Marcha do Fórum Social Mundial Palestina Livre reune 6 mil pessoas

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04/12/2012

Marcha do Fórum Social Mundial Palestina

A Fecosul, CTB/RS, outras centrais sindicais, movimentos sociais, entidades e ativistas de 36 países se reuniram, na tarde da quinta-feira (29/12), na marcha de abertura do Fórum Social Mundial Palestina Livre, que reuniu 6 mil pessoas em defesa o povo palestino.

Concentrados no Largo Glênio Peres, no centro da cidade, os manifestantes traziam faixas, bandeiras e camisetas que criticavam a “violência praticada por Israel”. Entre gritos de alerta, um dos pontos centrais das reivindicações foi a questão do reconhecimento do território palestino como Estado.

Antes da marcha do Fórum sair pelas ruas, a 17ª Marcha dos Sem, organizada pela Coordenação dos Movimentos Sociais do RS, que teve início duas horas antes, e o CPERS, que realizava um protesto, juntaram-se ao movimento em prol da Palestina.

Na mesma hora da manifestação a ONU votava, em assembleia Geral, exatamente a questão de transformar a Palestina de entidade observadora para Estado observador.

Na chegada na Usina do Gasômetro, ponto final da marcha, integrantes das centrais sindicais, entidades e as principais forças políticas da sociedade civil brasileira e palestina discursaram.

O presidente da Fecosul e da CTB/RS, Guiomar Vidor, declarou que a luta do povo palestino ‘é a nossa luta’. “Essa luta por uma Palestina livre é nossa luta. Quero agradecer a todos que estão fazendo parte dessa manifestação, que não é só de defesa da Palestina, mas de defesa da liberdade e igualdade entre todos. Nós queremos a paz no mundo, é por isso que lutamos”, disse Vidor.

Em discurso em árabe com tradução simultânea, Omar Assaf, coordenador do Comitê Organizador Palestino do fórum, dedicou a marcha a todos os mártires palestinos que lutaram pela liberdade desde o ex-líder Yasser Arafat em 2004. “Vocês são parte da nossa gente e companheiros de luta. Vocês são a barreira que vai impedir o massacre do povo palestino por Israel”, convocou ele, ao agradecer os brasileiros pela organização do evento.

ONU

A votação, que transformou a Palestina de entidade observador para Estado observador, teve aprovação de 138 votos dos 193 da Assembleia-Geral. Nove países votaram contra e 41 se abstiveram. O status de Estado observador é semelhante ao do Vaticano e ainda não dá o direito a voto. Mas, já lhe dá o direito de participar de comissões especiais e recorrer ao Tribunal Penal Internacional (TPI), apresentando denúncia contra os abusos do governo israelense. Desde 1974, os palestinos eram representados pela OLP (Organização para Libertação da Palestina), que tinha o status de entidade observadora.

O reconhecimento foi comemorado em todo mundo, principalmente entre os palestinos, na Cijordânia.

A Fecosul e a CTB/RS participam da organização do Fórum, juntamente com outras centrais sindicais, movimentos sociais, representantes da comunidade árabe internacional e entidades que lutam pela causa Palestina. Ao longo de todo o evento, que vai até o dia 1 de dezembro, diversos debates, palestras, oficinas, todas atividades autogestionadas por organizações estarão abordando as diversas estratégias de resistência.

Fonte: Assessoria Fecosul