Acontece no Congresso

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Acontece no Congresso – 03 e 07 de julho de 2017.

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 03 e 07 de julho de 2017.

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira
Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa
Analistas de Relações Institucionais: Letícia Goedert, Fernanda Silva,
Janaína Arlindo Silva e Samuel Pereira
Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo

 

Conjuntura Política


O governo conseguiu aprovar a Reforma Trabalhista na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), mas passa por momentos de incerteza com seus aliados dias antes da votação da matéria no Plenário do Senado Federal. Segundo o monitoramento do governo, o número de senadores favoráveis ao projeto tem diminuído, o que deixa a votação mais apertada, gerando preocupação ao Presidente Temer. O líder do governo na Casa, senador Romero Jucá (PMDB-RR), tem trabalhado para conquistar votos de senadores que ainda não decidiram seus votos.

Esta semana a acusação contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) foi arquivada no Conselho de Ética do Senado Federal e a questão tem gerado discórdia dentro do partido, uma vez que, pelos bastidores, comenta-se que o arquivamento só foi possível porque o governo negociou votos pela Reforma Trabalhista. A instabilidade do governo, porém, vai além da votação da Reforma Trabalhista. O presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), declarou esta semana que o partido tem evoluído para sair da base do governo de Temer.

Outra especulação dentro do cenário político, diante da contínua perda de apoio e rejeição popular do atual presidente, é a possibilidade de o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, assumir a Presidência caso Temer seja afastado. Esta possibilidade ganhou forças durante a semana, já que a Câmara dos Deputados deu início à análise da denúncia contra o Presidente Temer.

Câmara dos Deputados

Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF)


A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) aprovou na terça-feira (4) o Requerimento nº 555, de 2017, da deputada Júlia Marinho (PSC-PA), pela realização de Audiência Pública, em conjunto com a Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, com o objetivo de apresentar as inovações tecnológicas do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS em virtude das comemorações dos 27 anos do Instituto.

Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS)


Na reunião desta quarta-feira (5), a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) aprovou o PL 5543/2016, de autoria do deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), que dispõe sobre a inclusão da Semana de Inclusão da Pessoa com Deficiência no Trabalho e no Emprego. Leia mais aqui.

Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP)


Nesta quarta-feira (5), a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público (CTASP) aprovou o Projeto de Lei 4138, de 2015, do deputado Rômulo Gouveia (PSD-PB), que acrescenta dispositivo à Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para dispor sobre a responsabilidade do empregador que não fiscaliza o uso de Equipamento de Proteção individual (EPI). O voto em separado apresentado pela deputada Gorete Pereira (PR-CE) foi aprovado por unanimidade. O projeto segue agora para a Comissão de Cidadania e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC)


A Comissão de Constituição e Justiça e da Cidadania (CCJC) discutiu nesta quarta-feira (5/7) o relatório do deputado Patrus Ananias (PT-MG) ao PL 2176/2015, de autoria do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que pretende alterar a contagem de prazos em ação trabalhista. O projeto cumpre prazo de vista e deve retornar à pauta para ser votado nas próximas semanas. Leia mais aqui.

Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CMULHER)


Foi aprovado em reunião nesta semana o Projeto de Lei 7181, de 2017, da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), para instituir o programa Patrulha Maria da Penha e inserir a proteção à mulher em situação de violência doméstica e familiar como atividade imprescindível à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio.

Também foi aprovado o Projeto de Lei 2805, de 2015, da deputada Erika Kokay (PT-DF), que dispõe sobre a inclusão anualmente, na programação pedagógica das escolas da rede de educação básica do País, do debate sobre o tema do combate à violência contra a mulher.

 Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa (CIDOSO)


A Comissão do Idoso aprovou nessa semana o Requerimento nº 57 de 2017, da deputada Leandre (PV-PR), pela realização de audiência pública para debater sobre a inclusão e reinclusão da pessoa idosa no mercado de trabalho; e o Requerimento nº 58, de 2017, do deputado Gilberto Nascimento (PSC-SP), para a realização de Audiência Pública, em conjunto com a Comissão de Seguridade Social e Família e a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência, com o objetivo de apresentar as inovações tecnológicas do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS em virtude das comemorações dos 27 anos do Instituto. Os eventos acontecerão em data a determinar, conforme o calendário da comissão.

