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Aconteceu na última terça-feira (18/10) audiência pública na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) para discutir a situação atual do desemprego no país e a garantia de direitos trabalhistas. A audiência é fruto do requerimento n° 150/16, de autoria do deputado Vicentinho (PT/SP).

O debate se faz atual em razão do elevado nível de desemprego e a fragilidade que se encontra a economia nacional. Segundo a última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) a taxa de desemprego está em 11,8%, o que corresponde a 12 milhões de trabalhadores em situação de desemprego.

Nessa rodada de debates estiveram presentes os representantes de trabalhadores expondo suas percepções sobre o cenário de deterioração do mercado de trabalho.

Para Eduardo Araújo de Souza, presidente do Sindicato dos Bancários de Brasília, a crise econômica proporciona a pressão por salários cada vez mais baixos ao ocorrer a substituição de trabalhadores com salários mais altos por outros com salários inferiores. Araújo exemplificou o contexto do emprego no setor financeiro. A tecnologia vem reduzindo o número de postos de trabalho nas agências, sendo este um dos principais desafios no mundo do trabalho.

O sindicalista aproveitou para criticar a elevada taxa básica de juros. Para ele a taxa é responsável pelo aumento do desemprego no país, pois inibe o nível de investimento e o consumo.

Para Mário Lacerda, representando a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, o ajuste fiscal é um convite para a classe trabalhadora “pagar a conta” da crise da econômica. Lacerda fez duras críticas à atuação do Legislativo contra os direitos trabalhistas e incentivou os outros dirigentes sindicais a acompanhar com atenção os projetos de leis formulados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal para proteger os trabalhadores brasileiros.

Segundo Moacyr Roberto, secretário geral da Nova Central Sindical de Trabalhadores, estão em tramitação no Congresso Nacional 55 Projetos de Lei que colocam em risco os trabalhadores, sendo eles a terceirização e o negociado sobre o legislado. Moacyr condenou a realização dos últimos eventos esportivos no país, pois demandaram um grande investimento público, entretanto não gerou resultado positivo para a classe trabalhadora.

O representante da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, Flauzino Antunes, considerou o ajuste fiscal em exercício como destinado para atender o mercado financeiro. Cobrou ainda a união do movimento sindical para conscientizar a população contra o desmonte dos direitos trabalhistas.

Relações institucionais da CNTC

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