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O Seminário em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS), realizado em conjunto pela Fecosul, CTB-RS e FETAG-RS, nesta terça-feira (17/4), culminou com a entrega de um documento ao governador do Estado, Tarso Genro, com as reivindicações dos trabalhadores rurais e urbanos.
Ao lado do presidente da Fecosul e CTB-RS, Guiomar Vidor, a coordenadora estadual das mulheres rurais e conselheira estadual de saúde, Inque Schneider, resumiu o conteúdo da carta. “Nós reivindicamos o fortalecimento dos hospitais regionais a fim de evitar a corrida das nossas ambulâncias aos hospitais de Porto Alegre. Pedimos também a criação de centros de recuperação dos dependentes químicos no interior e, acima de tudo, a luta pela aplicação dos 12% na saúde, conforme determina a Constituição”.
Em resposta o governador revelou que pretende, no máximo em dois anos, cumprir o que determina a Lei. “Quero fazer um pedido para vocês, que é muito importante. Neste momento nós estamos começando a discutir a reestruturação da dívida dos estados com o Governo Federal. E uma das possibilidades que nós aventamos para chegarmos rapidamente aos 12% para a saúde é que o percentual incidente sobre a receita líquida do Estado não recaia sobre os 12% destinados à saúde. Isso nos dará a possibilidade de, rapidamente, eu diria em dois anos provavelmente, de chegarmos aos 12% determinados pela Lei. Vou à Brasília nesta quarta-feira (18/4) e o tema central da minha ida é a discussão da dívida, na tentativa de sua repactuação e nós estamos aventando várias possibilidades para reduzir o percentual, que hoje é de 14,5%. Nós repassamos para o governo federal R$ 2,3 bilhões por ano, um absurdo! Se nós conseguirmos reduzir o percentual sobre a dívida, no máximo em dois anos estaremos aplicando os 12% para a saúde. Será uma revolução”, projetou Tarso Genro.
Guiomar Vidor, considerou que o objetivo do Seminário foi plenamente alcançado. “O que hoje diferencia a CTB-RS, a Fetag-RS e a Fecosul é que, além de propiciar o debate e a formação dos filiados de nossos 130 sindicatos, nós queremos a transformação daquilo que está errado. E por isso hoje fomos em caminhada até o Palácio Piratini, ao em encontro do governador, para cobrar as mudanças que achamos necessárias para o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS), porque hoje as dificuldades, principalmente na área rural é relevante. Por isso, nós precisamos que cada vez mais o Estado invista no que está fixado na Constituição de 1988 e na Constituição do Rio Grande do Sul, que é o cumprimento do percentual mínimo estabelecido para a saúde no orçamento” disse o presidente da Fecosul.
O I Seminário do SUS reuniu cerca de 400 pessoas, durante as atividades ao longo do dia, que contou com palestras de Neio Lúcio Fraga Pereira, diretor do Grupo Hospitalar Conceição; Elemar Sand, secretário-adjunto da Secretaria Estadual da Saúde e Paulo Humberto Silva, presidente do Conselho Estadual de Saúde. Eles se manifestaram sobre Regulação de Leitos e a Não-privatização do SUS.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Fecosul