 

Senado Federal

Plenário


O Plenário do Senado Federal aprovou na terça-feira (4) a urgência de tramitação da Reforma Trabalhista, após a proposta ter sido aprovada na Comissão de Cidadania, Justiça e Constituição na semana anterior.

Na Comissão de Consituição, Justiça e Cidadania o relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) saiu vencedor, com com 16 votos a favor, 9 votos contrários e 1 abstenção, do senador Lasier Martins (PSD-RS), que apresentou voto em separado pela aprovação da matéria com emendas. Também na CCJ, o senador Romero Jucá, também líder do governo, anunciou que o Presidente Temer assumiu o compromisso de lançar Medida Provisória para corrigir pontos criticados pelos senadores na Reforma Trabalhista. Relembre como votaram os senadores na CCJ clicando aqui.

Com a aprovação da urgência, na quarta (5) e quinta-feira (6) o Plenário do Senado se dedicou à discussão da proposta da Reforma Trabalhista. Participaram da discussão senadores da oposição e da base aliada do governo, apontando seus posicionamentos sobre a matéria. Para ler mais sobre a disucssão da quarta-feira, clique aqui; e sobre a discussão de quinta-feira, aqui.

A expectativa é de que o Plenário do Senado Federal vote a Reforma Trabalhista na próxima terça-feira (11).

Brasília-DF, 7 de julho de 2017.





Acontece no Congresso – 19 a 23 de junho de 2017

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 19 a 23 de junho de 2017

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira
Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa
Analistas de Relações Institucionais: Letícia Goedert, Fernanda Silva,
Janaína Arlindo Silva e Samuel Pereira
Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo

Este Informe sintetiza os acontecimentos no Legislativo de 19 a 23 de junho de 2017.

Conjuntura Política


O governo tem garantido o avanço da Reforma Trabalhista no Senado Federa, mas sua fragilidade e instabilidade tem ficado cada vez mais evidentes no cenário político. Nesta semana, a Comissão de Assuntos Sociais rejeitou o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) à proposta, o que representa uma derrota política grande, já que o governo contava com aprovação fácil do PLC 38/2017 em todas as comissões. A rejeição aconteceu por que senadores da base do governo surpreenderam e votaram contra a proposta.

O resultado pegou o governo de surpresa e especula-se que o Presidente Temer, quando retornar de sua viagem oficial à Rússia e Noruega, deve fazer “pente fino” sobre sua base aliada no Congresso Nacional, já que PSD, PMDB e PSDB, por exemplo, já manifestaram haver posições divergentes sobre o governo entre seus membros. Senadores já alegam que o Presidente tem feito retaliações contra os votos dissidentes em sua base.

O “pente fino” é para tentar garantir o apoio dos senadores nas próximas semanas em que a Reforma Trabalhista, foco principal do governo no momento, seja aprovada na CCJ e no Plenário do Senado Federal.

Câmara dos Deputados

O clima na Câmara dos Deputados nesta semana foi de calmaria. Pelas festas de São João no Nordeste, esta época do ano na Casa é considerada mais tranquila e grande parte das Comissões encerraram seus trabalhos por termo e sem deliberar itens.

Enquanto isso, a Reforma da Previdência continua adormecida na Câmara dos Deputados. Com a perda de força, o governo tem tido ainda mais dificuldades de garantir os votos mínimos necessários para a aprovação da proposta na Casa. Por se tratar de Proposta de Emenda Constitucional, a Reforma da Previdência precisa receber pelo menos 3/5 dos votos, ou seja, 308 votos favoráveis, em dois turnos de votação para ser aprovada.

 

Senado Federal

Comissão de Assuntos Sociais


A Comissão de Assuntou Sociais (CAS) dedicou-se nesta semana à votação da Reforma Trabalhista, que foi relatada pelo senador Ricardo Ferraço, que também relatou a matéria na CAE. O relator seguiu o mesmo comportamento adotado anteriormente e apresentou seu voto pela aprovação do PLC 38/2017 e rejeição de todas as emendas apresentadas.

