Pernambuco: Pleno Emprego ou utopia?

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29/06/2012

Valmir de Almeida Lima

2o. Vice-Presidente da CNTC

O que se observa na Federação dos Empregados no Comércio de Bens e Serviços do Norte e do Nordeste – Feconeste – é justamente o contrário do que é defendido pelo “Pleno Emprego”. A entidade, sediada na Avenida Mario Melo, em Recife, é testemunha de centenas de trabalhadores no comércio de bens e serviços que comparecem semanalmente com o objetivo de homologar suas rescisões contratuais.

Nunca ocorreu, anteriormente, tamanho volume de homologações como agora. Aqui não se observa o tão decantado “Pleno Emprego no Estado de Pernambuco”. Uma realidade que contradiz ao que se publica em toda a imprensa do Estado.

O volume, infelizmente, muito grande de homologações superlota o expediente da Federação todos os dias da semana. Devido a essa demanda foi preciso deslocar o contingente de trabalhadores para o auditório, com melhores instalações e com capacidade para cem pessoas. Ou está ocorrendo uma migração do trabalhador do comércio para as oportunidades que se divulgam nas indústrias em implantação ou o pleno emprego é apenas uma falácia.

Torna-se ainda mais intrigante ao constatar que a maior parte dos trabalhadores que solicita os serviços da Federação já possui mais de um ano de carteira assinada. Uma vez que não está se levando em consideração os trabalhadores com menos de um ano de serviço e que são em números muito maiores. Pois é sabido que o rodízio de trabalhadores no comércio sempre foi muito grande.

Outro ponto em destaque é o fato de que todos os Sindicatos de Trabalhadores do Recife e Região Metropolitana também fazem homologação, não apenas a Federação. Além da própria SRT-Superintendência Regional do Trabalho, que vem atuando com seu setor de homologação superlotado.

Fica o questionamento para reflexão: onde está o Pleno Emprego tão decantado? A resposta, deixamos para que os sociólogos/economistas explicarem tal fenômeno, pois o que vemos na prática é muito preocupante.