015, que dispõe sobre os crimes de estupro e de estupro de vulnerável, e tipifica os delitos de atentado violento ao pudor e de atentado violento ao pudor de vulnerável.

-REQ 66/2017, da deputada. Rosangela Gomes (PRB-RJ), para realização de Audiência Pública, conjunta com a Comissão de Educação, com o objetivo de discutir o Projeto de Lei nº 4.749, de 2016, que tipifica a conduta do parente da vítima, consanguíneo ou por afinidade, do médico, da autoridade religiosa, do professor ou do responsável por estabelecimento de atenção à saúde e de ensino que deixa de comunicar à autoridade competente os casos de que tenha conhecimento, envolvendo suspeita ou confirmação de maus-tratos ou de abuso sexual contra criança ou adolescente, além de exacerbar a punição desses delitos caso praticados no âmbito de instituição de saúde, religiosa, educacional, de assistência social ou recreativa, públicas ou privadas”.

-REQ 68/2017, da deputada Erika Kokay (PT-DF) e outros, com o fim de realizar audiência pública, para debater recomendação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), sobre a aplicação das práticas da Justiça Restaurativa em casos que envolvam violência doméstica contra a mulher“.

Leia o teor completo dos requerimentos clicando aqui.

As datas das audiências públicas serão futuramente designadas.

 

Senado Federal

Comissão de Assuntos Econômicos


A Comissão de Assuntos Econômicos aprovou nesta terça-feira (12) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal, o relatório concluindo pela rejeição do Projeto de Lei do Senado 404, de 2015, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS). A proposição visa estabelecer que as empresas com 100 ou mais empregados ficam obrigadas a oferecer, no mínimo 15% das vagas de seus quadros de pessoal a trabalhadores com idade igual ou superior a 45 anos. Clique aqui e saiba mais.

Foi aprovado também o relatório do senador Cristovam Buarque (PDT-DF) ao Projeto de Lei do Senado 241, de 2014, de autoria da senadora Ana Rita (Fora de Exercício -ES). A matéria objetiva alterar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para determinar que cinquenta por cento das vagas obrigatórias para fins de aprendizagem sejam preenchidas por jovens em situação de trabalho infantil ou em risco de envolvimento com as piores formas de trabalho infantil ou que estejam cumprindo medidas socioeducativas. Atualmente a CLT não estabelece um percentual mínimo de contratação. Clique aqui e saiba mais.

Brasília-DF, 15 de setembro de 2017.