A grande surpresa na CAS foi a rejeição do relatório apoiado pelo governo e sua base no Senado. Em votação apertada, a oposição conseguiu derrubar na CAS o voto do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e aprovou, como opinião da comissão, o voto em separado do senador Paulo Paim (PT-RS), pela rejeição do PLC 38/2017. Para ler mais sobre a votação, clique aqui.

Veja a seguir como votou cada senador na CAS:

O resultado representa uma forte e inesperada derrota política do governo com um dos projetos postos como prioridade por Temer, além de demonstrar que os evento recentes envolvendo o governo abalaram sua capacidade de articulação e sua força para aprovar sua pauta.

Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania


A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) reuniu-se esta semana para a leitura do relatório do senador Romero Jucá (PMDB-RR) à Reforma Trabalhista. O voto do relator é pela aprovação do PLC 38/2017, sem qualquer alteração. O relatório segue a mesma linha adotada pelo relator nas outras comissões por onde passou a Reforma Trabalhista e expõe a estratégia adotada pelo governo para que a matéria seja aprovada mais rapidamente.

Os ânimos ficaram exaltados antes da leitura, enquanto os senadores buscavam entrar em acordo sobre o procedimento a ser adotado na CCJ. Ficou decidido que na próxima terça-feira (27) serão realizadas audiências públicas solicitadas pelos senadores da oposição e que a votação do projeto será no dia 28, respeitando-se um tempo razoável para a leitura dos votos em separado e discussão da Reforma Trabalhista. Para ler mais informações, clique aqui.

 

 

 

Brasília-DF, 23 de junho de 2017



Acontece no Congresso – 5 a 9 de junho de 2017

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 5 a 9 de junho de 2017

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira
Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa
Analistas de Relações Institucionais: Letícia Goedert, Fernanda Silva,
Janaína Arlindo Silva e Samuel Pereira
Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo

Este Informe sintetiza os acontecimentos no Legislativo de 5 a 9 de junho de 2017.

Conjuntura Política


A semana se iniciou com a expectativa da retomada do julgamento da Chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e os desdobramentos da Reforma Trabalhista no Senado Federal.

Mesmo fragilizado e instável, o governo, representado no Senado Federal pelo senador Romero Jucá- (PMDB-RR), conseguiu avançar com o projeto da Reforma Trabalhista essa semana. O relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) foi aprovado na Comissão de Assuntos Econômicos e seguiu para a Comissão de Assuntos Sociais. Enquanto a Reforma da Previdência permanece adormecida na Câmara dos Deputados, já que o governo não consegue garantir votos para sua aprovação, a Reforma Trabalhista tornou-se a prioridade do Presidente Temer, que tenta aprovar a proposta antes que novas reviravoltas no cenário político aconteçam devido aos avanços da Operação Lava-Jato, o que comprometeria ainda mais sua agenda política.

Câmara dos Deputados

Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público


Em reunião nesta quarta-feira (7) foi aprovado o PL 6650/2013, de autoria do deputado Carlos Bezerra (PMDB-MT), que altera a redação do art. 11 da CLT, a fim de estabelecer a interrupção do prazo prescricional em caso de Ação Civil Pública. O relatório apresentado pela deputada Flávia Morais (PDT-GO) foi pela aprovação do projeto com emendas. Para ler mais, clique aqui.

Também foi aprovado o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 545/12, de autoria do deputado do Sr. Pedro Uczai (PT-SC), que susta os efeitos da Portaria nº 3.204 do ministério do Trabalho, de 18 de agosto de 1988. O projeto foi relatado pelo deputado Benjamin Maranhão (SD-PB), que votou pela aprovação do projeto. A matéria segue agora para a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

O PL 3568/15, de autoria do deputado Lincon Portela (PR-MG), também foi aprovado. O projeto pretende regular o Programa do Seguro-Desemprego, o Abono Salarial, institui o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) para permitir a concessão e a percepção do benefício aos inscritos em cadastro de empregadores ou em conselhos de fiscalização profissional. O relatório apresentado pelo deputado Lucas Vergilio (SD-GO) foi pela aprovação deste, e do PL 4795/2016, apensado, com substitutivo. Leia mais clicando aqui.

