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O que houve?

Realizado hoje (29/11) pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CMulher), Seminário sobre Mulheres, Violências e Mídias Sociais: como prevenir e combater crimes contra a mulher na Internet.

Dentre as expositoras destacamos as seguintes falas:

Juliana Cunha, Coordenadora de serviço de orientação para meninas e mulheres que sofreram violência na Internet, da ONG SaferNet Brasil, iniciando sua fala explicando o objetivo da ong que foi criada em 2005, com foco na promoção e defesa dos Direitos Humanos na Internet no Brasil, disponibilizando um serviço online gratuito único e inédito no Brasil para orientar crianças, adolescentes, pais e educadores que estejam enfrentando dificuldades e situações de violência em ambientes digitais, a exemplo dos casos de intimidações, chantagem, tentativa de violência sexual ou exposição forçada em fotos ou filmes sensuais.

Apresentou o canal HelpLine Brasil para acesso aos internautas brasileiros para obter informações e ajuda em tempo real com a equipe de Psicólogos da SaferNet Brasil. Oferece também o um serviço de recebimento de denúncias anônimas de crimes e violações praticados na Internet, contanto com procedimentos efetivos e transparentes para lidar com as denúncias. Dentra as múltiplas denuncias o que sobressai são: apologia e incitação a crimes contra a vida; homofobia, xenofobia, pornografia infantil, racismo, neo nazismo, tráfico de pessoas e intolerância religiosa.

A Ong investe na educação para as boas escolhas online, na defesa do conhecimento e da informação como elementos indispensáveis para a construção de uma internet mais livre e segura.

Joyce Prestes, representante da Ong Think Olga, que é uma ong feminista que tem o objetivo de empoderar mulheres por meio da informação e retratar as ações delas em locais onde a voz dominante não acredita existir nenhuma mulher. Afirmou que a ong luta para que as mulheres possam ter mais escolhas, e que façam suas escolhas de maneira informada e consentida, sem que tenham que pedir desculpas por tais decisões.

Janara Kalline Sousa, coordenadora do projeto sobre violência online de gênero e os direitos das meninas no GDF/UnB, em sua fala informou que é professora da Faculdade de Comunicação da UnB e coordena o projeto “Escola de App: enfrentando a violência online contra meninas”. Afirmou que por pesquisa em matérias de jornais o grupo apurou que houve 500 casos de pornografia de vingança que consiste na publicação de imagens sem o consentimento da menina ou mulher com o fim de constrange-la, humilha-la e puni-la publicamente. Outro dado alarmante foi 127 casos de meninas e mulheres que cometeram suicídio em decorrência de exposição humilhante na internet. Pelo projeto que desenvolve o grupo são criados meios de proteger a mulher contra os meios de abuso na internet, com medidas para promover o empoderamento da mulher.

Por fim afirmou que também ocorrem muitos casos de estupro virtual, quando o homem faz chantagem para a mulher ou menina ameaçando-a de publicar imagens de nudez caso ela não enviasse mais imagens em situações íntimas.

 

Relações Institucionais da CNTC

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