Tráfego de passageiros corporativos cairá “drasticamente” na Copa

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22/01/2014

O tráfego de passageiros corporativos durante a Copa do Mundo, a ser realizada entre 12 de junho e 13 de julho no país, deverá cair “drasticamente”, segundo Eduardo Sanovicz, presidente da Associação Brasileiras das Empresas Aéreas (Abear).

Durante coletiva de imprensa realizada na manhã de hoje, Sanovicz disse que tanto situações de aquecimento quanto de retração do mercado ocorrerão no mês do evento esportivo, variando conforme os dias de jogos do Brasil.

“É possível alguma sobrecarga ocasional em alguns aeroportos das cidades-sede”, afirmou. “Nos aeroportos que não ficarem 100% prontos, haverá desconforto aos passageiros”, disse.

Sanovicz afirmou que não há previsão sobre como vão se comportar as tarifas aéreas na Copa do Mundo. Segundo ele, após a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para quase 2 mil voos extras, as pessoas têm encontrado passagens mais baratas no momento. “Mas não tem como afirmar o que vai acontecer em julho e agosto. Este é um mercado dinâmico e altamente competitivo”, afirmou.

Para o presidente da Abear, o grande mérito histórico do setor aéreo é o fato de o preço médio das tarifas ter caído pela metade desde 2003 – primeiro ano da liberdade tarifária – até agora.

Segundo a Abear, as estatísticas dos últimos meses trazem os primeiros sinais de recuperação no médio e longo prazos. Para este ano, a associação estima crescimento de 7,5% na demanda.

Dezembro

A oferta doméstica das companhias aéreas em dezembro cresceu 10,8% em relação a novembro. Na mesma comparação, a demanda, avançou 10,5%, segundo a Abear. Com isso, o fator de aproveitamento (Prask) ficou em 79,1%, o que indica uma queda de 0,23 ponto percentual.

Em dezembro, o total de passageiros aumentou 4,5% frente a novembro, para 9,6 milhões. A fatia de mercado da TAM ficou em 38,1% no último mês do ano, enquanto a da Gol foi de 37,5%.

Na comparação com dezembro de 2012, o último mês de 2013 apresentou um avanço de 5,8% na oferta e de 7,5% na demanda.

A taxa de ocupação dos voos cresceu 1,4 ponto percentual no mesmo intervalo.

Fonte: Valor Econômico