Comissão de Seguridade Social e Família


Realizou audiência pública na quinta-feira (8) para discutir o PL 1938/2015, de autoria do deputado Paulo Foletto (PSB/ES), que institui a “Semana Nacional de Luta e Conscientização sobre a Depressão”. Saiba mais sobre a audiência clicando aqui.

Senado Federal

Comissão de Assuntos Econômicos


A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou nesta semana o relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) à Reforma Trabalhista. Antes do início da votação, foram lidos três votos em separado apresentados pelos senadores Paulo Paim (PT-RS), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Lídice da Mata (PSB-BA). A leitura dos três votos levou mais de 4h.
Em seguida, houve discussão do relatório e encaminhamento da votação. Manifestaram-se inclusive senadores que não são membros da comissão, como o senador Renan Claheiros (PMDB-CE), que afirmou que não pode se calar diante da proposta em discussão. Segundo ele, a flexibilização de direitos não resolverá os problemas na economia, que sofre seu quarto ano de recessão. Leia mais sobre a discussão clicando aqui.

Encerrada a discussão, passou-se à votação do relatório concluindo pela aprovação do projeto sem nenhuma modificação e sugerindo que o presidente da República vete alguns pontos como: Trabalho em ambiente insalubre da gestante e lactante; serviço extraordinário da mulher; acordo individual para a jornada 12 por 36; trabalho intermitente; representantes dos empregados; negociação do intervalo intrajornada. O relatório foi aprovado por 14 votos favoráveis, 11 contrários e 0 abstenções.

Ainda, foram rejeitados todos os 80 destaques individuais e os 4 destaques de bancada apresentados ao relatório da Reforma Trabalhista.
A Reforma Trabalhista já se encontra na Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e será discutida na comissão na próxima terça-feira (13).

Confira como votaram os senadores da CAE:

Comissão de Assuntos Sociais


A Comissão de Assuntou Sociais (CAS) recepcionou na quinta-feira (8) a Reforma Trabalhista, que terá seu mérito discutido na comissão. O relator do projeto na CAS é o senador Ricardo Ferraço, que também relatou a matéria na CAE. Conforme acordo firmado entre os membros da comissão e a presidente, senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), na próxima terça-feira (13) haverá a leitura e discussão do relatório ao PLC 38/2017, das emendas e dos votos em separado. A votação da Reforma Trabalhista na CAS acontecerá na semana seguinte, no dia 20.

Entre os itens de interesse, nesta semana, foi aprovado o Projeto de Lei do Senado 14, de 2017, do senador Eduardo Amorim (PSDB-SE), para conceder garantia de emprego ao segurado com câncer que perceber auxílio-doença, acidentário ou não. O projeto foi relatado pelo senador Paulo Paim (PT-RS), que votou pela aprovação do projeto. O PLS 14/2017 tramita em caráter terminativo e por isso não precisa passar pelo Plenário; por enquanto, aguarda o cumprimento do prazo de recursos e, caso nenhum seja apresentado, o projeto seguirá para a Câmara dos Deputados.

Brasília-DF, 9 de junho de 2017



Acontece no Congresso – 29 de maio a 2 de junho de 2017.

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 29 de maio a 2 de junho de 2017.

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira
Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa
Analistas de Relações Institucionais: Letícia Goedert, Fernanda Silva,
Janaína Arlindo Silva e Samuel Pereira
Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo

 

 

 

Este Informe sintetiza os acontecimentos no Legislativo de 29 de maio a 2 de junho de 2017.

Conjuntura Política


Entre trancos e barrancos, Temer se segura no governo

A instabilidade e incerteza ainda pairam sobre o governo Temer. A política ainda aguarda, alarmada, os reflexos das delações que têm sido realizadas por políticos e empresários investigados pela Lava Jato, além de acontecimentos que estão por acontecer e que poderão influenciar os rumos da política e economia, como o julgamento da Chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, previsto para o próximo dia 6.

Apesar do cenário incerto, Temer consegue se manter no governo e partidos da base, que haviam ameaçado retirar o apoio ao presidente, recuaram e decidiram aguardar desdobramentos sobre as investigações e o julgamento do TSE para então adotarem um posicionamento definitivo em relação ao presidente.

Enquanto isso, a ordem do governo é de aparentar normalidade e o Congresso Nacional segue trabalhando.

Câmara dos Deputados

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania


A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC) realizou audiência pública nesta terça-feira (30) para debater o Projeto de Lei 2821/2008, que torna obrigatória a participação de, no mínimo, 30% de mulheres na composição de entidades de representação civil. Estiveram presente Margaret Groff, fundadora e Conselheira do MEX Brasil; Ieda Novais, presidente da Rede Mulheres Brasileiras Líderes pela Sustentabilidade; Silvia Barcik, diretora Executiva da Renault – Nissan; Vanessa Lobato, vice-presidente executiva de RH do Santander;  Fátima Pelaes, Secretária de Políticas para Mulheres; Bárbara Galvão, coordenadora de Desenvolvimento Organizacional da Unilever;  Margareth Goldenberg, representante do Movimento Mulher 360; e Marta Lívia Suplicy, presidente da Liga das Mulheres Eleitoras do Brasil.
Para ler os principais pontos do debate, aqui .

Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público


Em reunião da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP) nesta quarta-feira (31) foi aprovado o requerimento do deputado Bebeto (PSB-BA) para que a comissão debate a campanha “50 for Freedom” (pela Liberdade), da Organização Internacional do Trabalho (OIT). Para ler mais, clique aqui .

Também foi aprovado o Projeto de Lei 2176/2015, do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), que pretende alterar a CLT estabelecendo que na contagem dos prazos processuais na Justiça do Trabalho sejam computados apenas os dias úteis. Saiba mais sobre o projeto, clicando aqui .

O Projeto de Lei 3737/2015 foi rejeitado pela comissão. O projeto do deputado Herculano Passos (PSD-SP) pretende garantir a autorização permanente para abertura de comércio aos domingos e feriados, ou seja, elimina a necessidade de autorização prévia para a realização de trabalho aos domingos. Para saber mais, aqui .

Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços


A Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços (CDEICS) aprovou nesta semana o PL 6704/2016, do deputado Laércio Oliveira (SD-SE), que extingui a exigência de depósito recursal para microempresa e empresa de pequeno porte nas reclamações trabalhistas. Saiba mais clicando aqui.

 

Senado Federal

Comissão de Assuntos Econômicos


Após o tumulto da semana anterior, a Comissão de Assuntos Econômicos se reuniu nesta quarta-feira (30) para discutir o relatório apresentado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) à Reforma Trabalhista. No início da reunião, foi firmado acordo entre senadores oposicionistas e da base para que, naquele dia, o relatório fosse apenas debatido, assim a votação do PLC 38/2017 na CAE acontecerá na próxima terça-feira, dia 6 de junho.

Durante o debate, os senadores demonstraram seus posicionamentos em relação ao projeto e o relator, senador Ricardo Ferraço, voltou a defender seu relatório, que é pela aprovação do PLC 38/2017 e pela rejeição de todas as emendas apresentadas no Senado. O relatório afirma, inclusive, que houve um pacto entre Executivo e Legislativo, o que representa a pressa do governo em aprovar a Reforma Trabalhista. Ainda, o relator justificou que se realizadas alterações no projeto, ele deverá retornar à Câmara, assim seu relatório evita que sejam perdidos avanços que o Senado pudesse garantir. Para ler mais sobre o debate do relatório, aqui .

Com o encerramento da discussão do relatório, não é mais possível apresentar emendas ou votos em separado na CAE. Ao todo, foram 242 emendas à matéria (disponíveis no site da CNTC), além de 3 votos em separado dos senadores Lídice da Mata (PSB-BA), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) e Paulo Paim (PT-RS), que serão lidos na prózima reunião, antes do início da votação.

É importante destacar-se que a Reforma Trabalhsita sofreu alterações em sua tramitação: se aprovada na CAE, a proposta seguirá agora para a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), antes de ir ao Plenário. Leia mais aqui .

Comissão de Assuntos Sociais


A CAS reuniu-se na última quarta-feira (31); mesmo atingindo o quórum mínimo para deliberação, alguns projetos de cárater terminativo (ou seja, que não precisam passar pelo Plenário da Casa) tiveram a apreciação adiada por não haver o número de senadores necessário no momento da discussão.

Entre os itens de interesse, nesta semana, foi aprovado o Projeto de Lei da Câmara 137, de 2015, do ex-deputado Alceu Collares (PDT-RS), que altera a redação do art. 453 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, a fim de dispor sobre a não extinção do contrato de trabalho em virtude de aposentadoria do empregado. Para saber mais, aqui .

Brasília-DF, 2 de junho de 2017.



Acontece no Congresso – 22 a 25 de maio de 2017

Acontece no Congresso

Este Informe sintetiza os acontecimentos no legislativo de 22 a 25 de maio de 2017

Diretor: José Francisco Jesus Pantoja Pereira
Gerente de Relações Institucionais: Sheila Tussi da Cunha Barbosa
Analistas de Relações Institucionais: Letícia Goedert, Fernanda Silva,
Janaína Arlindo Silva e Samuel Pereira
Assistente Administrativa: Quênia Adriana Camargo

Este Informe sintetiza os acontecimentos no Legislativo de 22 a 25 de maio de 2017.

Conjuntura Política


Duelo entre caciques peemedebistas e a instabilidade do governo Temer

 

A semana de 22 a 25 de maio foi marcada por uma das maiores crises políticas já vivenciadas pelo Brasil. É fato que o governo de Michel Temer tem enfrentado dificuldades há algum tempo e, pelos bastidores do cenário político, barganha por votos para que as Reformas Trabalhista e da Previdência sejam aprovadas. Esta situação tornou-se mais complicada quando, na semana anterior, as delações divulgadas por uma grande empresa, tornaram o Presidente alvo de inquérito no Supremo Tribunal Federal pelos os crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução à Justiça.

A notícia de que o Presidente será investigado por crimes cometidos durante a vigência de seu mandato à frente da nação logo refletiu sobre o Congresso: PSB, PPS e PTN, partidos da base aliada, já declararam o rompimento com o governo. Outros partidos encontram-se rachados em relação ao posicionamento que se deve adotar; o PSDB, por exemplo, aguardará para decidir se abandona o governo após o julgamento da Chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral, previsto para o próximo dia 6.

E o que aconteceu com as Reformas no meio desta tempestade política?

A Reforma da Previdência ainda aguarda votação na Câmara dos Deputados. Por se tratar de Proposta de Emenda à Constituição, precisa de pelo menos 3/5 dos votos, ou seja, 308 votos favoráveis, em dois turnos de votação para ser aprovada. O governo já vinha tendo dificuldades para garantir os votos necessários para que a proposta seja aprovada com segurança na Câmara dos Deputados e, diante dos recentes acontecimentos políticos, o deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), relator da proposta, afirmou que “não há espaço para avançar com a Reforma da Previdência”. Entretanto, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, já declarou que a proposta será votada na primeira semana de junho, a partir do dia 5. Para relembrar os principais pontos modificados na Reforma da Previdência, clique aqui.

Enquanto isso, no Senado Federal, a Reforma Trabalhista foi motivo de afrontamentos na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na terça-feira (23). Diante do rebuliço político formado pela delação divulgada na semana anterior, o senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), relator do PLC 38/2017 nas Comissões de Assuntos Econômicos (CAE) e de Assunto Sociais (CAS), declarou que, se dependesse dele, a tramitação da Reforma Trabalhista encontra-se suspensa no Senado Federal. Contudo, o projeto foi pautado na comissão na última terça-feira para que fosse apresentado o relatório do relator.

Após audiência pública para debater a Reforma Trabalhista, na mesma comissão, o senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) apresentou questão de ordem para que a leitura do relatório fosse adiada; o requerimento foi posto em votação e vencido por 13 votos a 11. Em seguida, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apresentou questão de ordem para que a Reforma Trabalhista fosse apensada a outras matérias de assunto semelhante, o que retardaria sua tramitação na Casa. A questão foi rejeitada pelo senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), presidente da comissão, e senadores da oposição questionaram a decisão de Jereissati, o que levou a um grande bate-boca na comissão e a suspensão da reunião.

A tensão na CAE aumentou com discussão acalorada entre senadores da base do governo e oposicionistas, tendo havido, inclusive acusações de agressão entre os senadores. O tumulto levou o presidente da comissão a esvaziar o plenário, retirando assessores, membros da imprensa e civis que acompanhavam os trabalhos. Depois de 50 minutos, mas ainda com a comissão imersa nas discussões entre os senadores, o senador Tasso Jereissati declarou reaberta a reunião; rapidamente, o relator declarou como lido o seu relatório e, de modo sorrateiro, o presidente da comissão concedeu vista ao projeto, encerrando em seguida a comissão.

O relatório apresentado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) é pela aprovação do projeto e rejeição de todas as emendas apresentadas à comissão. Segundo o relator, foi firmado pacto entre as lideranças do Congresso Nacional e do Poder Executivo para aprovação da matéria, com posterior veto e regulamentação de alguns pontos por meio de Medidas Provisórias.

Para ler mais sobre o relatório, clique aqui. A votação do relatório foi marcada para a próxima terça-feira, dia 30.

Nesta quinta-feira (25), as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) apresentaram questões de ordem no Plenário do Senado Federal questionando o cumprimento ao Regimento Interno na reunião da CAE em que foi dado como lido o relatório da Reforma Trabalhista e cedida vista coletiva ao projeto; segundo as senadoras, em nenhum momento, após a reabertura da reunião, o presidente da comissão passou a palavra ao relator, tampouco foi formulado pedido de vista, condição necessária para que ela seja cedida. O presidente do Senado, senador Eunício Oliveira (PMDB-CE), recebeu as questões proferidas e informou que as analisará e apresentará resposta posteriormente.

Embate mede forças de peemedebistas no Plenário

As manifestações da última quarta-feira (24) foram um dos principais temas de debate na sessão do Plenário no mesmo dia. Desde o início da sessão, às 14h, senadores oposicionistas manifestavam na tribuna a indignação pela violência desproporcional contra os manifestantes que estavam na Esplanada dos Ministérios e cobravam sobriedade das autoridades, para que os trabalhadores não fossem feridos e que fossem punidos àqueles que realmente haviam ido à manifestação para usar a violência contra outras pessoas e danificar o patrimônio público.

A situação na Esplanada ganhou proporções assustadoras, com manifestantes feridos e Ministérios depredados, tendo alguns sido inclusive incendiados. Diante deste cenário, o deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, pediu ao Presidente Temer que encaminhasse a Força Nacional à Esplanada para dar apoio à Polícia do Distrito Federal.

O Presidente assinou então decreto para “ação de garantia da lei e da ordem”, destinando que as Forças Armadas atuassem na segurança do Distrito Federal entre 24 e 31 de maio. Após pronunciamento do Ministro da Defesa, Raul Jungmann, parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado Federal manifestaram-se contra a decisão do Presidente, tida como desproporcional e inconstitucional.

No Plenário do Senado, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) discursou contra a decisão de Temer pelo uso das Forças Armadas e ironizou a crise política na qual o governo está imerso; segundo Calheiros, “se o governo Michel Temer não se sustenta, não são as Forças Armadas que vão segurar.” É importante destacar que as críticas do senador ao Presidente têm sido frequentes e têm incomodado o Planalto, que tenta abafar declarações e tirar Calheiros de debates importantes. O Presidente, inclusive, chegou a reunir-se com a bancada do PMDB para avaliar a destituição de Calheiros como líder do partido no Senado.

A fala do senador Renan Calheiros incomodou outros membros da bancada peemedebista e expôs a instabilidade também em um dos maiores partidos políticos do país. Logo outros senadores pronunciaram-se em defesa ao Presidente Temer; o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) fez elogios ao governo e, ao ser chamado de “puxa saco” por Calheiros, retrucou afirmando que Renan “há muito tempo não fala pela liderança do PMDB”.

Seguindo na linha de defesa ao Presidente, seu fiel aliado e ex-ministro, senador Romero Jucá (PMDB-RR) também enfrentou Renan Calheiros, afirmando que “ninguém está autorizado a subir na tribuna para dizer que o PMDB não apoia o presidente Michel Temer” e que, enquanto for o presidente do partido, o PMDB respeitará a posição da maioria de seus membros sobre o posicionamento em relação ao governo. Vale ressaltar que o PMDB é o partido do atual presidente, Michel Temer.

Sabe-se que a bancada peemedebista estava descontente com a atuação de Renan Calheiros como líder nos últimos tempos e deve se reunir na próxima terça-feira (30) para formalizar a destituição do senador como líder da bancada.

Câmara dos Deputados

Plenário


O maior foco de trabalho da Câmara dos Deputados nesta semana foi o Plenário da Casa, que iniciou a semana com a pauta trancada por 8 Medidas Provisórias que precisam ser apreciadas de forma prioritária.

Entre elas a MP nº 761 de 2016, que altera o Programa de Proteção ao Emprego, criado em 2015, para denominá-lo Programa Seguro-Emprego e para prorrogar seu prazo de vigência, e foi aprovada na quarta-feira (24). Para saber mais, clique aqui.

Diante do decreto assinado pelo Presidente para que Forças Armadas ocupassem a Esplanada do Ministérios, a oposição, que já havia declarado que atuaria em obstrução nas votações, deixou o Plenário. Durante o dia, muitas comissões previstas para acontecerem não registraram quórum mínimo para iniciarem os trabalhos.

Senado Federal

Comissão de Assuntos Econômicos


Após acatado o pedido da oposição, a CAE realizou mais uma audiência pública para debater a Reforma Trabalhista na quarta-feira (24). Participaram Márcio Pochmann, professor da Universidade Estadual de Campinas e Presidente da Fundação Perseu Abramo; André Portela, professor da Escola de Economia de São Paulo – FGV; Eduardo Fagnani, professor do Instituto de Economia da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp; e Sérgio Pinheiro Firpo, professor do Insper. Leia mais sobre a audiência clicando aqui.

Encerrada a audiência pública, passou-se à 2ª parte da reunião, que deveria deliberar sobre os itens constantes na pauta, sendo o mais importante deles a Reforma Trabalhista, que aguardava para ter o relatório apresentado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES). A reunião foi marcada pelo tumulto entre senadores da base, que trabalham para que a proposta seja aprovada logo, e senadores da oposição, que cobravam do relator a suspensão da tramitação da Reforma Trabalhista diante do cenário político.

Com a confusão a reunião foi encerrada, tendo o relatório sido considerado lido e concedida vista coletiva ao texto. O voto do relator é pela aprovação do projeto e rejeição de todas as emendas apresentadas à comissão, entretanto sugeriu vetos a alguns pontos. Leia mais aqui.

A Reforma Trabalhista continua a receber emendas no Senado Federal e já foram contabilizadas 218 propostas de alteração ao PLC 38/2017.

Se a matéria for deliberada pela CAE será remetida para apreciação da Comissão Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) e após pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS), para posterior apreciação pelo Plenário da Casa.

Comissão de Assuntos Sociais


A CAS reuniu-se na última quarta-feira (24); mesmo atingindo o quórum mínimo para deliberação, alguns projetos de cárater terminativo (ou seja, que não precisam passar pelo Plenário da Casa) tiveram a apreciação adiada por não haver o número de senadores necessário no momento da discussão.

Entre os itens de interesse, nesta semana, foi aprovado Projeto de Lei do Senado 443, de 2016, do senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), que permite acesso ao FGTS para mãe trabalhadora. Para saber mais, clique aqui.

Brasília-DF, 26 de maio de 2017.